Smash Cops: Análise iOS

Smash Cops é a mais recente proposta da Hutch para os sistemas iOS e o estúdio pretende oferecer as grandes emoções das perseguições policiais vistas na TV nos aparelhos da Apple. Para dar vida a toda uma panóplia de perigosas perseguições e a uma grande quantidade de perigosas manobras ao longo de uma normal cidade, Smash Cops pretende conjugar o dinamismo e a velocidade das perseguições com uma jogabilidade diferente do tradicional seguindo na mesma o lema de fácil de assimilar mas difícil de dominar. Algo que há muito se tornou regra para muitos estúdios ao desenvolver jogos feitos a pensar nos serviços de distribuição digital.

Smash Cops coloca-nos então a controlar um veículo das forças protetoras através de uma perspetiva aérea e dá-nos uma missão. São vinte no total que se dividem em tarefas diferentes como perseguir e parar um veículo em fuga ou chegar ao local de um crime dentro do tempo limite. A perspetiva aérea está intimamente ligada ao esquema de controlo pois está feito para servir a ideia que o estúdio pretende. Esta perspetiva permite que os visuais em tom cartoon cumpram o seu serviço sem grandes surpresas e que o controlo por toque seja o centro da experiência, para o bem e para o mal.

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Para alcançar os fugitivos, bater os exigentes tempos limite, ziguezaguear pelo tráfego, e deslizar com brusca suavidade pelas curvas, o jogador vai colocar o dedo atrás do seu carro e isto é o mesmo que acelerar. Ao deslizar o dedo na direção desejada estamos a mover o carro na direção correspondente e a velocidade do movimento é refletida no movimento do carro no jogo. É um esquema diferente e que requer algum hábito mas que só mesmo aos mais insistentes vai conquistar. Vai ser preciso algum tempo para se enquadrarem com o esquema de controlo e podem até mesmo desistir de o tentar dominar antes que este vos conquiste.

Especialmente porque ao tentar oferecer um esquema de controlo "inovador", simples e altamente divertido, a Hutch parece ter-se esquecido de tornar a experiência divertida. Pelo contrário, Smash Cops não perdoa facilmente os erros e os desafios são demasiadamente exigentes e somos forçados frequentemente a repetir desafios.

Para aceder a novos temos que ter um determinado número de estrelas e a dado momento descobrimos que não temos o número suficiente. Repetir missões tentando manter os erros num mínimo pode não ser tarefa fácil e a paciência vai-se desgastando.

Para os que não se enquadram com o esquema de controlo como alternativa a Hutch disponibiliza um algo alternativo no qual temos um joystick virtual no ecrã. Dentro da jogabilidade aqui apresentada este não resulta muito bem e o que poderia ser uma válida opção alternativa acaba por confundir ainda mais o jogador e não se sente imediato como deveria. Quando dei por mim estava já de volta ao esquema original e a tentar dominá-lo para melhor desfrutar do jogo.

Ao tocar com um segundo dedo no ecrã temos a oportunidade de obter um boost temporário na velocidade e isto é o ideal para abalroar um carro em fuga. Existem diferentes tipos com diferentes características que estão ligadas ao tipo de desafio proposto. No entanto, o jogo nunca chegou a conquistar e sentiu-se até um pouco frustrante perdendo rapidamente o interesse. Não é isto que se pede a uma experiência "on the go". A vontade de obter novidades e aceder a novas missões rapidamente desapareceu e a dificuldade pareceu despropositada e nada amigável.

Smash Cops poderia ser mais e está longe de ser tão divertido quanto o estúdio acredita que é e quanto o tenta fazer parecer. Comparado com outras propostas existentes no mercado, mesmo que no papel de fugitivo como Reckless Getaway, o jogo da Hutch é pálido em atrativos recomendáveis. Pode até mesmo ser frustrante para o jogador ao revelar-se demasiado exigente bem cedo demais.