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Votação Eurogamer - Favoritos do ano 2008

A opinião dos especialistas.

No More Heroes

Sérgio Henriques - Se o desafio tivesse gosto, tu eras bem saborosa...Não, por incrível que pareça, esta não é a linha mais foleira de Travis Touchdown.

"Conceptualmente, toda a experiência de No More Heroes é desenhada de forma coesa, numa progressão linear. Na prática, consegue instilar um sentimento de excitação permanente. Trabalhos menores (vulgares, até) e missões generalistas de assassinato antecedem o antecipado confronto com o assassino de topo. Mas em No More Heroes, esta estrutura é a única coisa que podemos tomar como certa.

Quantos jogos permitem trabalhar numa bomba de gasolina para juntar dinheiro e consequentemente esventrar um mago de palco (assassino em part-time) de nome Harvey Moiseiwitsch Volodarskii? E treinar no ginásio de um falecido Yakuza versado nas artes do wrestling? Existem falhas a apontar, é certo, mas o que fica na memória é a tremenda viagem que o jogo proporciona, conseguindo - apesar de se manter dentro da sua própria rotina – apanhar o jogador desprevenido a cada passo, com os caricatos antagonistas, memoráveis diálogos e situações completamente inesperadas."

Grand Theft Auto IV

Vítor Alexandre - Bares nocturnos duvidosos, clubes de strip e outras diversões fugazes? Tecnicamente perfeito.

"A expectativa de uma vida rica e desafogada na América diluiu-se como uma gota num lago de contrariedades para Niko Bellic. As pistas de bowlling, mesas de snoker, fugas à casa da Michele, restaurantes, bares nocturnos duvidosos, clubes de strip e outras diversões fugazes, não passam de aspectos mundanos concebidos com um realismo ímpar que suavizam por momentos o manto de problemas que a cada instante sobram para o desafortunado e recém-chegado ao continente americano. Seguindo por um bloco de “post its”, afazeres e outras rotinas, GTA IV expande-se com vigor para uma série de referências, sinais, símbolos e significados culturais enraizados nas sociedades actuais, mais concretamente a norte-americana. Joga-se e acompanha-se como se de uma série televisiva, de crime e densidade trágica, se tratasse (continuo a vislumbrar muitos pontos de conexão com Os Sopranos), mas sobretudo leva o jogador a enfrentar e executar situações tão distintas numa cidade em permanente movimento mecânico. Liberty City é um microcosmos; tem os seus detalhes, monumentos, pontos de atracção e aqueles aspectos que fazem de NYC uma cidade que não dorme. As personagens, em permanente interacção, são autênticos recortes das figuras espalhadas pelas diversas secções de um jornal diário. Tecnicamente perfeito, GTA IV é uma experiência a tempo inteiro. "

Metal Gear Solid 4:Guns of the Patriots

Jorge Soares - MGS 4:GoP é um marco histórico, onde pela primeira vez vi um título poder igualar toda a criação artística de beleza de um filme épico da sétima arte.

"A razão primária de ter escolhido MGS 4:GoP como o meu favorito para o ano findo, é de fácil explicação. Foram lançados jogos brilhantes este ano, onde até julgo que seja o melhor ano em termos da balança mágica de qualidade versus quantidade. Mas MGS 4:GoP é um marco histórico, onde pela primeira vez vi um título poder igualar toda a criação artística de beleza de um filme épico da sétima arte. Todo o enredo, a execução artística, os diálogos, o guião, todo o sistema sonoro, desde as músicas aos efeitos sonoros, é de uma beleza e mestria que apenas está ao alcance de alguns. É também um marco histórico para o cérebro por detrás de tudo isto, falamos claro de Hideo Kojima. Poucos são aqueles que vivem desta arte, que podem dar-se ao luxo de poder estar tão ligados a uma produção e de ser reconhecidos para além dela. Por estas razões, este é sem dúvida o meu favorito do ano de 2008"

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