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Game Boy

25 anos de tradição portátil.

Game Boy com cor e mais avançado para o século XXI

Mesmo sendo a Game Boy primitivo uma consola bem sucedida, especialmente depois de lançado juntamente com o Tetris, uma vez percorrida a primeira metade da década de 90 as vendas entraram em queda, pelo que urgiu encontrar novas formas para revitalizar a portátil, sobretudo aproveitando as novas possibilidades tecnológicas.

Assim, Yokoi foi chamado a desenvolver uma versão melhorada da Game Boy primitivo. Em 1996 a Nintendo lançou a Game Boy Pocket, mais ergonómico, mais leve, com melhor ecrã e sobretudo mais económico já que só precisava de metade das pilhas para trabalhar.

Versão Zelda para a série Game & Watch.

Dois anos distaram até ao lançamento da Game Boy Color sendo possível apresentar novos jogos e a cores. Nesse período a Nintendo lançou um jogo chamado Pocket Monsters, também conhecido por Pokemon, que marcou imediatamente um novo máximo nas tabelas de vendas. O fervor pelos monstros de bolso levou mesmo a Nintendo a editar uma versão da consola alusiva à série com o título Game Boy Color Pikachu Edition.

A Game Boy continuou a marcha imparável de sucesso até ao começo do século XXI. Pelo meio outras portáteis, pretensas ao trono, fracassavam e eram abandonadas pelas produtoras. Assim foi com a WonderSwan (nunca saiu do Japão) e com a Neo Geo Pocket Color. Além disso, em 2001 a Nintendo fez chegar ao mercado a Game Boy Advance, uma máquina tecnicamente superior aos modelos anteriores.

Melhor processador, melhor ecrã e capacidade de memória, não faltaram jogos e reedição de alguns clássicos da SNES. Tinha como maior falha a ausência de retro iluminação. Os jogadores queixavam-se que era impossível jogar em locais sem iluminação artificial envolvente. Mediante o coro de criticas a Nintendo percebeu o problema e colocou no mercado a Game Boy Advance SP. Mas não deveria ter sido essa a opção a tomar logo aquando do lançamento do Game Boy Advance?

As duas versões do Game Boy Advance. 75 milhões de unidades vendidas.

Muitos jogadores não perdoaram clamorosa evidência, mas põe em evidência a forma de actuação da gigante de Quioto. Adaptar progressivamente as consolas mediante funções que poderiam existir logo na versão inicial. O Game Boy Advance SP foi uma consola bem sucedida, mas em 2004 a Nintendo abriu espaço para a Nintendo DS, a revolucionária portátil de duplo ecrã e sensível ao toque. Não serviu, porém, para colocar um ponto final na linha Game Boy.

Em 2005 chegou ao mercado a Game Boy micro, idêntica ao Advance em especificações, mas tão pequena e ergonómica, que para lá de se perder no bolso das calças pode não facilitar totalmente a aposição dos dedos sobre os botões dado o tamanho exíguo. Contudo é de um design absolutamente minimal, até mesmo artístico.

Mas como se poderia fazer destas portáteis, e da Game Boy original, autênticas portáteis de sucesso se não fosse o apoio e o interesse dado pelos utilizadores, eles que em última instância têm um poder de voto fundamental. Decidimos assim recolher um conjunto de opiniões e verdadeiros testemunhos de jogadores e entusiastas da portátil da Nintendo do nosso burgo que tenham experimentado aquele pedaço de tecnologia e guardam das máquinas grandes memórias.

Fábio "Zetsu" Pereira, Co-admin e redactor do FNintendo.net

O fascínio pela grande portátil da Nintendo surgiu desde cedo quando o modelo carinhosamente apelidado de "tijolo" nos fazia delirar com o seu ecrã monocromático, mas para mim o marco foram as tardes passadas a jogar Pokémon com os amigos todos amontoados em volta do pequeno ecrã. Em Portugal o sucesso deveu-se muito à série de animação mas não devia existir escola que não tivesse os seus torneios de recreio com Gameboys, cabos link, trocas e batalhas de Pokémon enquanto se discutiam as melhores tácticas. Talvez por isso o modelo que mais gostei foi a edição especial Pokémon em que a pequena bochecha redonda do Pikachu indicava a luz de bateria.

