Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Prince of Persia: The Lost Crown - O melhor jogo Ubisoft em 10 anos?

Exagero?

Sinto que devo começar por avisar que fiquei completamente encantado com as 3 horas e meia que passei a jogar Prince of Persia: The Lost Crown, de tal forma que sinto que estou perante um jogo com o potencial para se afirmar como o melhor título da Ubisoft desenvolvido nos últimos 10 anos, após o sensacional Rayman Legends, que curiosamente foi desenvolvido por esta mesma Ubisoft Montpellier.

Este jogo de ação e aventura de deslocação lateral em 2.5D é um novo Metroidvania e numa era em que o género é especialmente popular entre as produções indie, temos uma grande companhia a expandir uma das suas propriedades clássicas com uma mistura de elementos basilares da essência da série com os conceitos Metroidvania. O mais intrigante nisto foi sentir que a equipa em Montpellier conhece muito bem o género e trabalhou para alcançar um sólido equilíbrio, algo que abrange até a dificuldade e o contributo do design para isso.

Ao longo dos últimos meses e anos, joguei vários Metroidvania e todos apostam numa mecânica que os diferencia, muitos deles apostam na elevada dificuldade para se diferenciarem ou numa mistura destas duas características. Algo que me despertou o entusiasmo em PoP: The Lost Crown foi sentir um bom equilíbrio entre dificuldade e no uso das mecânicas da série, como manipulação do tempo, de forma dinâmica e ininterrupta para o tornar numa experiência empolgante.

Ver no Youtube

Um empolgante Metroidvania, com foco na narrativa e gameplay bem conseguido

Sim, poderá soar exagerado, mas nestas primeiras horas de jogo a sensação que ficou foi precisamente esta. PoP: The Lost Crown poderá surpreender pelo seu foco na narrativa, centrado em temáticas basilares na propriedade Prince of Persia, como manipulação do tempo, que também incluem o gameplay e o fluir dos níveis.

O que gostei

  • Estilo visual
  • Qualidade gráfica
  • Fluidez dos movimentos
  • Equilíbrio da dificuldade
  • Habilidades especiais
  • Boss Fights
  • Missões secundárias
  • Segredos
  • Opção de ativar modo guiado
  • Forte foco na narrativa
  • Cutscenes espetaculares
  • Forte sensação de estilo
  • Design de níveis e desafios
  • Inesperada inspiração em aclamados Metroidvanias

Pela lista de destaques dá para perceber o quanto gostei destas 3 horas a jogar PoP: The Lost Crown e tenho de referir novamente o equilíbrio na dificuldade. Podes escolher várias dificuldades e decidir se preferes algo mais focado nas plataformas ou se os combates são parte vital da tua experiência. Existem diversos inimigos com diferentes ataques que testam os teus reflexos, mas isso apenas exige que aprendas os padrões para melhor percorrer os cenários. Além disso, existem boas boss fights contra criaturas que desafiam a tua habilidade.

Algo que tenho de referir é o quão empolgante é a abordagem à narrativa. Esta equipa da Ubisoft aposta numa abordagem muito energética, com um ritmo que parece vindo de uma anime. Existem cutscenes de história que mais parecem vindas de Super Smash Bros. Ultimate. Parece que a equipa imaginou como seria o anúncio deste protagonista para esse jogo da Nintendo e investiu toda a sua direção artística nessa irreverente abordagem. Adorei.

Existem aqui ideias que resultam do desejo de adaptar conceitos Prince of Persia para o género Metroidvania, mas também são nítidas as inspirações em jogos populares, até mesmo recentes como Metroid: Dread. Seja no design dos níveis, sempre com a manipulação do tempo palpável no enredo, habilidades, plataformas ou combates, e claro, os diversos segredos escondidos pelos cenários e até em áreas às quais não consegues chegar nesse momento. Terás de desbloquear habilidades para lá chegar mais tarde. A Ubisoft revela engenho e compreensão deste género ao permitir que coloques um indicador no mapa para realçar estes pontos de interesse e lá voltar mais tarde, para não esquecer.

A qualidade visual desta experiência 2.5D e o estilo artístico também merecem elogios. Quanto mais jogava e progredia, mais as secções de plataformas exigiam dos meus reflexos e compreensão do crescente leque de habilidades. O combate decorre de forma muito fluída, sempre a 60fps, com a possibilidade de diversificar um pouco os combos. É tudo muito simples, sem artificialidades, tudo para glorificar uma boa sensação de movimento pelos cenários.

Ver no Youtube

Um Metroidvania é tão bom quanto o seu design e equilíbrio do desfio

Pontos a ter em conta

  • Incentivos a procurar segredos
  • Ciclo gameplay para obter melhorias

Uma vez que joguei apenas 3 horas de uma experiência de 20 horas, restam dúvidas sobre os incentivos a procurar segredos, em termos do equilíbrio geral da experiência e da relação entre investimento de tempo/esforço com a sensação de recompensa. Isso estará relacionado de forma íntima com o ciclo gameplay e o design de níveis, aquele delicado equilíbrio entre desbloquear habilidades que te permitem chegar a novos locais em partes do mapa que visitaste anteriormente.

Desde jogos como Castlevania: Symphony of the Night e Shadow Complex que sinto ser um dos principais fatores para determinar o quão fluída e energética é uma boa experiência Metroidvania. Muito mais do que a dificuldade ou até os bosses, é o design de níveis e a sintonia com o desbloquear de habilidades que origina valor numa experiência deste género e apenas com o jogo completo será possível determinar isso. Neste primeiro contacto, PoP: The Lost Crown assume-se como uma experiência de forte equilíbrio para novatos e veteranos.

Poderás pensar que estou a exagerar, mas é raro sentir-me de tal forma apaixonado por um jogo após uma sessão de antevisão. Após três horas a jogar Prince of Persia: The Lost Crown, passei as horas seguintes a pensar nele. Pensava que estava ansioso para o voltar a jogar e fora de casa pensava em voltar para casa para o jogar, até me lembrar que não posso, que tenho de esperar por janeiro. Só o jogo completo me dirá se esta paixão é justificada, mas senti aqui um potencial que não sentia na Ubisoft desde o fenomenal Rayman Origins e Rayman Legends.

Read this next