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Conferência de super poderes

Enquanto revisitamos 10 heróis que marcaram a temporada de 2008.

Travis Touchdown - No More Heroes

Ele gosta de anime japonês; tudo bem. É adepto de videojogos. Quem não gosta? Colecciona mascaras de lutadores de luta livre. Executa os suplex com ligeireza. E desloca-se até um clube de vídeo onde habitualmente lhe entregam novas edições de “Sobre como agradar uma mulher na cama parte 2 (aconselhando uma nova almofada só por mera eventualidade). Bastante normal para um Otaku residente na cidade de Santa Destroy até ao dia em que arrecada num leilão da internet uma katana a laser, de tipo sabre, que o leva a cometer um crime de forma inesperada, transpondo-o para um ranking de assassinos que só se poderá livrar depois de alcançar o primeiro lugar. Saído do mesmo imaginário que já trouxe ao mercado a obra de culto Killer 7, que é o mesmo dizer Suda 51, Travis arranca para um desafio que à parte os golpes aprendidos à custa das lutas livres enxerta novas reflexões sobre o seu passado.

Kaim - Lost Odyssey

Lost Odyssey é muito mais do que o segundo jogo de role-play para a consola da Microsoft. É o segundo título saído da Mistwalker Studio, dirigido por Hironobu Sakaguchi, o pai da série Final Fantasy e programador de outros jogos como Chrono Trigger, Xenogears e até Super Mario RPG. Neste particular para a 360 e fazendo-se valer de uma máxima orientadora da sua forma de estar na indústria “o desejo de integrar narrativas em videojogos”, chega a personagem principal Kaim, um sujeito de compleição jovem mas condenado à imortalidade. Transporta o peso de mais de mil anos assim como todo o sofrimento e desapontamento absorvidos nesse período. Habituado a conviver com a morte e a destruição acaba por permanecer indiferente, inerte, sem qualquer tipo de expressão ou envolvimento emocional perante os mais variados acontecimentos. A história que envolve Kaim, assim como os elementos dados a perceber durante a progressão no jogo proporcionam antes uma experiência deveras emocional no jogador.

Sackboy - Little Big Planet

As aventuras de Nathan Drake encomendaram no fim do ano passado a imagem de um novo herói, feição descobrimentos, na consola next-gen da Sony. Kratus é, em alternativa, o espelho da força ancestral, um semi-deus à beira de um trágico destino sobre a redoma do mitológico, mas 2008 deu a conhecer por via da Media Molecule Sackboy, provavelmente a personagem mais icónica da Sony, assim como uma das melhores de sempre. Naquela criatura, que mais parece um boneco de trapos com vida, esconde-se uma panóplia de emoções. Afectuosa e sendo fácil ganhar identificação é muito daquilo que os produtores nos disseram em Leipzig; como um animal de estimação que tende a seguir-nos para qualquer lado. Inserida num mundo onde o céu é praticamente o limite, Sackboy é uma personagem condenada às permanentes divagações dos jogadores.

Baldur - Too Human

Um dos aspectos mais interessantes que se conjugam em torno do protagonista principal é a combinação da vertente de ficção científica futurista com a mitologia nórdica. A Humanidade chegou a um ponto de risco e à beira dessa extinção um conjunto de deuses ciberneticamente modificados protegem a raça humana perante a ameaça de Loki e o seu batalhão de máquinas demolidoras. Baldur é filho de Odin e pelas menores alterações ao nível da cibernética ele é demasiado humano, o que acaba por ser determinante na escolha do título de jogo.