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Champions Online

Ser um herói não é assim tão divertido.

Viajemos para um quente deserto ou para o gélido Canadá as situações vão ser idênticas. Um mapa vasto, onde cada "sala" pode albergar até 100 jogadores, existindo várias "salas" com os mesmos conteúdos, num mapa praticamente vazio, povoado aleatoriamente com inimigos e locais destinados às missões que nos são apontadas. No deserto vamos encontrar humanos que sofreram uma mutação após um ataque químico assim como cowboys fantasmas presos no mundo dos vivos, enquanto que no Canadá temos zombies misturados com animais selvagens. Existe ainda mais dois locais distintos, onde monstros e criaturas marítimas são os nossos novos inimigos, em situações que já vivemos num dos outros locais. Aliás, após as primeiras aventuras em Millenium City e com os seus Qularr, pouco mais há a descobrir se não situações em tudo idênticas umas às outras.

As tarefas realizadas ao longo de todo o jogo padecem de uma repetição aguda, acabando por deixar o jogador exausto pelo simples facto de nada ser diferente para além do visual. Receber uma missão, ir a determinado local indicado no mapa, completar a missão, voltar à personagem que nos deu o trabalho e recolher os nossos frutos. Com o que ganhamos, vendemos por dinheiro e a experiência obtida permite subir de nível para que, através dos pontos que cada nível cede ao jogador, possamos melhorar os nosso atributos e comprar novas habilidades.

Já num regresso a Millenium City, agora arranjada e revigorada após a nossa ajuda no início do jogo, apresenta-se uma óptima alternativa à monotonia que tinha vindo a afectar o jogador, mas mais importante que isso, fazem com que pela primeira vez nos sintamos um herói, alguém único! Tornava-se algo ridículo, e contraditório, sermos um herói no meio de centenas de tantos outros com os mesmos objectivos que a nossa personagem. Em Millenium City essa situação fica mais diluída graças à vastidão do cenário, aos habitantes comuns que povoam a cidade e que várias vezes pedem a nossa ajuda ou que simplesmente estão em apuros e necessitam de uma mão amiga. Mesmo que acabe por seguir a mesma ideologia que as cidades anteriores, com tanta variedade, o jogador consegue divertir-se mais e ignorar os aspectos menos positivos que vai encontrando.

Nada escapa aos olhos deste herói.

Para além disso existe ainda vertente Player Versus Player (PvP) que dá uma nova oportunidade de criar situações divertidas entre jogadores. Há o convencional modo arena onde duas equipas lutam entre si pelo maior número de pontos, algo que seria mais divertido se não fossemos obrigados a passar por um ecrã de carregamento sempre que voltamos à nossa base e sempre que saímos dela para começar o combate! Além de que o problema dos ecrãs de carregamento é algo que afecta toda a experiência criando uma quebra terrível na acção e fluidez do jogo. Felizmente nas instâncias esse problema não se verifica tanto, mas os elevados níveis de latência, mais uma vez comum a todo o jogo, e a fraca abundância desses locais acabam por frustrar o jogador.

No geral o que encontramos em Champions Online? Infelizmente nada mais que um vulgar MMO que depressa cairá no esquecimento se nada for feito para contrariar essa situação. É interessante enquanto é uma novidade. É um sonho que ganha vida ao podermos ser um herói em tudo idêntico a uma outra personagem que tanto gostamos de ler nas bandas desenhadas, mas assim que entremos na rotina, não há nada de novo nem de entusiasmante que vá continuar a atrair o jogador.

Tendo em conta a concorrência de peso que se prepara para chegar, concorrência essa que não obriga o jogador a pagar uma mensalidade para aceder ao jogo, é importante que Champions Online mostre que é mais que uma mudança de nome aos dois jogos que a Cryptic Studios já tinha lançado e que comece a preencher as cidades existentes com missões novas e diferentes do habitual, assim como mais variedade na vertente PvP, mas é ainda mais imprescindível que se dedique a fazer o trabalho que devia ter sido feito durante uma fase experimental do jogo, já que este foi lançado com bastantes falhas facilmente detectáveis e que arruínam a experiência de jogo, não fazendo com que este saia de uma tentativa mediana de mostrar que há mais escolha para além dos grandes nomes que marcam este género.

6 / 10

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