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Diretor de Castlevania: LoS 2 diz que críticas da imprensa foram pouco profissionais

E afirma estar orgulhoso da sequela.

Enric Álvarez, diretor de Castlevania: Lords of Shadow 2 e co-fundador do Mercury Steam, concedeu uma entrevista com o Eurogamer.es onde exprimiu abertamente a sua opinião sobre a recepção ao jogo por parte do público e sobre o futuro da produtora.

Depois de confessar que no Mercury Steam "estamos contentes e orgulhosos do trabalho feito," em relação aos 7 anos empregues na série Lords of Shadow, cujo último jogo trabalharam mais de 100 pessoas, Álvarez assinalou que Lords of Shadow 2 é o capítulo sombrio da série, "onde já não pretendemos apresentar um mundo, mas sim um capítulo fundamentalmente focado no personagem e no seu conflito," e aproveitou para defender o final do jogo, uma vez que, "o jogo teve de acabar assim. Não queríamos oferecer uma conclusão definitiva a nível moral, queríamos que a própria moralidade do jogador fosse quem decidisse como o jogo acaba."

Álvarez comparou o argumento do jogo ao filme Desafio Total.

"Nos videojogos tende-se a fazer tudo muito óbvio com medo de que as pessoas não entendam. Por vezes as pessoas não entendem e tende-se a classificar algo como mau, que não vale a pena, etc. Por isso, talvez houvesse um certo risco com uma história complexa que, de facto, não é assim tão complexa, se veres bem é uma história muito semelhante ao filme 'Desafio Total', trata-se de um personagem que tem um plano e que não é consciente dele até um determinado ponto da história. No caso de 'Desafio Total', o personagem só descobre a verdade a meio do filme, enquanto que no nosso jogo não, no nosso jogo esperamos até ao fim."

Em relação às análises que a imprensa fez ao jogo, Álvarez afirmou que houve "falta de profissionalismo para julgar as coisas por aquilo que são e não por aquilo que uns queriam que fosse." Para ele, "há muitas pessoas que analisam videojogos e que não estão à altura do jogo que analisam. Isso é um problema porque depois vai influenciar na decisão de compra das pessoas, e depois também tem uma influência a nível de oportunidades dos produtores. Não me interpretem mal, há pessoas muito boas a escrever sobre videojogos, qualquer que seja a sua opinião. Falo de pessoas muito boas que, por exemplo, destruíram o primeiro LOS. Não se trata de terem razão ou não, trata-se de uma questão de falar o que tens de falar. Quando dizes numa review que as texturas ou o motor de um jogo não estão à altura, ou que a jogabilidade não está à altura tens de saber o que dizes. Não se pode dizer simplesmente 'não gostei, e como não gostei é mau', isso é de uma grande arrogância."

Segundo Álvares, o que se passou com Lords of Shadow 2 é que se trata de uma sequela com muitas diferenças em relação ao primeiro jogo, e que por isso não agradou a muita gente que esperava mais do mesmo, apesar de considerar que "a maior parte das pessoas estão a gostar, e apesar do jogo ter os seus defeitos, não são defeitos que possam mascarar o resto do trabalho bem feito e todas as sensações que ele oferece."

Por fim foi dito que Lords of Shadow 2 não vai ser lançado nas consolas da nova geração e ficou esclarecido que as relações com a Konami continuam a ser boas.

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