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Wii U GamePad clonado - análise ao Android JXD S7300

O Digital Foundry sobre o mais recente aparelho de jogos Android vindo do Extremo Oriente.

Sempre que um dos grandes criadores de consolas surge com uma nova ideia, podes ter a certeza que um clone Chinês vai surgir pouco depois. Tal como a PlayStation Vita foi vergonhosamente copiada pelo catastroficamente pobre Droid X360, o GamePad Nintendo Wii U foi vergonhosamente copiado pela JXD baseada em Shenzhen.

O resultado é o S7300 Gamepad 2, um tablet de 7 polegadas com Android 4.1 a correr com um chipset Amlogic 1.5Ghz baseado em ARM, com 8GB de memória interna e - mais importante - um leque de controlos dedicados a jogos que fazem com que o produto pareça um primo ligeiramente mais fino do GamePad Wii U.

A JXD não é a primeira companhia a ter a ideia de comandos físicos para jogos em aparelhos Android - o Ericsson's Xperia Play da Sony foi o primeiro, e desde então já vimos o desapontante Archos GamePad e o já referido Droid X360, apesar da própria JXD parecer ter todo um conjunto de cópias da Vita/PSP. A indesejada reputação de equipamento Chinês pode levar-te a presumir o pior, mas espantosamente o S7300 está longe de ser um completo desastre - apesar de ter os seus infelizes problemas que afetam ligeiramente a experiência.

De frente, o S7300 certamente parece muito similar ao revolucionário comando Nintendo. O arranjo dos botões é praticamente idêntico, mas o ecrã maior de 7 polegadas (que é capacitivo ao invés de resistente) é uma mudança bem-vinda. Em redor do limite da unidade existe uma faixa de plástico, que lembrar o iPhone 4 branco. A traseira do aparelho é particularmente achatada, e não tem os altos ergonómicos presentes no GamePad Wii U - algo que assegura que o S7300 permanece o mais portável possível. No geral, a qualidade de construção é agradável - tudo é feito de plástico como seria de esperar, mas fora um pequeno movimento na frente do tablet, nada se sente como se fosse cair.

Dado o espantoso falhanço que foi o comando digital do Archos GamePad, ficamos quase com medo de tentar o D-pad no S7300. Espantosamente, é um dos melhores que sentimos em muito tempo - é claramente influenciado pelo pad do comando Wii U (que por sua vez é baseado no Wii Remote) mas é ligeiramente maior. Tem uma qualidade agradavelmente esponjosa, e não está muito distante na carnagem do tablet, tornando fácil de atingir as diagonais. Os deslizadores duplos são igualmente satisfatórios de usar, e tornam-se indispensáveis em títulos FPS com dois sticks. Os quatro botões frontais são firmes e respondem bem, tal como os gatilhos - apesar de quando se usa o d-pad são bem incómodos de alcançar durante jogos a não ser que tenhas mãos excepcionalmente largas.

Os controlos do S7300 não são perfeitos - existe um problema no d-pad que nos leva a pressionar em vão os botões. Quando fazes um quarto de lua de baixo para a direita - como necessário para o hadouken de Ryu em Street Fighter 2 - o aparelho regista constantes esquerdas. Fomos capazes de replicar consistentemente este erro em diferentes aplicações, e confirmamos com outro dono de um S7300 que é uma falha comum. Se isto pode ou não ser rectificado por atualização não se sabe; não torna o aparelho totalmente inutilizável, mas é certamente um aborrecimento que afeta a tua diversão - especialmente se tens planos para jogar jogos de luta 2D via emulador.

O ecrã de 7 polegadas é outra surpresa, mas agradável. A resolução de 1024x600 oferece uma densidade de pixeis de 169dpi e cria uma imagem apertada. No entanto, a qualidade do painel é melhor do que estávamos à espera, especialmente após o terrível ecrã no Archos GamePad. Ângulos de visão estão na mesma um pouco incertos - constante queixa em ecrãs mais baratos - mas a claridade e cor são decentes. A resposta do ecrã tátil também está acima da média, apesar de notarmos que alguns toque nem sempre foram registados corretamente - geralmente quando o aparelho está a executar outras atividades intensivas para o processador.

Com o Android 4.1 inserido, o S7300 não é bem de ponta, mas está lá perto. A performance é refrescantemente rápida e não é afetada por pausas ou congelamentos que afetavam tão fortemente o Archos GamePad. O acesso à loja Google Play significa que podes descarregar milhares de aplicações e jogos para o tablet. Algumas aplicações - tais como o nosso conjunto favorito de emuladores Android - instalam-se sem problemas, mas quebram quando estão a ser carregados. No entanto, contactamos o programador para o avisar do problema, e assegurou-nos que uma correção vai chegar em breve.

Apesar de geralmente tentamos evitar focar muita atenção nisto, a emulação é claramente um elemento principal do apelo do S7300. O aparelho chega com vários emuladores assim como acesso ao obviamente legalmente dúbio serviço "Game X" da JXD. Esta aplicação permite-te descarregar vários jogos Android e também jogos SNES,Mega Drive e PlayStation - na altura da escrita, não fomos capazes de descarregar quaisquer ROMs para estas plataformas usando a própria aplicação.

