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LittleBigPlanet

Em busca de um novo mundo.

A narração de todo o jogo, bem como dos tutoriais, ficou ao cargo do humorista português Nuno Markl, que desempenha o seu papel de forma magistral, não devendo nada ao original, o não menos conhecido, Stephen Fry, humorista inglês. Aliás todo o jogo está em Português, o que o torna acessível a todas as idades.

Como já se aperceberam, LBP entrou nos nossos corações, e parece não querer sair.

Dito isto, abordaremos a segunda perspectiva. O uso completo dos três vértices do triângulo. Quando temos em mente a palavra criar, e logo num videojogo, torcemos o nariz, pois essa palavra envolve algo que muitos consideram um bicho de sete cabeças. Pensando nessa aversão inata de certos jogadores, as ferramentas de criação são extremamente simples, bastando seguir de perto os tutoriais, para, sem grande dificuldade, criar algo. Pode não ser algo de extraordinário, mas é algo jogável, que podemos mostrar e partilhar. O modo de edição é bastante completo, permitindo criar verdadeiras obras de arte.

E é neste ponto que LBP se torna em algo de monstruoso, traçando um caminho tremendamente apetecível de ser calcado. Exemplo disso, as fantásticas criações já feitas com apenas a versão beta, onde os recursos, texturas, músicas, sons e paletes eram escassas. O uso das ferramentas e forma de criar requer um pouco de habituação, mas achamos que poderia ser ainda melhor. Para quem já utilizou outros motores de criação de níveis, sentirá uma estranha necessidade de percorrer o nível de forma livre, voando entre os objectos, algo que não é possível em LBP. Permitindo apenas uma visão de 2D+1, isto porque a vista lateral é apenas a meio termo, não permitindo efectuar uma rotação de 360º.

Os efeitos de luz, fumo e fogo estão simplesmente soberbos

Outra lacuna do jogo, pelo menos para já, é a impossibilidade de podermos usar imagens ou texturas fora das que se encontram no jogo. A única forma é fazermos uso do PlayStation Eye, mas sinceramente não é a melhor ferramenta para podermos dar um ar mais real com qualidade.

Isto são apenas pequenos pormenores, que num computo geral rapidamente esquecemos. No fundo podemos afirmar que temos aqui algo que vai mais longe, que torna o que era uma ferramenta para criar níveis de jogos, em algo mais, em uma representação artística de qualquer tema à nossa escolha. Uma representação que podemos jogar ou percorrer. Claro que nem todos iremos criar obras de arte em LBP, mas não é assim também no nosso mundo? Porque é que no pequeno mundo seria diferente?

Já vimos níveis criados de uma forma genial, onde apenas é recriada uma melodia clássica, através do uso dos sons e movimentos por aproximação de objectos, ou mesmo imitações do jogo tetris ou mesmo de um Little Computer. E porque não um nível inteiro de um jogo? Tal como Sonic, ou mesmo Super Mario? A expressão “O céu é o limite” nunca fez tanto sentido num videojogo. E o mais interessante em tudo isto, é que quando estava a percorrer o modo Estória, dei por mim diversas vezes a pensar em como poderia usar X objecto ou textura no nível que estava a criar. Ou seja, a obtenção de itens no jogo, não é apenas uma questão de pontuação final, ou de completar os níveis, pois eles serão realmente úteis mais tarde, criando em nós o desejo de completar tudo a 100% para termos todas as ferramentas disponíveis.