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Wet

Trabalhos sujos é com ela.

É num final de tarde que, no topo de uma estátua, espreita uma jovem assassina. De olhar fixo, atenta o seu alvo, enquanto os seus cabelos vermelhos esvoaçam com a brisa. Sem hesitar, salta, partindo o telhado de vidro do edifício em mil pedaços. Levantando os olhos, traça os inimigos que se encontram à sua volta. Depois de uma breve reflexão, e num excelente efeito em câmara lenta, alveja os opositores, enquanto as suas faces expressam a dor das balas que trespassam os seus corpos. Não estando saciada de sangue, a anti-heroína percorre uma parede, enquanto saca da espada de samurai, para de seguida, numa violência exagerada, derramar mais algum sangue. Assim é Wet, o novo título da Bethesda, que tivemos oportunidade de experimentar numa visita aos estúdios da Namco Bandai Partners‏ em Espanha.

Rubi entra directamente para a acção!

Como já devem ter percebido, este é um jogo que utiliza uma mecânica considerada ultrapassada por alguns jogadores, com muitos efeitos em câmara lenta e sangue a ser jorrado por tudo o que é sítio. No entanto, segundo a produtora, não podia ser feito de outra forma devido às fontes de inspiração, que vão buscar muito aos filmes de Quentin Tarantino. Assim sendo, além de uma jogabilidade baseada em acrobacias, todo o visual é inspirado em obras dos anos 70 (mas não só), estando presente todo o estilo sujo que as caracteriza.

O nome do jogo, ao contrário do que muitos pensam (sim, estamos a falar de vocês, seus perversos), tem um fundamento histórico. A expressão “Wet Works” era utilizada por várias organizações, como a CIA, para se referir a trabalhos onde era necessário assassinar uma ou mais pessoas, ficando-se, portanto, “molhado” com o sangue da vítima. Com tantas doses de acção, poderia haver a preocupação de esta eclipsar a narrativa de Wet. No entanto, a Bethesda fez saber que história está a ser escrita por Duppy Demitrius, conhecido por ter trabalho em séries como “24”.

Para nos acompanhar em toda a aventura temos uma jovem esbelta de nome Rubi. Mas não se deixem enganar pelas sardas e os cabelos ondulados, já que ela não é nenhuma santinha. Antes pelo contrário. De mau humor, quem se mete no seu caminho não sai sem alguma recordação menos boa. Para lhe dar voz também está outro nome forte da indústria cinematográfica dos Estados Unidos, Eliza Dushku, protagonista da série “O apelo” ou, mais recentemente, “Dollhouse”.

Esta é Rubi, mas avisamos já que tem mau humor!

Tivemos oportunidade de experimentar o jogo, e podemos dizer que a jogabilidade é bastante simples e eficaz, bastando alguns minutos com o comando na mão para aprender alguns truques capazes de deixar os amigos de boca aberta. Ao pressionar o botão de acção “A” (ou “X” na PlayStation) Rubi salta, mas a verdadeira magia só acontece quando pressionamos o gatilho direito, que permite balear. A velocidade da imagem, em tons de preto e branco, reduz drasticamente, sendo possível contemplar todos os pormenores, como a reacção dos inimigos em relação às nossas acções. A mira, como seria de esperar, não é automática, sendo necessário controlar a mesma recorrendo ao manípulo direito. No entanto, esta tarefa não tem qualquer tipo de inconvenientes. Aliás, sempre que necessário até é possível controlar os dois braços de Rubi individualmente para eliminar dois inimigos de uma vez. Segundo Patrick Fortier, da A2M, um dos objectivos aquando da concepção de Wet era fazer deste um jogo bastante acessível, e devemos dizer que o conseguiram em pleno.

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Wet

PS3, Xbox 360

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Sobre o Autor

Tiago Lopes

Contributor

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