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Digital Foundry - Monster Hunter XX: primeiro remaster 3DS na Switch é analisado

Uma melhoria visual dramática da portátil para a híbrida.

A Nintendo Switch tem impressionado com algumas conversões de plataformas mais poderosas, mas a chegada da demo de Monster Hunter XX à eShop Japonesa dá-nos a oportunidade de ver os programadores a trabalhar na direcção oposta, redefinir e melhorar um existente jogo 3DS para a nova consola híbrida. Os resultados são intrigantes, a Capcom entrega um remaster HD dramaticamente melhorado, com impressionantes melhorias em todas as áreas.

O jogo completo chega em breve, mas já podes jogar a demo - disponível na eShop Japonesa - que apresenta imensos conteúdos, três missões e 15 personagens. Como esperado, o salto é impressionante tendo em conta a diferença de poder entre as duas consolas: a 3DS tinha poder inferior às soluções mobile concorrentes logo no lançamento, enquanto a GPU Tegra X1 da Switch aguenta-se bem comparada com alguns SoCs de topo disponíveis hoje no mercado.

A resolução foi dramaticamente melhorada - mesmo em modo portátil tens um aumento de 9.6x na resolução (metade disso se tivermos em conta a renderização 3D) no salto para 720p, enquanto na dock vai ainda mais longe, salta para nativa 1080p. O rácio de fotogramas permanece o mesmo. A versão 3DS corre a 30fps com irregularidades no ritmo de fotogramas - o mesmo acontece na Switch, a má ordenação dos fotograma produz soluços que nem eram um problema na 3DS, mas são muito mais perceptíveis no ecrã 720p da portátil e numa HDTV.

Cover image for YouTube videoMonster Hunter XX: Switch vs 3DS Graphics Comparison + Frame-Rate Test
Monster Hunter XX recebe um vasto leque de melhorias visuais na transição da 3DS para a Switch, como podes ver neste vídeo.

A Capcom tem agora mais poder GPU para levar Monster Hunter XX a um novo nível. Existe anti-aliasing pós-processamento, juntamente com um grande salto na qualidade das texturas apoiado por um filtro anisotrópico de maior nível, dando à apresentação um aspecto nítido sem uma cascata de blur. As distâncias de visão foram melhoradas e existem mais detalhe nos cenários - mais perceptível na folhagem mais rica. Por extensão, o pop-in de objectivos foi praticamente eliminado, criando um aspecto mais consistente.

Existem outras melhorias visuais. O brilho e feixes de luz pré-inseridos já estavam presentes na versão 3DS, mas na Switch, a Capcom tem poder GPU pora efeitos mais dinâmicos como raios de sol que reagem quando o cenário obscura a luz, dando uma sensação de densidade ao ar. É um belo toque na Switch, e uma clara melhoria sobre os efeitos pré-renderizados da 3DS. Outros aspectos da apresentação 3DS que não funcionariam num ecrã de melhor qualidade também foram corrigidos: a qualidade das sombras foi muito melhorada.

Em termos visuais, a Capcom aplicou vastas melhorias pelo todo. No entanto, a sua origem é a de um jogo 3DS e como tal, existem elementos que puxam a nova versão ao encontro das suas origens mais humildes. A geometria não está muito melhorada. Os personagens, monstros, e mapas parecem apresentar o mesmo design angular e básico da 3DS. Algumas partes do mundo foram actualizadas e a nova texturização da Switch ajuda a esconder as similaridades, mas o trabalho executo no mundo claramente tem as suas raízes na versão portátil mais antiga.

Nintendo Switch
Nintendo 3DS
A imagime convertida da 3DS não favorece - fica muito melhor no ecrã nativo - mas ainda assim, o aumento na resolução e detalhe é vasto.
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Uma perspectiva que demonstra o detalhe adicional que se consegue com as texturas remasterizadas.
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Além de arte melhorada, o filtro anisotrópico 8x ou 16x assegura que o detalhe é preservado quanto mais longe olhas para o cenário. Repara na distância de visão no detalhe ambiental e a densidade de folhagem está melhorada.
Nintendo Switch
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Sem surpresas, a Capcom utiliza os pixel shaders programáveis da Switch para efeitos mais impressionantes - tal como a água aqui.
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A passagem para a GPU mais moderna também dá à Capcom o poder que precisa para conseguir iluminação melhorada, tal como efeitos mais dinâmicos.

O facto da performance ser totalmente idêntica ao original é uma oportunidade perdida, tendo em conta a grande diferença no poder da Switch sobre a 3DS. Uma melhoria para 60fps teria feito uma profunda diferença na sensação do gameplay, e eliminar os problemas no ritmo de fotogramas que sobreviveram da passagem da 3DS para a Switch. Monster Hunter 4 na New 3DS conseguiu chegar perto de 50fps graças ao rácio de fotogramas desbloqueado, por isso ter os 60fps como alvo neste estilo de jogo na Switch não parece improvável.

A boa notícia é que o nível de performance em Monster Hunter XX em modo portátil também é forte: mais uma vez, corre a 30fps, mas jogar a demo do início ao fim não revelou uma só queda. Correr a 720p ajuda a baixar o perfil do relógio da GPU em modo portátil, e o resultado em Monster Hunter é uma performance sólida em toda a demo. Além disso, podemos confirmar que além da resolução, toda a experiência é idêntica em termos de funcionalidades visuais melhoradas neste remaster.

Monster Hunter XX será lançado a 25 de Agosto no Japão e esperamos ter mais detalhes sobre o lançamento Ocidental em breve. Baseado no que já jogámos, o novo jogo da Switch pode não ser a experiência a 60fps que esperavas, mas o trabalho de remasterização é impressionante - e para os donos da versão 3DS, será apresentada uma aplicação para passar o teu save para a nova consola. Existem limitações sobre o que pode ser transferido, mas ainda assim, é um belo gesto e torna o novo pacote ainda mais apetecível.

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Thomas Morgan

Senior Staff Writer, Digital Foundry

32-bit era nostalgic and gadget enthusiast Tom has been writing for Eurogamer and Digital Foundry since 2011. His favourite games include Gitaroo Man, F-Zero GX and StarCraft 2.

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