No entanto, o S7300 já vem com vários jogos instalados, incluíndo o RPG da Mega Drive da Sega Shinning in the Darkness e o icónico Super Mario 64 da Nintendo. A qualidade dos emuladores de raiz é aceitável no mínimo; a performance é inconsistente, os jogos N64 funcionam melhor que títulos 16-bit menos exigentes, mas apenas marginalmente. O poder está claramente lá - como conseguimos provar ao descarregar emuladores alternativos - mas é claro que as opções de raiz não satisfazem.

Tal como o Archos GamePad, o S7300 oferece a capacidade de mapear controlos físicos para botões no ecrã em certos jogos. Apesar da aplicação incluída para este propósito ser menos errática que a oferecida no Archos, não oferece o mesmo nível de funcionalidade e é bem difícil de mapear controlos com eficácia nalguns jogos. Existe a probabilidade de isto poder melhorar com mais atualizações; entretanto, existem sempre alternativas a pagar na loja Google Play.

No que diz respeito a títulos Android puros, o processador gráfico Mali 400 oferece resultados razoáveis. Naturalmente, o tablet como a poeira de rivais quad-core tais como o Nexus 7, mas fomos capazes de jogar jogos 3D intensivos sem muitos problemas. Dead Trigger já vem de raiz, e é uma excelente publicidade aos controlos físicos do aparelho. Apesar de não ter o aparato que tem quando se corre o jogo num equipamento Tegra 3, faz na mesma um bom papel, e corre suavemente. A correr o Epic Citadel, o S7300 regressou para uma média de 33.6FPS em cenários de alta performance e 33.0 na definição de alta qualidade - nada mal, mas bem abaixo das figuras alcançadas por aparelhos quad-core como o Nexus 4, que essencialmente corre a 60FPS (afetado pela v-sync a 60Hz), perdendo apenas fotogramas quando a cena muda.

Existem 8GB de armazenamento interno - dos quais o utilizador tem acesso a 5.37GB - mas isto pode ser aumentado com os cartões MicroSD baratos. A duração da bateria é comparável a outros tablets Android de 7 polegadas. mas tal como a 3DS e Vita, é altamente provável que vão precisar de se habituar a carregar com intervalos de poucos dias se querem usar isto como uma plataforma de jogos séria. O S7300 tem um pequeno carregador de dois pinos, mas felizmente um cabo MicroUSB padrão funciona bem o suficiente para aumentar a vida da bateria.

Nexus 7 Galaxy Note 2 Kindle Fire HD JXD S7300
Quadrant Standard 3699 5765 2177 3973
AnTuTu Benchmark 12726 13305 6276 8081
Vellamo 1746 2421 1221 1196
GLBenchmark 2.5.1 Egypt HD On-Screen/Device Native Res 20.7FPS 18FPS 9FPS 10FPS
GLBenchmark 2.5.1 Egypt HD Off-Screen/1080p 13.1FPS 17FPS 6FPS 9FPS

JXD S7300 Gamepad 2: o veredito Digital Foundry

Dado o pobre registo de tablets Android com controlos físicos e a origem no Extremo Oriente do S7300, temos que admitir que não tínhamos expetativas exatamente altas quando abrimos a caixa. No entanto, sobre o design, a JXD acertou com este aparelho; é confortável de usar, os controlos físicos são no geral excelentes e a qualidade do ecrã é surpreendentemente boa. Também tem um chipset bem capaz dentro dele, memória expansível e uma bateria decente.

É mesmo pena que existam problemas a afetar a utilidade do S7300. O problema do d-pad torna-o difícil para desfrutar por completo de clássicos retro, apesar de existir esperança deste problema ser remediado via software. Outros problemas - tais como incompatibilidade com certas aplicações e jogos e o pobre padrão dos emuladores incluídos no aparelho - não são inultrapassáveis, especialmente quando consideras o puro volume de conteúdo disponível na loja Google Play.

Quando levas em conta o preço perto dos 160$ é um pouco mais fácil de viver com os problemas do S7300 - especialmente quando existe a probabilidade destes problemas serem resolvidos num futuro não muito distante. A JXD retirou do caminho o trabalho árduo - criar uma interface física decente parece estar mais além doutras marcas Android - e se a companhia poder suportar o aparelho com atualizações, este pode tornar-se num item essencial para jogadores móveis. No entanto, existe um grande se - tal como muitas companhias Chinesas, a JXD tem um historial de lançar impiedosamente novos produtos e deixar cair os mais antigos com pouco suporte. O S7300 é definitivamente o melhor tablet para jogos que vimos até à data - mas tendo em conta o fraco padrão da competição, isto não é dizer muito..

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Damien McFerran

Contributor

Retro fanatic and tech bore Damien has been writing words for professional publication since 2006, but has yet to fulfill his lifelong ambition of being commissioned by Your Kitten Magazine.

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