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Street Fighter IV

O Rei dos fighting games voltou!

Embora a perspectiva de jogo seja bidimensional o palco tem uma representação tridimensional, assim como as personagens. A maioria dos espaços são reconhecidos de outrora, mas na vila de Chun-Li há mais pessoas encostadas às bancas de mercearia e o ambiente oferece outro dinamismo, sobretudo muito colorido. É a perfeita transição para a nova geração sem perder a arte e o design da era dourada a duas dimensões. Outro cenário que nos impressionou tem lugar na Rússia, junto a uma linha de comboio. São várias as referências ao país, desde logo pelos típicos chapéus de Inverno que usam os assistentes, enquanto há neve acumulada em diversos pontos do cenário. A aldeia de Blanka apresenta uma conjugação de verde e azul extraordinária, verdadeiramente admirável, só de contemplar.

Sobre o modo história, ainda pouco se sabe, à excepção do novo boss final, Seth, que suplanta o extinto Mr Bison na cronologia da série SF. Contudo, pudemos ver que antes de cada combate as personagens figuram durante curtos períodos em cenas relacionadas com a narrativa. É uma animação em três dimensões que põe em relevo toda a veia artística usada neste capítulo da série. Mas com tantos adversários ávidos por entrar em combate, passar por aquele compasso de espera para descobrir alguma nesga da narrativa, era dar-lhes um pouco de desespero. Todos pediam: Start!

Por enquanto apenas 16 lutadores estão disponíveis, mas espera-se que para as versões 360 e PS3 possam entrar em cena mais personagens, cada uma com as suas características e técnicas de combate. Na versão para consolas jogar com o analógico não é complicado. Quem já jogou Street Fighter II Hyper Fighting a partir do XBLA sabe que nem sempre o D-pad tem a precisão desejável. O analógico cumpre bem a função e nos movimentos que exigem rotação só a falta de prática pode atrapalhar. Para quem se habituou a jogar os jogos anteriores através do D-pad pode ter algumas dificuldades de adaptação.

As sempre viciantes arcadas, mas aqui sem gastar moedas.

Quanto a nós não sobram dúvidas que se a vossa intenção é dominar as técnicas e movimentos deste jogo, para ombrear nos combates on-line com lutadores de todo o mundo, ponderem adquirir um Arcade Stick da Hori, idêntico ao que Leo Tan usou durante a apresentação. Tem uma manete segura e estável, mais a imprescindível lista de largos botões, para facilitar a articulação de pressões. Infelizmente este acessório não é distribuído em Portugal, pelo que terão de recorrer às tradicionais vias de importação a partir de sites estrangeiros.

Do contacto que tivemos da versão para consolas e arcada não há diferenças a apontar. O jogo corre depressa e fluido, não há instabilidade nem quebras de frame rate nos momentos de conjugação de movimentos de ataques das personagens. Sobre conteúdos on-line a distribuir futuramente, Leo Tan deixou-nos na incerteza com um simples, talvez. O jogo continuará a ser mostrado nas próximas feiras, com mais novidades para revelar. Quanto à eventualidade de ser lançada uma edição de coleccionador para satisfazer os adeptos da série, o relações públicas da Capcom disse-nos que “há a possibilidade de vir a existir. Seria uma pena não aproveitar tanta artwork que o jogo exibe”.

Mas até ao lançamento ainda sobra imenso trabalho para a equipa de Yoshinori Ono, que terá de lidar também com a vertente on-line, uma das mais apetecidas, mas sempre problemática em virtude da existência de lag nas ligações. Certo é que um enorme pedaço do jogo foi destapado em Leipzig (no mês em que as arcadas chegaram ao continente norte-americano) e parece trilhar pelo caminho certo, na crença perfeita entre as duas e três dimensões (um best-off de cada), enquanto o aspecto artístico de certos golpes das personagens atinge o toque de Midas na poeira negra exclusiva que completa os movimentos. É único, é Street Fighter, versão IV.

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