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Guitar Hero: World Tour

Socializar uma linguagem universal na sua forma videojogável.

Todos os que alguma vez tiveram a oportunidade de jogar na bateria de Rock Band já devem estar familiarizados com a situação mas uma vez que o jogo não foi lançado em Portugal, para a grande maioria Guitar Hero: World Tour deverá ser o primeiro contacto com um periférico destes. Qualidade em si de cada um à parte, o que devemos realçar é mesmo a experiência nova que oferece e é quase impossível ficar indiferente perante a forma como a bateria se torna superior em alguns temas. Para alguém que não esteja habituado, jogar na dificuldade média já é um grande desafio de coordenação e ritmo e só podemos imaginar como será aumentar a dificuldade.

Guitarra, baixo e bateria prontos para a música, resta falar no instrumento que não será propriamente o mais desejado durante as sessões em grupo lá em casa, o microfone.

Se para vocês ser uma estrela do canto não é o suficiente para a integração social videojogável, podem juntar-se aos vossos amigos e deliciarem todos com as vossas vozes de mel. Quando numa banda completa, a secção do microfone ocupa a parte superior do ecrã e aqueles que nem sequer em playback sabem cantar não se preocupem, a letra surge no ecrã e caso estejam mesmo aflitos, não por falta de jeito mas para se mostrarem, podem bater duas vezes com o periférico na mão por exemplo e o Star Power activa. Poderá não conquistar as atenções lá em casa mas é essencial para completar uma banda e para todos os que vão assumir esta posição fica desde já aqui o meu respeito.

Num jogo destes, o paladar musical é um dos mais importantes diferenciadores e um dos aspectos que mais define a experiência e a torna diferente de indivíduo para indivíduo, não estivesse-mos nós perante um jogo de acção rítmica musical. O impacto que a lista de músicas deixa na pessoa é muito importante e se nos anteriores jogos da série também serviram para os diferenciar, neste a tradição de uma lista composta por fantásticos temas continua e ainda corre o "risco" de se tornar na melhor alguma vez vista num Guitar Hero.

Guitar Hero sempre foi sobre a guitarra e a experiência que o jogador tinha com a nova forma de abordar o género que a série trouxe, pelo menos para um Ocidente desprovido de jogos do género. Agora a responsabilidade de seleccionar e apresentar temas com não um mas sim quatro instrumentos em mente, torna todo o processo mais complicado e mais delicado. No entanto tal não parece ser o caso, a julgar pelos temas incluídos, pois parece que a tarefa foi fácil, parece.

Guitar Hero: World Tour vai-nos dar a possibilidade de tocar temas de bandas e artistas como Nirvana, Bon Jovi, Tool, Oasis, Muse, Black Sabbath, Sting, Metallica, Ozzy Osbourne, Cult, Michael Jackson, Coldplay, The Doors, Dream Theater, The Eagles, Joe Satriani e muitos, muitos mais. São mais de 85 músicas nas suas versões originais e alguns dos mais emblemáticos temas das bandas e artistas que os criaram. Uma lista fantástica que muito dificilmente não irá conseguir agradar a quem quer que seja que tenha um mínimo de interesse pelo género.

Olha, só com uma mão. Nestas secções podem começar o processo de exibição de destreza pessoal e por em prática o novo painel sensível ao toque

Mesmo com a condicionante do gosto pessoal, é inegável o poder e o impacto que nos causam várias das músicas presentes e especialmente a guitarra de Hendrix ao som de "Purple Haze". O que sentimos ao tocar este tema foi como se fosse para isto que o género e esta série tinham nascido, a sensação de estrela de rock de sala de jantar elevou-se ao ponto mais alto que alguma vez sentimos. Mérito da forma como a Activision conseguiu captar a forma que Hendrix tinha de tocar e o seu som majestoso. Isto vai de encontro a outra das grandes melhorias, o som. Todas as músicas são apresentadas nas suas versões originais e a melhor qualidade no som da gravação faz com que a sensação e gosto de as tocarmos seja mais recompensador e gratificante. A maior qualidade no som também permite uma melhor distinção e percepção entre cada um dos instrumentos e se a música é uma linguagem universal e uma forma de união, Guitar Hero: World Tour pode ser considerado uma das suas expressões na forma videojogável.

Seja de que forma for é incontornável, Guitar Hero cresceu e agora está prestes a tornar-se numa banda completa. O divertimento em grupo será uma das suas principais facetas mas todos aqueles que ainda continuem à procura de uma experiência a solo Guitar Hero: World Tour promete oferecer boas doses de diversão, inovação e êxtase quando chegar dia 21 de Novembro para Playstation 3, Playstation 2, Xbox 360 e Wii.

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