Violência nos videojogos impedem-nos de ser um desporto olímpico

Desde a explosão dos eSports que se iniciou uma discussão sobre se seria possível que viessem a ser considerados um desporto olímpico, mas de acordo com as declarações mais recentes de Thomas Bach, o Presidente da Comissão Olímpica Internacional, para que isso aconteça é necessário remover a violência e descriminação.

"Não podemos ter no programa Olímpico um jogo que está a promover violência ou descriminação," disse Thomas Bach ao Associated Press. "Os chamados jogos de matança. Esses jogos, do nosso ponto de vista, são contraditórios aos valores Olímpicos e por isso não podem ser aceites."

Há exemplos de desportos olímpicos que têm por base a violência, incluindo a esgrima, modalidade na qual Thomas Bach recebeu uma medalha de ouro. No entanto, contra-argumenta que estes desportos são uma "expressão civilizada".

"Claro que todos os desportos de combate têm a sua origem em lutas reais entre pessoas. Mas o desporto é a expressão civilizada disto. Se tens jogos sobre matar alguém, não podem estar na mesma linha dos valores Olímpicos."

As declarações de Thomas Bach surgem com o final dos Asian Games, cuja edição de 2018 foi concluída a 2 de Setembro. Nos Asian Games foram incluídos eSports, tendo havido competições de Arena of Valor, Clash Royale, Hearthstone, League of Legends, Pro Evolution Soccer e Starcraft 2.

Alguns destes jogos incluem morte virtual dos adversários, mas outros nem tanto. Pro Evolution Soccer e Hearthstone não incluem violência. Rocket League, que não teve competição nos Asian Games mas é popular nos eSports, também não inclui violência.

Portanto, nem todos os jogos de eSports promovem a violência.