The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D

A batalha contra a rainha Ghoma corresponde à primeira batalha (boss fight) de Ocarina of Time. É um momento que envolve concentração e já um sólido conhecimento para manobrar alguns objectos a fim de acertar no olho da aranha em momentos específicos. É essencial proceder aos desvios dos ataques e manter uma observação em torno da arena. Os comandos da 3DS permitem uma reacção imediata, pelo que se sente uma igualdade de armas no decurso do combate. Depois de derrotada é tempo para Link recuperar mais um indicador de vida.

Com o ecrã superior destinado a apresentar o avanço de Link pelos cenários, exibindo toda a sensação de profundidade do 3D, o ecrã inferior reúne o essencial para manter a personagem dentro do rumo certo – visualizando o mapa da área – e com indicação dos objectos e equipamento de combate equipados. Através da "stylus" modifica-se imediatamente qualquer objecto. Esta interface facilita sobremaneira a necessidade de adaptação de Link para os mais diversos cenários, sem grandes perdas de tempo para percorrer quadros de opções.

Independentemente do nível escolhido, um dos apontamentos a reter diz respeito à perspectiva de controlo na primeira pessoa, seja para efectuar disparos ou até para percepção do ambiente, em ambos os casos pode ser promovida através do giroscópio, que possibilita ao jogador movimentar a 3DS na direcção do alvo pretendido. Movimentos estes que poderão gerar alguma instabilidade na compreensão dos efeitos 3D quando apontados ao máximo. Deslocar a consola gera sempre alguma perda de recepção. Apesar disso, pareceu-nos uma funcionalidade aprazível e que não põe em causa a concentração durante o tempo de acção.

A transição para o 3D, com a profundidade puxada ao máximo, atribui um particular encanto ao jogo. Os efeitos tendem a assumir maior notoriedade quando Link percorre uma série de plataformas e salta entre elas (dentro da Deku Tree). Nota-se, porém, que os níveis em demonstração ainda estão sob desenvolvimento. Algumas texturas ainda denotam trabalho pela frente, mas há uma evolução gráfica, face à obra original, com mais detalhe nas personagens e intervenientes, assim como uma animação suave.

Por enquanto ainda não é conhecida a data de lançamento para Ocarina of Time em 3D. A Nintendo estima que deverá chegar ao mercado entre Março e Junho. Trata-se de uma peça com inestimável valor não apenas para os fãs do legado da série – nesta chance de revisitar provavelmente o melhor Zelda de sempre -, mas para aqueles que pretendem investir num produto, que mesmo ancorado no passado da Nintendo, mostra-se capaz de conviver com a inovação apontada pela 3DS.