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Prince of Persia: The Forgotten Sands

Para esquecer.

O jogo atira-nos de imediato para a acção, algo que em si não colhe como desconsideração, mas se soubermos que o jogo será todo igual desde então, a tarefa de progressão é considerada ela própria o maior desafio do jogo. Passámos a maior parte do tempo a fazer as mesmas coisas, e todas elas de uma simplicidade e facilidade extremamente irritante. Ok, é um Prince of Persia, onde teremos que correr pelas paredes, saltar de um lado para o outro e evitar os diferentes desafios pelo caminho. Sim este PoP é isso mesmo e mais nada. Aliás, conseguirás passar o jogo sem matar qualquer dos mais pequenos inimigos. Apenas os maiores, onde as paredes estão bloqueadas e terás que os matar, fora isso, é R2 e X todo o tempo, e nem precisam de se preocupar em cair. Basta ir em frente.

O apelo em continuar com o jogo é diminuto, e nem mesmo as constantes dificuldades encontradas pelo caminho permitem um novo fôlego ao jogo. Tudo se resume em: caminhar pelo palácio e evitar as pequenas dificuldades do jogo. O jogo apenas tem dois níveis de dificuldade, Normal e Fácil. O normal é um fácil com mais coisas. Posso dar um exemplo. Tens um corredor. No início é apenas um corredor. Esse mesmo corredor depois tem umas lâminas, mais tarde é adicionado uns troncos com espinhos, depois uns espigões, e por fim buracos e a necessidade de aplicar os diversos poderes em conjunto. Na teoria tudo isto parece interessante, mas não o é na prática. Tudo demasiado simples e muito óbvio.

Prince of Persia: The Forgotten Sands permite que adquiramos poderes conforme progredimos no jogo. Estes poderes são desbloqueados aquando das nossas visitas à Djinn, que nos fornece até quatro poderes, sendo a novidade o controlo da água, como que a congelando. Os restantes é o já conhecido de rebobinar o tempo, o poder de recuperar plataformas de construção outrora existentes, e a possibilidade der voarmos como um raio num curto espaço de tempo. Todos estes poderes são momentâneos, existindo uma tempo limite de duração de cada um. Em fases mais avançadas será necessário usar todos estes poderes ao mesmo tempo. Uns poderão achar desafiador, eu chamo apenas de frustrante e sem nexo. Para além disso, temos um combo de quatro poderes de ataque, que são alocados no D-pad, representado o poder da terra, vento, fogo e gelo.

Grande, mas nem se mexe para nos dificultar.

Até ao momento ainda não consegui compreender qual a ideia por trás da criação deste jogo. Ainda não compreendi se é um jogo para uma audiência dos doze aos vinte e cinco anos, ou se é para baixo dos oito. Em certas alturas, julgo que senti a sensação que somos gozados, ou na melhor das hipóteses ridicularizados tal é a facilidade do jogo. Para o provar, presenciei uma hora de jogo sem que fosse morto um único inimigo. Por falar em inimigos, mesmo que queiramos ficar para lutar, a facilidade com que os vencemos é de tal forma ridícula, que houve ocasiões, dentro de certas arenas fechadas, que apenas corria de um lado para o outro já que os inimigos se anulavam. Estranho no mínimo.

Poderão estar a pensar, mas o jogo não tem nada de bom? Sim, claro que tem. O Príncipe continua elegante e a forma que encara cada obstáculo é bonita de se ver. As acrobacias, os saltos, o correr pelas paredes continuar a ser um prazer. Também vão encontrar alguns níveis com pequenas subtilezas gráficas, principalmente no último nível, onde tive que colocar os óculos de sol.

Fora disto, o jogo prima por uma parca história, falta de essência, e falta de dificuldade. Os puzzles são dos mais minimalistas que já vi, e mesmo que no início parece difícil, quando tomamos conta da acção, tudo se transforma em extrema facilidade, isto muito devido aos ângulos de câmara que apontam o sitio exacto do que teremos que rodar e mexer.

Prince of Persia: The Forgotten Sands é um jogo com boas ideias, mas que fica-se apenas por aí. Não existe qualquer interesse em continuar o jogo, não nos puxa pela história, nem mesmo pela dificuldade. É competente no que faz, mas nem de perto chega para os padrões actuais. Julgo que nem os fãs ferrenhos de PoP o irão achar atraente e nem mesmo a cópia directa de elementos do God of War e Bayonetta lhe fazem jus. Boa tentativa, mas pegando no nome do jogo, "para esquecer".

5 / 10

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