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Vender o estúdio é um passo para o encerramento, diz CEO

Nem todos vêem com bons olhos uma aquisição.

Image credit: Microsoft Gaming

Após uma era na qual parecia comum assistir a aquisições ou fusões entre estúdios e editoras, a indústria dos videojogos está a passar agora por uma terrível fase, marcada por despedimentos e encerramento de alguns dos mais conhecidos estúdios em todo o mundo.

A notícia que a Microsoft Gaming encerrou quatro estúdio, especialmente a TangoGameworks do premiado Hi-Fi Rush, deixou os apaixonados por este passatempo boquiabertos. Isto também despertou as conversas sobre os perigos das aquisições, algo sobre o qual o VG247 conversou com alguns CEOs em diversos estúdios.

“Raios não,” disse o diretor de um estúdio independente quando questionado se uma boa quantia de dinheiro da Microsoft ou Sony o convenceria a vender o seu estúdio.

“Tornou-se óbvio que ser comprado é o primeiro passo no caminho para encerrarem o teu estúdio sem uma boa razão além de querer cumprir com os objetivos fiscais para o trimestre de uma corporação gigante. Se a minha única alternativa fosse fechar de qualquer das formas, podíamos ser comprados para adiar isso e encher os bolsos. Mas não é esse o caso de momento.”

Outra fonte, que também pediu para permanecer no anonimato, diz que quem concorda com a sua venda sabe no que se mete, “as grandes companhias operam com estratégias corporativas de grande escala que podem mudar num instante.”

“Durante algum tempo, havia a sensação que o streaming e subscrições eram o futuro, por isso era desejável um enorme volume de jogos, depois o Game Pass abrandou e a estratégia corporativa parece ter mudado de novo para ‘menos e maiores marcas’, um duradouro slogan para a maioria das grandes editoras. Isto significa que os estúdios mais pequenos, que não se alinham com as grandes marcas, e os que tiveram um fracasso recente, foram abatidos para se alinharem com isso.”

Vender o seu estúdio é perder o controlo, seja criativo ou financeiro, dizem estes diretores executivos, um deles vai ao ponto de dizer que “as notícias de hoje provam ainda mais que não podes confiar em ninguém,” pois as empresas cotadas na bolsa apenas se preocupam com lucros, crescimento e agradar aos acionistas. Um dos exemplos de uma companhia “terrível” que apresenta é a Embracer e diz que este exemplo não deve ser esquecido.

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