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MAG (Massive Action Game)

256 ao molho.

Por exemplo, tanto podemos usar uma configuração em que a arma principal seja a sniper, ficamos ocultos e mais longe da acção, como que logo a seguir após a morte do nosso soldado, escolhemos ir directamente para a acção de “Machine Gun” ou subir um monte e usar a “Bazuka” para matar um grande número de soldados. Esse é outro ponto interessante do jogo, o grande número de soldados num só mapa (256), não temos tempo para piscar os olhos, eles aparecem de todos os lados (são mais que as mães).

A possibilidade convocar os outros combatentes através da comunicação de voz, pode ser importante para aplicar tácticas de guerra. Os Líderes podem fazer a diferença se usarem bem essa opção para comandar os soldados, tanto para atacar como para defender, é evidente que é uma tarefa bastante difícil, já que muitos dos soldados estão sedentos de sangue. Mas o elevado número de jogadores também trás alguns problemas, principalmente porque a ideia de MAG era incentivar tácticas em grupo e isso raramente acontece.

Outro problema ocorre quando o nosso soldado morre, para além de esperar uns bons segundos para voltar ao combate, temos que percorrer longas distâncias para voltar ao local de acção. É algo que irrita, passamos a maior parte do tempo a correr, mais do que propriamente a combater. Deveria também ser possível no respawn time seguir um colega enquanto o tempo passa, ao género de Counter Strike.

Ao contrário de vários jogos deste género, MAG é muito preso de movimentos, existe uma enorme dificuldade em apontar quando aparecem à nossa frente vários soldados inimigos. Mesmo depois de ajustar a sensibilidade no máximo a lentidão de movimentos mantém-se. A troca de armas revela-se também muito lenta, havendo demasiado armamento para trocar entre si, para além de usar dois botões para troca de armas principais e secundárias. A jogabilidade fica muito aquém de jogos como Counter Strike, Call of Duty ou até mesmo Battlefield. Porque raio temos de lançar de imediato a granada e não a podemos segurar? Porque é que a maior parte das mortes são “Headshots”? Porque é que os soldados me fazem lembrar o Pedro Barbosa?

Mapas enormes, há muito terreno a percorrer.

Era difícil de acreditar há tempos atrás que a PlaySation 3 iria suportar 256 jogadores no mesmo cenário, além disso conseguiram fazer um jogo graficamente sólido, apesar de algumas quebras de fluidez, principalmente nos ataques aéreos ou nas explosões de granadas ao mesmo tempo. No global, as texturas dos cenários e dos soldados apresentam-se bem detalhadas, juntando a isso, as explosões e os efeitos de fumo estão muito realistas. Quanto à câmara do jogo, requer habituação devido à sensibilidade, principalmente com a snipper ou no interior de veículos armados. O ponto mais fraco do jogo é mesmo o som, tanto os disparos das armas como das explosões de granadas, fazem-me lembrar os sons emitidos pelas bombinhas de Carnaval. Pior ainda são as vozes portuguesas no jogo, esta localização em português faz envergonhar o militar mais macho e viril, eram necessárias vozes mais poderosas, que transmitissem segurança, certeza, força e coragem.

Apesar de inovar com os seus 256 jogadores num campo de batalha, o resultado final não foi suficientemente positivo para que o jogo se destacasse no meio de tantos bons títulos deste género. Até pode ser cativante, com a fluidez das batalhas, o caos gerado e até o bom grafismo, mas fica um sabor estranho, como se o jogo estivesse inacabado. A jogabilidade deveria ser mais simples e com movimentos mais rápidos e fluidos, poderiam acrescentar também algo de novo, algo que não existisse em outros jogos. Contudo, não deixa de ser um jogo a ter em conta.

7 / 10

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