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Far Cry 2

Matar ou morrer, eis a questão.

A maior parte das missões são bastante afastadas umas das outras obrigando-nos a escolher entre andar longos percursos a pé, conduzir um qualquer veículo que esteja estacionado, andar numa jangada a motor que encontremos pelo caminho junto ao rio, ou andar de autocarro.

O autocarro é o meio de transporte mais cómodo porque leva-nos automaticamente para uma das 4 paragens que existem no mapa. Apesar das paragens ainda ficarem um pouco distantes dos nossos objectivos, temos pelos diversos caminhos, normalmente perto de cruzamentos, postos de vigilância que estão sempre bem apetrechados de inimigos. Mesmo que acabemos por matá-los, ao passarmos por lá posteriormente, temos novamente uma comitiva de militares ansiosos por nos matar. Por isso depois de algumas horas de confronto com os mesmos inimigos e de andarmos sempre pelos mesmos trilhos e caminhos, o cansaço instala-se e o autocarro torna-se numa escolha a ter em conta. Até porque quando andamos de autocarro temos mais uma hipótese de gravar o jogo.

Para um shooter na primeira pessoa, os veículos conduzem-se incrivelmente bem. Vamos ter acesso a cinco tipos de carros: um carro que faz lembrar um qualquer modelo dos anos 70, um buggy, um jipe descapotável que incorpora no tejadilho uma metralhadora, uma camioneta de caixa aberta e um jipe de gama alta. Todos eles têm a sua própria jogabilidade e as suas qualidades e defeitos. Talvez o carro mais bem balanceado seja o jipe com a metralhadora no tejadilho. Durante a noite em todos os carros vamos poder desligar as luzes dos faróis, passando assim mais despercebidos pelos inimigos.

Os dirigentes das duas facções, fazem questão de que ninguém saiba que estamos a cumprir ordens deles, somos como que uma arma secreta para atingir os mais diversos fins, por isso ao longo das missões os guerrilheiros de cada uma das facções, vão pensar que somos o inimigo disparando contra nós loucamente.

O inimigo anda sempre à espreita e com a densa vegetação de alguns locais por vezes torna-se complicado saber onde eles se encontram. O inimigo é inteligente o quanto baste para fazer perseguições de carro, em que tenta abalroar a nossa viatura para fora da estrada, ou disparar contra nós em movimento. Tentando flanquear e atacar-nos de surpresa, há atiradores furtivos escondidos em pontos estratégicos, que vêem em nós um alvo a abater. Muitas vezes ficamos sem saber por onde o inimigo anda. Por isso temos que estar sempre atentos.

É claro que a IA não é perfeita, por vezes matamos um inimigo que está ao lado do outro, e ele reage como se nada fosse. Ou por vezes estamos frente a frente e o inimigo nem reage. Mas na maior parte das vezes cumpre o seu papel. Não é fácil matarmos os inimigos todos sem que tenhamos algum trabalho.

Far Cry 2 tem alguns pontos fortes e um deles é o facto de podermos concluir os nossos objectivos das mais variadas formas. Por exemplo, se forem destemidos podem entrar a matar e ter sorte, se forem mais cautelosos e estudarem o terreno, provavelmente terão mais chances de serem bem sucedidos.

Outro dos pontos fortes do jogo são os gráficos. O motor Dunia faz maravilhas, o jogo é um assombro visual, cheio de pormenores, em que os mais diversos efeitos de luz e sombras reinam sobre um manto de rica e diversificada vegetação, dando um ar bastante realista ao jogo. Nunca foi tão bom ver um pôr do sol num videojogo, nadar numa lagoa, ou apreciar os raios de sol que se entrelaçam por entre os ramos das árvores e arbustos. Quase que conseguimos sentir os cheiros e o calor de África. É claro que existe pop up, ou seja, à medida que vamos avançando vão aparecendo do nada objectos que fazem parte do cenário, ou vão melhorando as texturas dos mesmos. Mas isso não é grave tendo em conta que o jogo não tem qualquer tipo de loadings, a não ser quando andamos de autocarro ou quando mais tarde na história mudamos para outra região.