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WRC

Audácia de campeão!

Os embates mais gravem afectam o comportamento do veículo e sendo bastante violentos podem implicar perda de rendimento e perda de direcção. Os danos exibidos passam por frentes amolgadas, perda de pára-choques e guarda-lamas, levantamento do capôt, vidros quebrados, navegador em pânico com choques violentos. Cada falha no veículo é imediatamente assinalada num visor do veículo. O sistema de danos progressivo é eficaz, sendo que de um modo geral os efeitos em termos de condução adequam-se à gravidade. Este aspecto, porém, é passível de regulação. Menos bem conseguida está a situação em que o vosso carro sai de pista de forma completamente desgovernada e se antevê um fantástico acidente. No entanto e por ter saído do percurso o jogo faz um "reset" do veículo sobre o estado sem a atribuição de qualquer penalização e mais que isso, sem o mínimo de prejuízo no veículo, como se aquele acidente não tivesse existido.

As notas apontadas pelo navegador abarcam um dicionário da praxe adequado, simples e com referências bastante desenvolvidas em função da natureza do terreno. É pena que a voz algo robótica por vezes não se faça sentir sobre o ruído da circulação do automóvel. A audição do navegador é alterável, contudo e por definição seria mais adequado ouvir-se a voz do navegador. Não obstante a colocação de setas com o tipo de curva, fica-se muitas vezes a navegar à vista o que não é propriamente o mais adequado quando se é forçado a andar mais depressa que os outros concorrentes.

Seguimos de perto Hirvonen da Ford.

Em termos de opções de jogo, WRC é um jogo muito forte. Para começar poderão enveredar pelos modos tradicionais, disputando uma classificativa à vossa escolha (todas as provas e especiais estão desbloqueadas de início), rali completo ou campeonato do mundo, escolhendo um veículo de qualquer categoria.

Contudo e antes de atacar no modo carreira (o modo suporte e mais prolongado) será aconselhável, sobretudo para os incautos nestas andanças, percorrer e completar senão todos, pelo menos a maioria dos desafios disponíveis na academia de ralis. É lá que irão aprender como acelerar e imprimir velocidade sobre os mais variados pisos, efectuar saltos e efectuar uma boa variedade de trajectórias, ficando com uma impressão muito geral sobre o desafio que WRC vos propõe, sendo ainda importante para começar a despertar as capacidades. É uma boa forma de pôr à prova o vosso andamento, pois estes desafios vão sendo desbloqueados à medida que superam os carros fantasma com tempos ditados pela própria Milestone.

O modo campeonato, bastante longo, oferece todos os condimentos por que habitualmente se depara um jovem aspirante a campeão do mundo do WRC como piloto de uma marca de fábrica. Tudo relacionado com patrocinadores, cores do carro, veículos a comprar, depende da vossa prestação em pista e da medida por que vão superando os desafios, começando por participar em algumas etapas especiais e partindo depois para ralis mais pequenos, sempre em crescendo de dificuldade. É bom que a Milestone tenha optado por um sistema de objectivos e provas a desbloquear. Terminem constantemente na frente e terão provas mais longas à vossa frente, devendo o périplo terminar num convite efectuado por uma equipa de ponta para ganhar o campeonato do mundo de ralis.

No final de cada classificativa é-vos dada uma indicação sumária dos prejuízos causados no carro e do tempo estimado para reparar cada secção afectada. O tempo total a gerir é de uma hora. A interface é bastante simples e nada de perspectivas em 3D sobre a secção de reparação. A operação pode ser feita de forma automática ou manual.

Aliás a interface do jogo é toda muito sucinta e operacional, o que garante uma boa eficácia em termos de navegabilidade e activação de jogo. Os tempos de "loading" no começo de cada especial é que podiam ter sido encurtados.

Negociações apertadas. Falhar aí é perder um rali.

O "time attack" e "hot seat" fecham o naipe de opções individuais e "multiplayer" local. No "hot seat", até um máximo de quatro jogadores pode ser definido para atacar uma especial, rali ou campeonato. Cada um na sua vez. No "time attack" terão a oportunidade para atacar uma especial que tenham especial prazer em percorrer, podendo no final, caso rubriquem um bom tempo, carregar o vosso carro fantasma e inscrever o vosso "nick" no top mundial. Podem até colocar um carro de produção à frente de um WRC, o que não deixa de ser épico.

A componente on-line permite percorrer em competição os modos mais tradicionais; desde especial, rali completo, até disputa integral do campeonato, tudo até um máximo de 16 jogadores por especial. É opcional entrar em especial ou não com os carros dos vossos adversários reduzidos a fantasmas, uma silhueta em movimento. De qualquer modo a cada "checkpoint" é indicada a diferença de vantagem para o piloto que vem atrás ou de desvantagem para o imediatamente à frente. O melhor do modo on-line é que por cada prova em que participem e pontuem é-vos atribuída uma pontuação que permite melhorar o "ranking". Para cada categoria, desde WRC até J-WRC, há uma infindável margem de progressão.

Em boa parte a Milestone consegue surpreender pela positiva nesta primeira abordagem ao WRC. Confesso que não estava à espera de uma fasquia tão alta para obra inaugural. Ainda há muitas arestas a limiar até tornar a experiência como definitiva, particularmente na condução sobre o asfalto e na remodelação dos troços. Pugna-se ainda por um aspecto visual vivo e detalhado, com uma luminosidade mais eficaz sobre os percursos. Os modelos automóveis estão já bastante aceitáveis e bem reproduzidos (não há comparação para quem experimentou a demonstração) e consegue convencer na condução, sobretudo se lhe adaptarem um volante, colocarem a perspectiva de jogo sobre o capôt e desligarem assistências. Há margem de progressão para uma futura incursão, que já se prevê com a anunciada remodelação da modalidade para 2011, mas para já este WRC recupera, com sucesso, a emoção das maiores provas do mundial de ralis.

8 / 10

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