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Eurogamer - Os mais esperados 2011

Um ano quem promete imenso.

Jorge Soares

Deus X: Human Revolution PC - PS3 - Xbox 360

É sempre complicado escolher qual o jogo que mais esperamos para um especifico ano. Em primeiro lugar podemos cair no erro de escolher algum que poderá depois ser adiado para o ano seguinte. Deus x: Human Revolution poderá ser uma aposta segura, pois já foi adiado para 2011, logo a probabilidade de ficar mais um ano em produção é diminuta.

A série Deus X tem uma longa história nos videojogos, sendo considerado um dos melhores jogos da última década. A mistura entre FPS, e agora TPS com elementos de RPG tornam o jogo extremamente apetecível para diversos géneros. Human Revolution traz novamente um universo repleto de sociedades secretas, entre conspirações mundiais. Aqui o controlo das massas é o poder máximo para as organizações, quer políticas quer económicas.

O ambiente cyberpunk é apetecível para mim, onde o caos e progressão tecnológica e estão de mãos dadas. Neste terceiro jogo, que atinge assim a trilogia da série, coloca-nos novamente na pele de uma personagem completamente dotada de elementos físicos e tecnológicos. Aqui os gadgets, as alterações ao corpo ou augments são os elementos chave para Adam Jensen, um ex-polícia.

Para além das alterações físicas do corpo e com adições, temos ao nosso dispor também as qualidades intelectuais, desempenhando uma enorme importância no desenrolar das acções ou pequenos interrogatórios. O jogo terá uma componente de stealth, que fará com que cada acção seja primeiramente pensada e executada. Com um enredo adulto, personagens com personalidade e graficamente um luxo, Deus x: Human Revolution promete ser o mais que tudo para 2011, estando as minhas expectativas no topo.

The Last Guardian PS3

Pensar em The Last Guardian é retornar a um dos jogos que mais me marcou em toda a vida de jogador. É voltar para o silêncio abafado pela arte minimalista com traços de genialidade. Julgo poder dizer que os dois primeiros jogos de Fumito Ueda, mas principalmente ICO são pérolas videojogaveis, que vão bem mais além de conceito videojogo como palavra fria e bem agreste para descrever as suas obras. Existe algo muito atractivo de tudo o que anda em vota de ICO e Shadow of the Colossus, o seu sucessor espiritual. Ueda criou um ambiente único em ambos os jogos, onde a quase ausência de um texto para explicar ou criar ligação com as personagens atinge quase o impossível da lógica narrativa. Um dos pontos assentes nos seus jogos é a fragilidade de uma das personagens, em contrapartida dos trabalhos gigantescos a cumprir, muitas vezes relacionadas com gigantes obras.

The Last Guardian - Beleza primária?

Em The Last Guardian, Ueda volta a trazer o conceito da fragilidade dos seres e da sua necessidade de ajuda. Nós sem outros não somos nada, e muitas vezes precisamos de algo maior para podermos nos sentir necessários e com objectivos. Perante esta ligação quase abstracta entre os seres, onde nem um nem o outro parece comunicar na mesma língua, é nas formas de actuar e na simplicidade da jogabilidade que nos cria a ligação com as personagens. Será Yorda de ICO a frágil menina que precisa de ajuda? Ou será antes Ico o menino de cornos com necessidade de se sentir útil? Será Trico o guarda de algo maior em The Last Guardian, ou é o menino sem nome o verdadeiro herói que salva Trico de uma pena maior?

São estas relações de amizade, de compromisso e de certa forma de amor que tornam a obra de Fumito Ueda como algo verdadeiramente apaixonante. Ueda foge às questões mais pertinentes sobre a sua mais recente obra, quase como deixando no ar tudo aquilo que The Last Guardian poderá ser. Certo é que manterá o mesmo formato que caracterizou as anteriores obras. Puzzles, castelos e acção tornaram o jogo um misto de jogabilidade. Espero também continuar a ver cenas onde nos arrebata o coração de tão belas que são. Apenas deixo uma questão. Quem já jogou ICO e nunca parou em cima de um muro ou morro para ouvir apenas o som do vento? Tudo isto é criado por nós. É o jogador que vive estes momentos, que se coloca no local exacto de toda a sua acção.

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