Existia espaço para outros jogos com Mario no topo confirmando o sucesso e Street Fighter com a ginástica aos dedos para se conseguir fazer um hadoken decente no d-pad, mas Pokémon era o jogo indispensável para qualquer possuidor de um GameBoy.

GameBoy Color, imbatível e imensamente apreciado foi o que sem duvida mais tempo passei a jogar e me proporcionou grandes momentos, por mais pequeno que ele pudesse ser.

André "Bottles" Santos, blog Bonus Stage

A Game Boy é uma daquelas consolas intemporais da nossa era, aliás, é mais do que uma consola, é um marco histórico. O ecrã monocromático nunca foi uma barreira para que se usufruísse dos primeiros videojogos em formato portátil, representado no seu expoente pelo eterno Tetris.

Lembro-me de abrir a embalagem e ficar surpreendido com o que a caixa de esferovite continha! A consola é hoje tida como um "tijolo", mas na altura era perfeita para as nossas mãos, mesmo que pequenas. Os auscultadores estéreo e o cartucho do melhor jogo de puzzle de todos os tempos criaram uma primeira experiência que ficará para sempre na memória, e que certamente ficará na história dos videojogos como um dos maiores sucessos de vendas e como expoente máximo da definição de portabilidade.

O jogo que se seguiu foi o Super Mario Land, e a vontade e vicio eram tão grandes que lembro-me de o terminar ainda no próprio dia em que coloquei o cartucho no Game Boy. Foi uma aventura única no universo do Super Mario, uma aventura que, apesar de curta, é longa no rasto que deixa na memória. Muitos outros jogos se seguiram, de todo o género possível, porque esta portátil era para todos e o gozo era universal, sem desvios de críticas ferozes de quem quer que fosse. Outros tempos, outros ideais. Quanto aos dias de hoje, há quem continue a procurar esta pérola para reviver glórias ou para conhecer um pedaço de História!

Onde jogavas com o teu?! ;)

Ana "NiTaH" Guerra

No meu caso, a Gameboy Colour foi não só a primeira consola da Nintendo como também a primeira consola que tive, logo teve um significado muito especial para mim. Tudo começou quando eu tinha uns 5 anos e comprei a pequena consola que era amarela, tinha um Pikachu e um Pichu na decoração com a qual comprei também um grande jogo: Pokémon Silver.

Uma das influências que me fizeram comprar este produto foi o meu primo que já nos seus tempos de adolescência jogava no Gameboy cinzento que mais tarde me foi dado. Uns anos depois adquiri um Gameboy Advance SP pois tinha que alimentar o meu vício, mas o mesmo foi-me roubado na escola. Logo por azar era o meu pai que me vinha buscar no dia em que o roubo ocorreu, por isso, ele ficou muito zangado e exclamou que eu era irresponsável, no entanto, no ano seguinte adquiri a mesma consola novamente pois «tinha que jogar qualquer coisa».

Em relação a histórias engraçadas, lembro-me que andava a jogar Pokémon Sapphire e que tinha ido para a cama dormir mas tinha levado um prato usado e claro que a minha mãe ficou espantada perguntando-me o que estava a fazer com o prato na mão e foi aí que eu disse: «É para jogar amanhã.» Nesse momento estava tão cheia de sono que não dei oportunidade da minha mãe retorquir então simplesmente fui dormir. No dia seguinte, a minha mãe questionou-me sobre o que se tinha passado na noite anterior e eu cheguei à conclusão que afinal tinha levado o prato em vez do Gameboy Advance SP que supostamente era para jogar na manhã seguinte.

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