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MadWorld

A TV avariou? Só vejo preto e branco mas há sangue...

Há um encadeamento linear na forma como se progride pela área de jogo, comum nos jogos de acção, mas os produtores procuraram reforçar essa componente com recurso às técnicas de movimentos encadeados, os tradicionais combos, essenciais para garantir uma pontuação exemplar. Assim, Jack poderá arrancar um sinal de tráfego de um passeio, “espetá-lo” na cabeça de um inimigo, e ainda com o ferro nas mãos, projectar a pobre alma de encontro a uma parede de espinhos. Excêntrico! Noutro movimento, sempre com Inaba a comandar a acção através dos controladores da Wii, vimos a nossa personagem enfiar um pneu num adversário, serrando-o depois ao meio. O moto-serra tem sempre aquela sonoridade letal, com laivos de demência cada vez que se aperta o acelerador. E Jack caminha na direcção de mais um embate fratricida, de particular sabor. A sonoridade punk, por vezes num rasgo electrónico psicadélico, com efeito disco riscado, assenta sobre o ambiente visual e dá-lhe ritmo.

O combate não existe apenas para encher pneus. Há um medidor de pontuação à espera do número certo para desbloquear mini-jogos, aqui denominados de Blood bath Challenge. Antes da Games Convention já se conhecia o desafio dos dardos humanos que consistia em espetar adversários num grande alvo, resultando porções de carne. Desta vez Inaba mostrou-nos a Death Press, outro desafio letal: Jack agarra os inimigos e atira-os para o interior de uma prensa de espinhos, pronta a esmaga tudo o que lá estiver ao fim de uns segundos. Há mais mini-jogos como estes por descobrir, sempre opcionais, pois assim que o tempo limite acabar, retoma-se a “street bloody rage”. Para os mais viciados nestes desafios haverá o blood bath ranking, ou seja, quanto mais sangue provocarem, melhor posição vão garantir na lista.

Quantos são? Quantos são?

MadCity é enorme, com imensas áreas para ultrapassar pelo que não faltarão oportunidades para imprimir diferentes sequências de movimentos e quanto maior for a violência imprimida, mas pontos serão recolhidos. Numa fase em que o jogo ainda está em produção e vão sendo equacionadas abordagens distintas, Inaba mostrou-nos uma outra dimensão de MadWorld, uma secção com motas. Não se trata, contudo, de uma opção sem restrições e livre. Simplesmente teremos de atingir determinado ponto da cidade e pelo meio abater falanges de inimigos propagadas pelo percurso.

À nossa espera no final de cada nível estará uma terrível e complexa criatura; tempo para o tradicional boss e abordagem específica. Inaba mostrou-nos um desses combates supremos e aproximou-se com cautela para junto do endiabrado que tinha no lançamento de redemoinhos um dos poderes mais colossais. Vacas e outros objectos são arremessados pelo ar cabendo a Jack encontrar uma forma para pôr cobro à encruzilhada.

Sobra a questão: porquê a Wii? Inaba não esconde que depois de ter percebido o esquema de funcionamento da Nintendo Wii, com a inovação empregue nos comandos, despontou uma boa opção para fazer algo de diferente e original, sem perder o sentido de divertimento. Para a consola da Nintendo este jogo representa um passo na direcção do mercado mais hardcore. A Platinum Games prossegue assim um dos seus principais propósitos; desenvolver novos títulos com receita de originalidade. Mais ficou por mostrar, num tanto que falta desenvolver. Sobram as expectativas, boas, embora o espectro do culto nestes jogos seja um elemento imprescindível da equação. Até ao lançamento prometido para 2009, a plaina de Inaba continuará a fazer de tudo para manter a confiança dos jogadores.

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