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Exclusivo: Lost Planet 2

Capcom sobre o co-op, novidades e melhorias.

Lost Planet foi um dos jogos que mais se destacou no género de acção quando a Capcom começou a dar os primeiros passos na actual geração de consolas. A obra de Keiji Inafune, a par de Dead Rising, já mostrava uma companhia Japonesa preocupada em cativar gostos Ocidentais e uma prova disso era a componente para vários jogadores que surgia como uma forte complementação do modo história.

Apesar das suas intenções e motivações, Lost Planet não escondia as suas raízes, é um jogo vindo de mentes nipónicas e tem gosto de o mostrar. Com um aparato visual de boa qualidade, uma jogabilidade influenciada pelo mundo repleto de neve e com temperaturas baixíssimas no qual decorria, o jogo ainda tinha tempo para nos dar mechs e estranhas criaturas gigantes.

Mecânicas engenhosas e uma boa jogabilidade garantiram ao jogo um bom sucesso, depois de chegar em exclusivo à Xbox 360 o jogo chegou para PC e mais tarde teve uma presença atribulada na Playstation 3. Cerca de dois anos e meio após o seu lançamento, estamos agora envoltos em entusiasmo para com a sua sequela que não só aparenta melhorias e refinamentos na base do primeiro como parece perfeitamente integrado nas evoluções que o panorama actual desta geração de consolas impõe.

Uma versão melhorada do motor gráfico parece ter a capacidade para nos brindar com um mundo mais rico e mais vivo, maior, e ainda repleto de novas criaturas com um tamanho simplesmente impressionante. Para além dos modos competitivos para vários jogadores, a Capcom parece querer dar uma espécie de sensação Monster Hunter ao público Ocidental e prepara funcionalidades cooperativas para até quatro jogadores.

As potencialidades são como o entusiasmo e expectativa, mais do que muitas. Para saber um pouco mais do que está a ser preparado e o que a Capcom tem actualmente em mãos, falámos com Frank Filice, Product Marketing Manager da Capcom, durante a E3 sobre Lost Planet 2.

Eurogamer PortugalNo primeiro jogo a história tinha muito impacto e o personagem principal foi mesmo recriado de um actor real. Porque decidiram mudar isso para personagens desconhecidas e personalizáveis? A história ainda vai ter um papel de destaque?
Frank Filice

Certo. Bem, no primeiro jogo jogavas como Wayne na história para um jogador, Lost Planet 2 quer que o jogador seja o herói. É por isso que o grande ênfase está na personalização e no modo cooperativo para quatro jogadores, e que os jogadores possam tornar-se únicos e terem um aspecto conforme querem para sentirem que são eles a viver esta experiência e não tu a jogares como outra pessoa a viver esta experiência. A equipa de desenvolvimento sente que assim oferece uma ligação mais próxima ao jogador dando uma maior sensação de estar neste jogo, por isso desta vez decidiu seguir esse caminho com a história.

Eurogamer PortugalAgora temos o coop que não estava incluído no primeiro. É algo assim tão importante ter o coop actualmente?
Frank Filice

Em termos do modo cooperativo, a equipa recebeu muito feedback do que a comunidade estava a dizer, do que os fãs estavam a pedir e esta foi uma das coisas que os fãs diziam: ‘Eu adoraria jogar Lost Planet com os amigos no modo história’, por isso criaram um modo campanha onde se quiseres jogar sozinho no modo história podes e se quiseres jogar com mais três amigos, ou mais dois amigos, podes fazê-lo também. Mas o foco principal foi nesse trabalho de equipa que os fãs tanto pediam.

Eurogamer PortugalPara os que jogaram o primeiro, os esquemas e mecânicas vão ser familiares?
Frank Filice

Oh sim. Bem, as mecânicas base de Lost Planet 2 são as mesmas de Lost Planet 1 mas também aqui a equipa ouviu as opiniões da comunidade e, por exemplo, uma das opiniões em termos de jogabilidade era de ser muito lenta, tinhas que andar na neve, e agora temos o botão de sprint e podemos fazer sprints pelos cenários e esses pequenos refinamentos na jogabilidade vão ser muito mais familiares para o jogador Ocidental mas ao mesmo tempo a mecânica base continua lá, por isso os fãs vão pegar nele e vão-se sentir imediatamente familiarizados mas também vai ser mais rápido e maior, por isso leva a uma melhor experiência.

Eurogamer PortugalO que podemos esperar em termos de novidades?
Frank Filice

Claro que o sprint é novo, vais notar na demo que os postos de dados funcionam agora como locais de re-spawn e não somente como estações de energia térmica por isso, se morreres, se um membro da equipa morrer, e juntares vários postos de dados no mapa, podes escolher em qual deles queres voltar a reentrar no jogo. Basicamente dando a opção ao jogador de não recomeçar do início. Também focando no trabalho de equipa a quatro jogadores, agora podes disparar energia térmica a um colega de equipa, por isso se vires um amigo que está a sofrer muito dano e a sua saúde é baixa e a sua energia térmica está baixa, podes ver no canto inferior esquerdo do ecrã quais os que precisam e podes disparar energia térmica para eles e eles então recuperam saúde. Por isso podes ajudar, é esse tipo de trabalho de equipa.

Eurogamer PortugalPode falar-nos da 'Team Millitary Power Bar'?
Frank Filice

Sim. A barra de batalha é a barra de saúde da equipa que realmente coloca o ênfase no trabalho de equipa. És apenas tão forte quanto o teu elo mais fraco porque se uma pessoa morre continuadamente vai fazer com que a tua barra desça. Por isso precisas mesmo de ajudar ou apoiar essa pessoa, seja por estar com falta de energia térmica ou por precisar de mais poder de fogo à sua beira. Se a barra chegar a zero então é falhada a missão. Se conquistares um posto de dados este acrescenta-se à tua barra de batalha por isso também é possível de a aumentar mas foca-se mesmo em trabalhar como equipa.