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E3 08 - to be continued

O que sobrou das conferências Microsoft, Sony e Nintendo.

Até aqui o evento tinha pouco de novo e só mesmo a subida ao palco de Yochi Wada da Square Enix provocou um tremor na conferência quando anunciou que Final Fantasy XIII passaria a ser multiplataformas no continente americano e europeu. Tenho algumas reservas em rotular este anúncio como chocante e catastrófico para a Sony. Seria assim se fosse exclusivo Xbox 360, porque já se vê, nem a Square fica a perder agora que vai aumentar as vendas da série Final Fantasy, nem a SCE deixará de contar com exclusividade no território japonês. Por mais ligada que estivesse a série às máquinas da Sony, a Square é uma produtora independente, desejosa por transpor o peso oriental.

No dia seguinte e com quase uma hora de intervalo entre as duas, competiu à Nintendo e SCE defender as suas damas perante a pretérita investida da Microsoft. Sem grandes anúncios sonantes até ao momento, a conferência de Iwata e camaradas tomou um ritmo vagaroso, redundante, sem grandes novidades e na linha do último ano o apoio foi direitinho para os jogadores casuais. Mas que não sobrem dúvidas. Uma Nintendo à antiga, a mesma da Snes, Nintendo 64 e GameCube jamais estaria presente nesta E3 apresentando jogos para uma consola sua. Tudo mudou com a DS e a nome de código Revolution, que a pretexto de uma mudança radical na forma de interagir com os jogos, seriam a base para um novo segmento de experiências. Há dois anos Iwata fartou-se de publicitar nesta E3 as valências únicas da Nintendo Wii e como gostaria que os produtores fossem capazes de perceber o que teriam de introduzir nos seus jogos para assegurarem uma vasta audiência.

Não só isso não sucedeu por inteiro como nem nesta E3 se viram anúncios sonantes de third parties preparadas para criar novos jogos com interesse para o agregado hardcore. Salvo alguns ports, que prometem sempre mais quando passados em vídeos de apresentação, a Wii continua a ser a máquina do Wii Sports e agora do Wii Resort, um jogo na mesma linha do casual, pouco mais elaborado graficamente que o seu antecessor (já que tem motas de água a lembrar Wave Race e que vos vai meter a acelerar no wii remote e nunchuk) embora seja o ideal para desfrutar do novo acessório Wii Motion Plus, a acoplar ao Wii Remote. Este acessório vai permitir uma melhor e maior precisão dos movimentos, tornando a representação muito mais realista no ecrã. Por mais que seja agraciada a chegada ao mercado deste acessório, é uma peça que vai sair mais caro aos jogadores e que deveria ter sido disponibilizada desde o primeiro dia da Nintendo Wii.

O detalhe é bem maior que em Wii Sports

Reggie foi algo lento nos seus anúncios, sem surpresas, assim como Cammie, apesar de ter sido protagonista de um dos poucos anúncios sonantes na conferencia quando deu conta que Grand Theft Auto: Chinatown está em desenvolvimento para a DS. Nem mesmo a subida ao palco de Miyamoto, pai das séries Mario, Zelda e Pikmin, foi suficiente para salvar a conferência. A nota de comunicação do japonês passou pelas possibilidades de orquestra que o Wii Music vai abrir aos amigos que partilharem uma Wii. Engraçada a melodia escolhida, mas a forma de utilização do comando, descomprometida, volta ao costume; divertimento fácil. Faltaram as grandes novidades aos jogadores hardcore que se fartaram de mandar sinais de SOS. Nas horas imediatas e após a difusão de algumas entrevistas, Miyamoto confirmou o afinco dos seus estúdios internos na programação de novos jogos das séries mais cotadas no público rigoroso. O ano prossegue para a Nintendo e seguramente o jogador casual é a fonte de receita e de foque nas produções principais.