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PlayStation

O início de uma nova era.

A Sony Computer Entertainment Inc estava empenhada em criar uma consola como nunca antes se tinha visto. O ponto forte da PSX, e o grande trunfo de Kutaragi, seria o seu processador que possuía tecnologia capaz de gerar gráficos em 3D em tempo real. Seria naquela altura a consola mais rápida do mercado e aquela que era capaz de esmifrar mais polígonos. Era também a consola que oferecia mais ferramentas para os programadores trabalharem e claro tinha a tecnologia CD-Rom que começava a ter grande destaque.

A Sony sabia que para ter sucesso era preciso mais do que um sem número de polígonos, e apostaram em novos modelos de negócio que agradariam e muito às produtoras. O mercado era dominado pela Sega e Nintendo, e a Sony sabia que teria de fazer algo inovador para conseguir ter a atenção das produtoras.

A arquitectura da PlayStation foi desenhada para ser fácil de programar jogos em 3D.

A Nintendo tinha Miyamoto, a SEGA tinha os seus grandes jogos arcade, mas a Sony como não tinha na sua empresa os grandes produtores de jogos teve que se fazer à vida. Teve que falar com várias editoras e produtoras e dizer porque é que elas deviam apostar naquela nova consola que seria capaz de reproduzir gráficos em 3D.

Inicialmente as coisas não correram bem, a maioria das produtoras ainda estavam muito presas ao 2D e achavam que seria muito dispendioso fazer jogos em 3D numa consola que não sabiam se iria ter algum sucesso. No entanto, num golpe de sorte, surgiu um dos jogos que ajudou a cimentar a tecnologia 3D, um jogo da concorrente SEGA, mais propriamente Virtua Fighter na Saturn, que fez com que as produtoras começassem a olhar para os jogos em 3D de uma outra forma.

Foi então aí que as produtoras olharam para a consola da Sony e viram aí uma oportunidade para fazerem jogos para a consola, e não foram apenas os jogos de luta, mas muitos outros géneros. Para além disso a Sony não tinha estúdios internos o que queria dizer que as produtoras externas não tinham fortes concorrentes. Em pouco tempo a Sony conseguiu ter a seu lado 250 companhias japonesas, entre as quais destacou-se inicialmente a Namco com os exclusivos Ridge Racer e Tekken, e mais tarde a Squaresoft (hoje conhecida como Square Enix). A companhia comprou também a europeia Psygnosis por 48 milhões de dólares e mudou-lhe o nome para Sony Interactive Entertainment, que mais tarde ficou conhecida como os Studio Liverpool.

Em Dezembro de 1994 a Sony lançou a PlayStation no Japão onde conseguiu vender em apenas três meses um milhão de consolas. O próximo passo para a Sony seria ter o mesmo sucesso nos Estados Unidos e Europa. E para isso criou um pavilhão na E3 onde não olhou a despesas gastando 4 milhões de dólares.

A estratégia para a campanha de marketing da Sony estava virada para um público mais sofisticado, queria atingir um público mais adulto colocando mensagens nos seus anúncios publicitários que fariam as pessoas pensar.

Depois de uma forte campanha publicitária a Sony lançou no dia 9 Setembro de 1995 a PlayStation nos Estados Unidos e no dia 25, do mesmo mês, lançou-a na Europa. A consola vendeu no primeiro ano 800 mil unidades em território norte-americano, número bastante aceitável se tivermos em conta que a Sony não tinha nome na indústria.

Double Life - Um dos anúncios televisivos mais premiados da Sony relacionado com a PlayStation.

Inicialmente a consola recebeu títulos como Ridge Racer, Tekken, Toshinden, Crash Bandicoot, entre outros. Mas foi Final Fantasy VII que catapultou a PlayStation para outro patamar.

Apesar de muitos fãs e de muitos detractores, o facto é que a PlayStation está intimamente ligada com as mudanças de como a sociedade passou a olhar para os videojogos. A indústria de videojogos deixou de ser vista como o patinho feio, para passar a ser uma indústria de entretenimento que em poucos anos conseguiu ombrear com a indústria da música e do cinema.

Os jogos deixaram de ser vistos como uma brincadeira de crianças para passarem a ser um meio de entretenimento interactivo que toma parte do quotidiano da vida moderna das pessoas de todas as idades.

Apesar de já não se produzirem jogos para a PSone, como ficou conhecida mais tarde depois de uma remodelação, ainda se encontra à venda nas lojas aquela que deu início a uma nova era no mundo dos videojogos.

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