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SimCity Creator

E tudo o extra-terrestre levou!

A utilização do comando da Wii, na edição destas tarefas, tem a maior dificuldade quando se requer a abertura de uma estrada sinuosa ou se escolhe determinado local para implantar uma estrutura. Por regra e fora das opções, movimentar o comando permite percorrer a cidade. Para essa tarefa, julgo que teria sido preferível utilizar o botão analógico do nunchuck, pela maior precisão, mas como isso não acontece, cada vez que se abre uma estrada o indicador move-se em simultâneo com o percurso sobre a cidade, o que acaba por gerar percursos não queridos por faltar precisão cada vez que se aponta ao ecrã. Aliás o nunchuck nem é preciso para jogar Create.

Para circular pelos menus utiliza-se o d-pad do Wii remote e os restantes botões desencadeiam as opções suplementares. Nota-se que é um jogo para ser utilizado regularmente com o rato, mas tirando essa dificuldade, não há problemas de maior na interface. Feitos os arruamentos e posta ordem nas zonas de construção cedo a cidade começa a despontar, ganhando vida. Aumentam os habitantes que por seu turno geram novas receitas por via dos impostos, os edifícios irrompem, largas estruturas “alimentam” a cidade e em pouco tempo, quando se selecciona a opção para avançar mais depressa no ritmo temporal, um pequeno mundo em permanente mutação requer novas atenções.

Godzilla Vs Godzilla! Prevê-se destruição total, grita o reporter no telejornal das oito.

Com o crescimento surgem problemas que urge resolver; a poluição, o crime, os resíduos tóxicos, o tratamento da água e do solo, o problema da incineração, entre outros. O progresso faz-se por etapas, que de modo automático alertam para as recomendações dos assistentes, quase sempre anseios e reclamações dos munícipes. Ao lado da gestão no terreno, há balanços que cumpre manter. A secção das finanças é um dos pontos fortes, através das taxações, preocupação acrescida dos sims, mas com ela incluem-se os empréstimos, entre rendas e outras amortizações. De início as opções de construção, tipologia dos serviços, transportes, entre outros sectores estão limitadas nas opções e só na fase mais avançada é permitida a construção de arranha-céus, palácios, aeroportos, gares e pontes de envergadura estadual. Hajam muitos contribuintes.

Erguida a Manhattan da américa, ou outra pérola dos sultões a oriente, só uma catástrofe poderia desmoronar tamanha pirâmide concebida com tanto tempo e empenho. Seja por uma causa natural ou golpe terrorista levado a termo pelo presidente é possível observar grandes cataclismos. Mesmo outras convocações servem para o mesmo pretexto; desfazer em poucos segundos o que custou anos de aplicação. Uma das vantagems de Create é a conjugação de construções de diferentes épocas. Sendo possível construir edifícios da época do domínio Romano, ao lado pode ficar a torre Petronas de Sepang, até arquitecturas futuristas e ultra-modernas, num percurso apelativo por diferentes fases da História.

Numa abordagem mais directa e sem comprometer o tempo do jogador é possível seleccionar o modo de jogo missão que representa uma série de desafios a resolver dentro de um tempo limite. Pode ser a alimentação da cidade inteira a rede eléctrica ou até a destruição total da cidade a expensas de uma bola gigante. Trata-se de uma forma de tomar um contacto mais leve e eficaz com diversos momentos por que passa o desenvolvimento da cidade.

Ver a cidade em obras, não causa o soco no estômago por quem tem de conviver todos os dias com empreitadas morosas nas cidades verdadeiras, até porque a obra ergue-se quase instantaneamente, mas há efeitos visuais interessantes a reter como as luzes dos postes públicos e prédios durante a noite, o fumo das chaminés das fábricas, viaturas em circulação pela rede viária, as casinhas alinhadas, entre outros detalhes satisfatoriamente representados para aquilo que é habitual dentro do género. Acontece, porém, que SimCity Create é uma adaptação da série à consola da Nintendo Wii e por isso, exceptuando algumas opções, não escapa ao que é timbre e habitual num SimCity. Quem já jogou algum capítulo anterior dificilmente se sentirá motivado para encontrar aqui um jogo que providencie novas e decisivas descobertas. Se não for esse caso Creator é uma experiência que manterá os seus pontos de interesse, apesar de nem sempre o comando Wii se mostrar prestável como se antevia.

6 / 10

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