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Superstars V8 Racing

Pé na tábua!

Sem dúvida é uma mais valia a presença, em simultâneo, de 19 carros em pista, estando prevista a competição em rede até 12 jogadores. Em termos de modos de jogo para um único jogador as opções não deverão fugir à normalidade. Desde as corridas simples integradas naquilo que se pode apelidar de fim-de-semana de competição, com direito a treinos livres, qualificação e corrida, até à execução da temporada integral. Posto isto sobra uma outra opção chamada Licenças Superstar. Neste caso há uma série de objectivos a concretizar dentro das corridas, como sejam: alcançar uma posição determinada, ultrapassar um rival, etc.

Em pista as primeiras notas revelam um sentido misto. A primeira coisa que vão notar é o mesmo efeito de luz e sombra que encontram em Grid, uma espécie de névoa lateral, que a seu termo facilita a desenvoltura e andamento dos carros, 19 em marcha, sem abrandamentos ou falhas na animação. Do pára-choques a sensação de velocidade é tocante quando se cola no red line no final da recta da meta. O silvo do Turbo cada vez que é chamado nas rotações mais elevadas é de um particular encanto e o roncar dos motores convence, embora pareça demasiado domesticado. Na perspectiva de comando superior nada se perde em termos de sensação de velocidade, mas fica mais claro a ausência de rigor e pormenor na caracterização do circuito. Nem mesmo à chuva os lençóis e jactos de água projectam efeitos de particular admiração.

Quanto ao domínio e controlo dos veículos, naquilo que se pode chamar de física, para já ainda temos algumas dúvidas, nomeadamente saber até que ponto a Milestone pretende reivindicar o realismo. Salvaguardada está uma postura mais arcade à custa de uma série de assistentes de condução. No entanto, quando desligados, a exigência fica aquém das expectativas. Uma travagem tardia pode ser compensada com mais tempo premindo o travão (mesmo que ocorra uma saída de pista é fácil recuperar até ao asfalto) e nem o carro esboça um sentido de descompensação e descontrolo como sucede realmente.

Sem as tréguas de S.Pedro, nada melhor do que uns pneus com sulcos e dosear o acelerador à saída das curvas.

Por outro lado nem a colagem do acelerador à saída das curvas deixa a traseira mais irreverente e indomável, pese embora o desgaste dos pneus. Os contactos a grande velocidade com outros veículos não são acompanhados de grande perda de peças ou destruição e perda pela pista das mesmas. Como apontamento mais positivo a postura dos colegas controlados pelo computador. Eles seguem sempre no encalço e basta que se atrasem a negociar uma curva que eles não perdem a possibilidade de chegar à frente, mas se forem demasiado cautelosos e não arriscarem, vão sentir ligeiros embates que em circunstâncias extremas poderão ditar uma saída de pista. Para os traiçoeiros a loucura abranda à custa de um sistema de penalizações.

Posto isto, é como se o copo estivesse meio cheio. A admiração e o interesse pela modalidade dos grandes carros de turismo está toda lá. Apesar de não serem modelos esculpidos ao gosto de Kazunori Yamauchi, a preocupação dos produtores é outra, sendo antes visível o empenho em recuperar e dar um novo alento às corridas onde cada posição ocupada se discute com raça e determinação. O preço de amigo do jogo pode capitalizar a favor de uma escolha, mas com outras possibilidades na mesa como Race Pro, Grid, Forza 2, Gran Turismo Prologue e o vindouro Need For Speed: Shift, veremos que espaço e margem de progressão sobra para os potentes V8.

Superstars V8 Racing sairá em Junho para a Xbox 360, PS3 e PC.

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