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God of War III

No fim...apenas o caos.

Tecnicamente já todos esperavam nada menos do que um verdadeiro titã, e mesmo conseguindo tal com alguma mácula, God of War III senta-se confortavelmente ao lado do que de melhor se viu até à data na PlayStation 3 e nesta actual geração. Com alguma frequência os jogadores ficam na presença de texturas de baixa resolução que consoante a perspectiva e o local tem maior ou menor impacto na qualidade. No entanto, não deixamos de sentir que é uma pequeníssima contra-partida face aos verdadeiros talentos do jogo, a sensação de escala e o seu tom épico que a todo o momento se fazem sentir com extrema imponência. Os fãs já estão habituados a tal, o jogo de escala que a série sempre usou, mas aqui em God of War III é conseguida a verdadeira proeza de nos conseguir surpreender mesmo já sabendo com o que contar.

O uso das capacidades da consola é aplicado de forma exemplar e admirável desde o modelo de Kratos, que revela grande detalhe nas sequências pré-renderizadas com o motor de jogo e nos combates durante os quais o seu corpo fica coberto de sangue. Os titãs que escalam o monte Olimpo, os deuses contra quem lutamos e os cenários majestosos e arrebatadores frequentemente nos trouxeram a famosa e polémica expressão à cabeça: um quadro que ganha vida. Nos melhores momentos consegue mesmo ser assim tão bom que até a própria expressão de linhas sensacionalistas parece fazer de nós idiotas por duvidarmos. De forma curta, este é um jogo realmente admirável e estonteante no que diz respeito ao aspecto visual e direcção artística, especialmente graças às espantosas animações e ângulos de câmara que atestam a frenética imponência dos eventos.

O sangue jorra aos litros.

Valores cinematográficos que são acompanhados pela componente sonora que é toda ela luxuosa. Para os interessados, God of War III apresenta-se completamente em Português (texto e falas) e sendo um esforço admirável e a aplaudir, a qualidade não consegue ser suficiente para nos fazer viver a experiência sem o trabalho original. De enorme qualidade e sem qualquer falha a apontar, o elenco original dá vida às personagens com toda a pompa que conhecemos e admirámos, algo com que o elenco competente Português nunca conseguiria competir.

Ao contrário dos anteriores e apreciados esforços, aqui não estamos perante novos IP’s onde conhecemos pela primeira vez personagens novas e que para muitos “nasceram” a falar Português. Aqui estamos perante Kratos, perante os titãs e perante os deuses do Olimpo que já nos falaram anteriormente e toda a sua qualidade é obviamente requisitada. A acompanhar temos toda uma banda sonora dentro dos padrões da série mas que se faz sentir com tanto poder que frequentemente me lembrou referências cinematográficas como “O Gladiador”. Este é um dos graciosos casos em que todas as componentes trabalham ao mesmo nível para que tudo caminhe na mesma direcção e em constante apoio.

Puzzles são simples e directos, mas bem implementados.

Sejam novatos ou veteranos no género, God of War III é um jogo que tem argumentos para cativar qualquer um. Os fãs estão perante um apelo surdo pois já sabem que esta é uma experiência obrigatória e se dúvidas permaneciam quanto ao fantástico início de ano que esta indústria está a viver, este é mais um exemplo a reforçar o actual bom momento. Todos os grandiosos momentos espalhados ao longo da aventura nos confirmam que estamos perante um candidato a melhor jogo do ano e a melhor jogo na consola. Se receios haviam de persistir sem grandes novidades, tudo se dissipa e até somos forçados a agradecer a oportunidade de estar na presença da fórmula alargada a esta escala. Tudo em God of War III, desde a jogabilidade ao visual, é fruto da experiência amealhada com os anteriores e apresenta versões aperfeiçoadas dessas funcionalidades sendo um trabalho obviamente dedicado aos fervorosos adeptos.

God of War III pode ser uma jornada com contornos familiares mas é tão épica e brutal quanto se poderia esperar, e ainda um pouco mais. É um fantástico jogo que diverte a cada minuto que passa, oferecendo um bom desafio e tudo o que os fãs alguma vez desejaram. Os tons já lhe são conhecidos e mais uma vez os estúdios da Santa Monica apresentam uma referência aconselhável a qualquer um que goste de videojogos. Raramente a expressão horas que passam como minutos pareceu tão adequada.

10 / 10

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