Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

The Sims Medieval

Um novo rumo.

Como já devem ter reparado, o jogo roda em torno de Quests para se ir avançando até cumprir a Ambição em questão. A qualidade com que completamos a Quest é influenciada pelas Responsabilidades. Todos os dias temos duas Responsabilidades para completar, quando concluídas, aumentam a qualidade da Quest, que será completada ao efectuarmos as suas Tarefas. É importante manter a qualidade da Quest elevada para obter mais Resources Points. É esta mistura de RPG com a mecânica da série Os Sims que confere ao jogo uma identidade própria e diferente do que estamos habituados. No geral resulta bem, é interessante a conjugação dos diferentes aspectos. Temos ao mesmo tempo que socializar, realizar as tarefas básicas do nosso Sim, que são menos, mas ter sempre em atenção o objectivo final e respectiva Quest.

Tudo se resume a gerir e expandir um Reino com os seus diversos edifícios, atender aos pedidos dos mortais, orientar as relações com Reinos adjacentes, criar novas infra-estruturas, redigir editais e novas leis, melhorar a segurança e bem-estar, e por aí adiante. Como já disse, é interessante esta nova abordagem, mas com o tempo chega a cansar um pouco, não há grande espaço para uma liberdade de movimentos, é um pouco rígido nesse aspecto. Temos que estar sempre a cumprir tarefas para as Quests, e muitas vezes não é fácil descortinar o que realmente temos que fazer, perdemos muito tempo até conseguirmos descobrir o que a tarefa significa.

Por vezes The Sims Medieval mais parece um jogo de estratégia com elementos RPG. Os componentes apresentados, como gestão, expansão, aquisição de novas infra-estruturas, relacionamentos externos com os diferentes Reinos, angariação de pontos de experiência, subida de nível dos nossos Sims/Heróis, tudo junto cria um jogo com uma mistura interessante. Chega a ser um jogo de estratégia em tempo real com pozinhos RPG, e claro, elementos transportados dos jogos Os Sims anteriores.

Os amantes da liberdade de movimentos irão achar esta nova aventura da série Os Sims um pouco limitadora. Não há muito espaço para liberdade de movimentos, apesar do tempo parecer passar mais devagar, contrariamente aos jogos anteriores, atribuído assim mais tempo para realizar e concluir os desafios propostos. A repetição constante é o ponto menos positivo do jogo. Não quero com isto dizer que temos que efectuar sempre as mesmas tarefas, muito pelo contrário, os desafios são sempre diferentes. Estou sim a referir-me à já referida pouca liberdade de movimentos.

Resumidamente, temos que construir um Reino, e para tal temos as Ambições, que por sua vez possuem Quests. Dentro de cada Quest temos Tarefas a cumprir, e Responsabilidades que determinam a qualidade com que completamos a Quest. Esta é a mecânica de The Sims Medieval, conjugada com a estrutura dos jogos anteriores. Realmente esta adaptação teria que ser efectuada, os rapazes da The Sims Studio não se limitaram a colar os conceitos de Os Sims 3, criaram praticamente do zero este novo mecanismo, com o intuito de contarem uma história mais dramática, recheada de romantismo e aventura, encaixando bem na Era Medieval.

Relativamente aos aspectos mais técnicos, relacionados com o grafismo, a sonoplastia, controlo e jogabilidade, posso dizer que estão todos eles bem conseguidos e aceitáveis. O grafismo é detalhado, com boas animações e fluidez de movimentos dos personagens, estando ao mesmo nível e até melhorado em relação aos jogos anteriores. A banda sonora está aceitável, com músicas e sons a condizer com a época em que o jogo se desenrola. Em relação aos controlos, denotei algumas dificuldades iniciais com o controlo da câmara, sobretudo pelo facto de estranhamente os objectos não ficarem invisíveis quando o Sim está por detrás dos mesmos.

The Sims Medieval pode ser considerado como lufada de ar fresco, numa série que já cansava pela falta de originalidade. O jogo possui muitas das mecânicas de jogo dos antecessores, mas simplifica-as para se adaptar a um conceito mais estratégico e com elementos bem introduzidos dos RPGs. O facto de controlarmos um Reino, de termos a possibilidade de jogar com perspectivas diferentes através de diferentes Heróis na mesma campanha, e sobretudo pela enorme longevidade adquirida através das inúmeras Ambições, conferem um lugar de destaque e até um ponto de viragem para esta franquia.

8 / 10

Read this next