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Invizimals: A Aliança - Análise

Estão na parede! Cruzes-credo.

Ainda sobre as capturas, perder uma significa começar tudo de novo. Ouvir o professor complacente com a sua irritante explicação, e seguir todas as etapas iniciais até ao momento que queremos. Uma pequena sugestão, nas alturas em que temos de perseguir os Invizimals rapidamente seguindo as indicações da Vita, garantam que têm uma luz forte na zona, ou rapidamente a consola vos mandará atravessar a parede.

A estrutura centrada na construção de uma "hub" e lançamento de missões com todo um sistema de progressão a suportá-las é muito comum no mercado mobile. Invizimals A Aliança captura muito bem alguns dos conceitos que vemos nesse espaço, ampliando-o às funcionalidades da consola portátil da Sony e adaptando-o à interação com as cartas de realidade aumentada. Isto percebe-se rapidamente pela estrutura dos menus, as mecânicas que requerem utilização do ecrã tátil e o desenvolvimento da "hub" tipo cidade no mundo animado dos Invizimals.

Cada vez que construímos uma estrutura nova, temos que montá-la como se de um puzzle 3D se tratasse. Sim o conceito faz sentido e tem a sua piada, mas fazê-lo com os dois painéis táteis da consola é um processo doloroso. Depois o próprio jogo indica a posição correta, tornando a mecânica completamente focada na execução de rodar e colocar as peças, e não na imaginação abstrata de prever como elas se conjugam, o interesse de qualquer puzzle. Para piorar, fazemo-lo debaixo de um cronómetro.

Mas como o combate faz parte da natureza dos Invizimals, grande parte do jogo é passada a combater com as criaturas, em arenas normais, por equipas, ou em torneios que fazem lembrar Dragon Ball. Este é o lado mais brilhante do jogo e tem como centro o que é mais importante, as criaturas. A magia de colecionar Invizimals e usá-los no campo de batalha, vê-los evoluir e adquirir poderes é o que o jogo tem de distinto, é o principal motivo da relação do jogador com ele. É aquele impulso natural que surge quando temos uma parte, e queremos tudo. Queremos capturá-los todos, ora, onde é que eu já vi isto?

Existem arenas pré-definidas, e arenas trazidas pelas cartas de realidade aumentada, que basicamente podem "ganhar vida" em qualquer superfície. Há uma magia particular de realizar um combate com o nosso Invizimal no jardim da rua ou na mesa da escola, mas em termos práticos, a execução do combate torna-se menos transparente por termos que segurar a consola na posição adequada. Prefiro utilizar as arenas pré-definidas, vamos desbloqueando nova à medida que avançamos.

"A magia de coleccionar Invizimals e usá-los no campo de batalha é o principal motivo da relação do jogador com o jogo."

Os combates podem tornar-se tensos, e existem bastantes variáveis a considerar tendo em conta que se trata de um título para os mais jovens. A direção é facilitada pelo facto do alvo ser fixo, ou seja, estamos sempre enquadrados, mas depois temos que controlar a disponibilidade de cada um dos quatro poderes, os bloqueios, a posição para evitar os ataques inimigos, a barra de stamina que quando acaba nos deixa exaustos, e por último, a utilização dos vectores, uns consumíveis que podemos utilizar durante as partidas.

Em batalhas de quatro a coisa rapidamente se torna caótica, chegando a ser difícil discernir onde estamos ao certo no meio da confusão. É também dentro das arenas que o salto gráfico se nota mais claramente, não é o melhor que já vimos na Vita, mas cumpre, em particular no campo das animações. No final de cada batalha podemos ver o progresso dos participantes, o mais interessante aqui é a possibilidade de escolher onde gastar os pontos de progresso para cada Invizimal quando sobe de nível.

Ao mesmo tempo que o poder do nosso escolhido sobe e novas possibilidades se abrem, o nosso rank de caçador também cresce, evoluindo para uma relação mais simbiótica com os Invizimals. Existem cerca de 150 Invizimals para desbloquear no catálogo do jogo, e depois levá-los a confronto com os de outros jogadores em multijogador local em ad-hoc, pela PSN, ou em cross play com a PlayStation 3, algo que falarei em maior profundidade na análise do novo título para a consola de sala, O Reino Perdido. Há muito do desenvolvimento da história que funciona em paralelo com o jogo da PS3.

A aliança é um produto original, diferente, e muito inteligente a captar a imaginação dos mais novos. Em termos de execução está longe da perfeição, é mal iterado em alguns aspetos, mas isso não retira mérito à equipa de Barcelona, que conseguiu pegar numa ideia tão diferente, evoluí-la, e transformá-la num fenómeno que ultrapassa já o campo dos videojogos. A transição para a Vita era inevitável, Invizimals A Aliança está em casa na portátil da Sony.

7 / 10

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