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Naughty Bear

Não se metam com este urso de peluche.

Ao todo existem sete desafios diferentes que vão encontrar em Naughty Bear, são eles os desafios de “speed”, “kill”, “insanity”, “invisible”, “untouchable”, “friendly” e “top hat”. O nome atribuído pode ser diferente, mas no fundo, são todos iguais. Tudo se resume a matar, matar e matar. Não estou propriamente a dizer que matar em Naughty Bear é uma coisa má, pelo contrário, experimentar matar os ursos com armas diferentes é um dos pontos altos do jogo, estou a explicar que gostaria de ver algo que realmente distingue-se os diferentes desafios.

Nem tudo se resume a correr atrás dos ursos indefesos com um machado na mão, por vezes até convém adoptar uma aproximação mais estratégica usando armadilhas. Basta um urso calcar a armadilha para ficar preso. Assim ficámos livres para o matarmos ou assustá-lo. A segunda opção é a melhor se estiverem à procura de aumentar a vossa pontuação, pois assustar um urso, até que este cometa suicídio, garante mais pontos que simplesmente matá-lo.

O sistema pontuação na malvadez dos nossos actos e na nossa capacidade de espalhar o caos pela ilha. Um método eficaz é deixar um urso preso numa armadilha a agonizar e deixar os outros presenciarem isto para os aterrorizar. De tão aterrorizados, alguns ursos vão tentar escapar de carro ou de barco, cabe-nos a nós tomar a decisão de impedi-los ou deixá-los ir. A polícia pode intervir se alguém a conseguir chamar com sucesso. Matem as forças da autoridade e ganharão pontos extra.

A “Island of Perfection” é pequena pois apenas existem quatro áreas distintas, a casa do Naughty Bear e mais outras três onde vivem os outros ursos. Todo o jogo se desenrola nestas pequena áreas. Apesar disto, os gráficos não surpreendem, cumprem somente o seu propósito tendo em conta o conceito do jogo. Ainda assim, quebras na framerate são observáveis quando passamos de uma área para a outra.

Desmembramento em grupo.

Uma coisa sempre presente é a voz-off, que parece tirada de um conto de fadas, que conversa com Naughty Bear e que de certa forma o encoraja a ir em frente com a sua matança.

Como quase todos os jogos que são lançados nos dias de hoje, existe um modo multiplayer. No entanto, provavelmente vão entrar para experimentar, jogar uns minutos e sair pois não há grande interesse. Se estiverem mesmo interessados, têm modos como “Cake Walk”, “Golden Oozy”, “Jelly Wars” e “Assault”. Em “Cake Walk” o objectivo é espancar a personagem que tiver um bolo nas mãos, “Golden Oozy” é basicamente o mesmo que esta anterior, a diferença é que a personagem tem uma Uzi dourada nas mãos. Em “Jelly Wars” vão recolher gelatinas e em “Assault” a finalidade é destruir a estátua dourada dos adversários.

O triunfo de Naughty Bear está na originalidade do seu conceito pois nunca vi nada igual. Nos outros aspectos deixa a desejar quando comparado com títulos do mesmo género lançados nestes últimos anos. Desviando o olhar dos seus defeitos, pode ser divertido de se jogar, mas ao mesmo tempo, aborrecido, criando um paradoxo. A falta de variedade e de um mundo maior são as cicatrizes que marcam Naughty Bear. Referencio que isto não é um jogo para todos os gostos e como tal, apenas alguns se sentirão interessados, se acham piada à ideia de um urso assassino em série no meio de uma comunidade de ursos indefesos e inocentes, devem pertencer a esse grupo de jogadores.

6 / 10

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