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Shadows of the Damned

Visita ao Inferno de Suda51 e Mikami.

É notável a influência de vários jogos em Shadows of the Damned, sendo a grande maioria deles criações de Suda 51 ou Mikami. Podemos pensar rapidamente num Killer 7, o jogo de culto de Suda 51. Mas não deixa de ter a pitada de Mikami, principalmente na jogabilidade. Para além disso, podemos buscar jogos fora do seu panorama criativo, nomeadamente a questão do tema luz/escuridão, que se aplica na gameplay lembrando imediatamente Alan Wake, um exclusivo Xbox 360. Quando na escuridão ficamos completamente desprotegidos, e apenas temos um curto espaço de tempo até começarmos a perder vida. Por sua vez, os monstros que habitam o inferno ficam revestidos com uma substancia escura que os protege. Para remover esta proteção é necessário apontar e emitir um grande flash ao carregar no gatilho superior direito.

Quando tudo ao nosso redor é envolvido em escuridão, normalmente existe perto um dispositivo para iluminar o ambiente, que tende a ser a uma cabra (WTF? Sim, uma cabra). Shadows of the Damned joga muito com isto, alguns monstros mais complicados só podem ser derrotados na escuridão e certas portas só podem ser abertas neste tipo de ambiente.

Diário de desenvolvimento mais estranho de sempre? Combina com o jogo.

Até numa coisa simples como abrir portas o jogo consegue ser fora do normal. Algumas delas estão envolvidas em pelos púbicos de demónio (a sério!). Outras apresentam uma cara de um bebé, em que para conseguirmos passar é preciso alimentá-lo com aquilo que ele pede, que pode ser um simples morango, ou então um cérebro ou olho.

Em termos de jogabilidade está muito próximo de Resident Evil 4 e 5, mas conseguimos disparar enquanto andamos. Os monstros mais fracos podem ser facilmente desmembrados, enquanto que os mais fortes possuem um ponto fraco assinalado a vermelho. Quando o nosso primeiro tiro vai diretamente à cabeça, somos recompensados com um pouco de slow motion(Killer 7 style).

A jogabilidade de Shadows of the Damned é simples, mas o jogo volta a brilhar na sua apresentação e qualidade visual e sonora. Na apresentação e visual lembra imenso o estilo grindhouse. Nota-se uma clara influência de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez e outros filmes de terror da década de 80. A banda sonora foi feita por Akira Yamaoka (conhecido por criar a banda sonora de de Silent Hill), e apesar da sua grande variedade, encaixa na perfeição com o estilo do jogo. Podemos esperar desde música mexicana, ópera/clássica, bem como altos solos de guitarra.

Embora tudo pareça non-sense, Shadows of the Damned é rico em pormenores e detalhes e aquilo que vemos tem um propósito, por mais estranho que seja. É um jogo que deve ser jogado com calma para saborear tudo aquilo que tem para oferecer, se o encararem como um jogo qualquer e estiverem apenas interessados em disparar contra tudo aquilo que se move, estarão a desperdiçar uma boa parte do jogo.

Para já, cada minuto que Shadows of the Damned me proporcionou foi um delírio total. Vindo de quem vem, já era de esperar um jogo de qualidade. Mas Shinji Mikami e Suda 51 parecem conseguir surpreender sempre. Agora é aguardar pela versão final para poder limar o jogo completo.

Shadows of the Damned será lançado a 24 de junho para a PlayStation 3 e Xbox 360.

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