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The Falconeer Review - Clássicas Dogfights

Um dos títulos de lançamento da Xbox Series X/S.

Eurogamer.pt - Recomendado crachá
Combates aéreos com enorme satisfação quando abatemos o inimigo. Desenvolvido por apenas uma pessoa, impressionante.

Desde sempre que jogos de combate aéreo, mais conhecidos como Dogfighting, tiveram o seu espaço com nomes bem conhecidos, como o clássico Panzer Dragoon, passando por outros mais realistas como Ace Combat. Temos agora uma nova entrada para a lista, The Falconeer, que será lançado no PC e nas consolas Xbox, colocando o jogador a montar uma ave, mais propriamente um majestoso falcão.

The Falconeer está na lista dos títulos de lançamento das novas consolas da Microsoft, Xbox Series S e Series X, mas também estará disponível para a Xbox One, possuindo também a etiqueta Smart Delivery, garantindo assim tirar o máximo partido do hardware de cada uma das máquinas. Editado pela Wired Productions, foi desenvolvido por apenas uma pessoa, sim uma única pessoa, Tomas Sala, o que é um acontecimento surpreendente nos dias de hoje.

"apesar da sua simplicidade, consegue um trabalho de desenho artístico de elevada qualidade"

Já referido, The Falconeer aborda uma temática de jogabilidade relacionada com dogfights, combates aéreos, que aqui são protagonizadas por falcões, máquinas de guerra, e até dragões. Mas o primeiro impacto causado por The Falconeer é a nível visual, que apesar da sua simplicidade, consegue um trabalho de desenho artístico de elevada qualidade. O mundo onde se desenrola esta narrativa é concebido de forma sublime, onde a conjugação de cores e efeitos visuais nos deixam inúmeras vezes rendidos. Analisei a versão PC, e jogar num monitor 21:9 coloca a imersão noutro patamar. Obviamente, se formos analisar ao pormenor conseguimos observar que visualmente tudo é criado com padrões muito simples, mas que em conjunto criam formas visuais de extrema beleza.

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Esta aventura sustenta-se num mundo onde o elemento predominante é a água. As populações estabeleceram-se em ilhas rochosas, separadas por um oceano repleto de segredos, com temporais de extraordinário efeito visual, e até vida marinha. É um vasto mundo a descobrir, onde existem diversas facções que lutam entre si para o domínio territorial e até piratas para completar a ementa. Formam-se alianças, quebram-se tratados, tudo num enredo rico o suficiente para nos conectar ao longo do jogo.

Este é estruturado por capítulos, com mecânicas simples e eficazes. Temos as missões relacionadas com a história, e também outras secundárias que nos recompensam com recursos monetários importantes para adquirir artigos. Podemos comprar upgrades para o nosso falcão, documentos que nos dão acesso a determinadas zonas/ilhas, e até perks que melhoram determinados parâmetros e tornam a nossa ave mais eficaz, desde velocidade, regeneração mais acelerada, e até munição mais poderosa.

O modo fotografia permite capturar imagens de extrema beleza.

"É nos combates que The Falconeer revela todo o seu potencial"

Aparentemente simples, mas no seu cerne encontra-se um jogo que exige uma boa configuração/gestão do nosso falcão, principalmente em dificuldades mais elevadas. Existem mecânicas que devem ser seguidas, desde apanhar peixes que nos regeneram vida e energia, tentar equilibrar sempre o gasto da energia para dessa forma termos sempre a possibilidade de executar uma manobra de evasão. É nos combates que The Falconeer revela todo o seu potencial, com uma jogabilidade que recompensa o jogador, onde sentimos que todas as nossas acções com o comando são transportadas com eficácia. Por vezes os combates atingem um nível frenético (principalmente nos últimos capítulos onde o nosso falcão é mais poderoso e veloz) com múltiplos inimigos ao mesmo tempo, seja no ar, nas ilhas e no oceano, tudo muito fluido e intuitivo dando uma enorme satisfação quando abatemos o inimigo.

Mas existem algumas ocultações que gostaria que tivessem sido adicionadas ao jogo, desde uma personalização do falcão e consequente vínculo sentimental com o mesmo. Esta ausência de ligação mais afectiva à nossa ave de rapina está muito ligada à forma como está estruturada a campanha do jogo, que é dividida em capítulos, e em cada um deles defendemos uma diferente facção com óbvia troca de personagem e falcão.

"Este título foi produzido com recursos um tanto limitados"

Denota-se que este título foi produzido com recursos um tanto limitados, pois são evidentes várias lacunas a nível de opções, relacionadas com a interface e com opções tanto gráficas como sonoras. Não podemos alterar o volume da música separadamente do resto do som ambiente, e quando estamos no mapa do jogo senti falta da possibilidade de marcar um local a visitar, andamos a deambular um tanto perdidos numa constante ida ao mapa para atingir o nosso destino.

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Não existe dúvida que a parte mais importante no jogo são as dogfights, mas o mesmo não se pode afirmar em torno das missões. Se inicialmente são de fácil aceitação, à medida que vamos avançando estas tornam-se demasiado repetitivas, muito devido a tarefas sempre idênticas. Estas resumem-se em ir a determinado local eliminar um inimigo, procurar um artigo que está perdido no oceano, patrulhar áreas e eliminar inimigos, ou entregar algo em certa zona. Basicamente são estas as nossas tarefas durante as missões, tanto da campanha como a opcionais, pecando muito pela falta de alguma originalidade e risco.

Os pequenos problemas acima mencionados não retiram o brilhantismo alcançado, The Falconeer prima pela deslumbrante arte visual e deliciosas dogfights, que lhe dão uma concepção acima de jogos com orçamentos e equipas de superior dimensão. Está neste momento em pré-compra por um preço de $29.99, que considero bem aceitável, sendo um jogo a considerar no lançamento das novas consolas Xbox, no próximo dia 10 de Novembro.

Prós: Contras:
  • Dogfights de elevada qualidade
  • Visualmente belo
  • Imensidão do mapa para explorar
  • Missões muito básicas
  • Falta de opções de jogo
  • Torna-se muito repetitivo

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