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New Super Mario Bros. Wii

Festa em família!

A passagem de Mario Galaxy para NSMBW também provocou algumas alterações em termos de utilização do comando. É possível continuar a privilegiar o Wii Remote e Nunchuk como via elementar para controlar a personagem, mas num momento de maior nostalgia, porque não evocar adoptar o tradicional e simples formato de controlo? Segurando o Wii remote de lado o acesso está assegurado aos botões elementares para a execução das tarefas tradicionais. É natural que algumas pessoas com mãos mais volumosas tenham dificuldade em pressionar o d-pad com firmeza, até porque falta algum apoio naquela parte do comando. No entanto esta solução revela-se eficaz e assertiva por ser capaz de proporcionar uma interface muito similar à utilizada na NES

A movimentação de Mario, na forma básica, continua a obedecer aos movimentos regra, pelo que as novidades foram introduzidas a expensas do Wii remote. Podiam ter ido um pouco mais longe e abarcado outro novos movimentos, mas talvez para não desconfigurar a experiência clássica do jogo, os produtores incluíram o salto rotativo (agitar o comando para Mario saltar e rodar sobre si mesmo), a movimentação das plataformas osciláveis (deslizando o wii remote para a esquerda ou direita) e o movimento giratório sobre parafusos de modo a elevar ou descer algumas plataformas.

As novidades no equipamento passam pelo “Propeller Mario” e pelo “Penguin Mario”, estas a adicionar aos já conhecidos “Ice”, “Fire” e “Mini-Mario”, configurações e habilidades para ultrapassar com mais ligeireza muitos dos obstáculos. Estas opções dinamizam a exploração das áreas, especialmente através da hélice, a forma mais célere para chegar a zonas secretas altas bem como para evitar alguns perigos junto ao solo. A propulsão do Mario fica dependente da agitação que se faça no Wii remote, controlando o movimento posterior, já em fase descendente, a partir do d-pad.

Se caírem no abismo em breve serão reconduzidos para junto dos colegas.

Vestindo o fato de Pinguim, Mario não só tem outra facilidade para se movimentar no gelo, como pode efectuar uma patinagem polar, colocando-se de barriga encostada ao solo ao mesmo tempo que salta sobre os poços e acede a zonas vedadas na sua forma normal. Além disso ainda pode atirar bolas de neve e congelar os inimigos, mesmo que estes permaneçam no ar de forma a alcançar uma plataforma cimeira, podendo também quebrar o bloco de gelo. O mais espantoso é que todas estas especialidades continuam aditivas, com uma física perfeita e sempre utilizadas em situações que ao longo do tempo se tornaram familiares.

Do quadro de selecção no menu inicial até aos temas escolhidos para as áreas de jogo a componente sonora divide-se entre os temas clássicos da série, particularmente os das casas assombradas pelos boos, as torres e castelos dos bowser, as zonas de lava, entre outros bem conhecidos, sendo que para as secções exteriores há uma recuperação dos temas musicais desenvolvidos para NSMB. Com uma sonoridade muito rítmica chega a ser hilariante observar os koopas e outras figuras entrarem no ritmo.

Viajando sobre o mapa mundo.

Dando unicamente função às possibilidades para jogador individual, NMSBW é por si um jogo enorme, pejado de desafios, com uma dificuldade superior, próxima de SMB3, mas sem nunca frustrar. O Super Guide e a facilidade em desbloquear segredos não formam uma solução automática. Devem ser antes entendidos como pequenos estímulos para superar uma situação mais complexa, sem, no entanto, retirar ao jogador a palavra final quanto à utilização. E depois este jogo marca pelo brutal “sum up” que faz de uma época dos videojogos.

À primeira vista são as plataformas, tão típicas e saudosas. A interface continua aditiva, com uma física notável, apetrechada por aqueles sons característicos das caixas a rebentar, dos sons emitidos cada vez que Mario salta e tomba, aquilo que Matt Groening uma vez tão lapidarmente evocou num episódio dos Simpsons quando colocou o italiano Mario a escapar às investidas do adversário Homer. Por muito que as actuais produções de videojogos continuem a investir em sumptuosos motores gráficos que dinamitam quadros de absoluto foto realismo, entre dinâmicas de jogo forjadas a rebate de emoções, não se pode menosprezar uma boa costela da indústria que dificilmente cai em desuso, especialmente quando a Nintendo intervém, a expensas do engenho de Miyamoto, sempre disposto a supervisionar e garantir que um novo jogo da série Super Mario não se dissocie dos padrões de excelência a que a série nos habituou.