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F1 2013 - Análise

Versão do presente com um olhar no passado.

Também não seria realista ser capaz de atingir um pódio com uma equipa média/baixa, o nosso objetivo inicial prende-se mais em travar uma batalha com o nosso colega, que já agora, podemos desafiar para um confronto quando estamos na garagem, e assim ir subindo a nossa categoria e captar a atenção de outras equipas de maiores ambições. É ao controlar um carro como o Red Bull de Vettel no modo Grand Prix que percebemos as diferenças de um bólide de topo e o nosso, o grip à pista é muito maior, reequilibra-se muito mais rapidamente depois de uma curva, e a aceleração para o momento de ataque é mais suave. É como uma confissão do jogo dizendo-nos que é suposto sofrermos e vermos a nossa habilidade a crescer com o carro, uma delícia para os amantes da simulação.

Ainda na garagem podemos efetuar pequenos ajustes ao carro, coisas como a aerodinâmica, travões e suspensão, coisas que sinceramente prefiro que sejam os mecânicos da equipa a ajustar por definição. Ao longo da época a equipa realiza ainda pesquisas e desenvolvimento do veículo, pedindo-nos para executar testes e escolher que caminho seguir. É agora possível gravar o nosso progresso a meio de uma sessão de treinos ou de uma corrida, uma vantagem que evita que tenhamos que disponibilizar uma infinidade de tempo para uma sessão de jogo.

Os modos Time Attack e Time trials estão de volta, mas são os "scenarios" que trazem maior interesse, oferecendo desafios de dificuldade crescente, e que variam entre conseguir um lugar de pontos, ficar à frente do colega de equipa, ou efetuar um ataque surpreendente nas últimas voltas e chegar à vitória. São estímulos para melhorar as nossas capacidades de condução, e uma boa forma de dividir o tempo de jogo com um amigo.

O modo F1 classics, que é a grande novidade da versão para este ano, traz veículos, pilotos e pistas das décadas de 80 e 90, algo que fará as delícias dos fãs. Controlar por exemplo o Williams que Nigel Mansell usou para vencer o campeonato de 1992, ou o Ferrari de 88 é um exercício legitimamente refrescante para a série, e igualmente frustrante por vezes. Sem as ajudas automáticas modernas, estes veículos são autênticos animais, com os ocasionais turbo boosts capazes de os fazer voar, literalmente. Um dos maiores atrativos será a comparação de tempos entre os carros atuais e os clássicos, sim porque este modo traz o seu próprio time trial, attack e os seus próprios scenarios.

""Um dos maiores atrativos será a comparação de tempos entre os carros atuais e os clássicos""

O som dos motores é diferente também, não sei se são completamente fiéis aos carros da altura, mas não é apenas o comportamento da física dos veículos que se distingue, o barulho que estes fazem numa aceleração repentina ou em redução torna-os únicos. Confesso que foi uma luta tremenda controlar alguns deles, a Fórmula 1 é um desporto de controlo emocional e paciência, muito longe dos jogos de condução árcade, mas estes carros levam isso para outro nível.

O nosso circuito no Estoril foi mais uma vez recriado para um jogo de F1, mas infelizmente só está acessível na versão premium do jogo, ou por conteúdo adicional (DLC). É estranha esta decisão da Codemasters, não basta ter que convencer os jogadores a atualizarem a sua versão para a deste ano, ainda correm o risco do principal atrativo para certo jogador estar de fora da versão normal, como é o nosso caso. E o Estoril não é caso único, vários outros pilotos conhecidos, como Eddie Irvine ou Alain Prost, carros e pistas (Imola) só estão disponíveis através do pagamento de uma quantia adicional.

Para evitar que a versão de 2013 se parecesse com um DLC do jogo do ano passado, foi incluída a possibilidade de reviver alguns dos momentos altos da modalidade, tenho a certeza que fará as delícias dos verdadeiros fãs, mas ao mesmo tempo é difícil disfarçar os sinais de fadiga que o simulador acusa. Voltando um pouco atrás, a versão do próximo ano promete mudanças de fundo acompanhando a transformação da própria modalidade, mas a minha curiosidade está apontada para 2015, altura em que a Honda voltará para reeditar a histórica parceria com a Mclaren.

7 / 10

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