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Under Siege

Os nossos heróis.

Conforme já devem ter reparado, esta semana tem sido especial, pois temos falado um pouco sobre Under Siege, um jogo em desenvolvimento pela equipa portuguesa da Seed Studios. Poderão ver as novas imagens na galeria do jogo, bem como o especial EGTV Show, onde fomos até aos estúdios para esta reportagem exclusiva.

Mas vamos ao que interessa neste momento. Na nossa visita, tive a oportunidade de jogar pela primeira vez Under Siege, um exclusivo PlayStation 3, que será vendido pela PlayStation Store. Antes mesmo de podermos colocar as mãos no jogo, a equipa de produção, neste caso Filipe Pina, Bruno Ribeiro e Jeffrey Ferreira, concederam uma explicação profunda do que será Under Siege.

A equipa da Seed Studios é neste momento composta por 12 elementos, divididos pela programação, design, produção e a parte da sonoplastia. Este é na verdade um verdadeiro teste para a capacidade de produção nacional. É um jogo atractivo, extremamente sólido e ambicioso. Quando perguntei sobre o futuro da Seed Studios após Under Siege, a equipa foi peremptória na resposta. "Queremos continuar a apoiar Under Siege, e a sua comunidade", demonstrando uma dedicação e humildade pelo seu trabalho. Uma passo de cada vez, e neste momento o que importa é mesmo Under Siege.

Uma das coisas que salta logo à vista em Under Siege é que não se parece com um jogo dito PSN. Julgo poder dizer, pelo menos perante todos os jogos via PlayStation Network que me passaram pelas mãos, que este é um dos mais bonitos que a PlayStation terá no seu catálogo. Mas na verdade é realmente um jogo para ser distribuído em formato digital, pela PlayStation Network.

O arte design do jogo é fantástico.

A versão a que tive acesso é uma já bem avançada, não a final, mas que já se apresenta muito sólida. Under Siege é um jogo de estratégia em tempo real, ou como a equipa lhe chama, um RTT (Real Time Tacticals), onde as tácticas são um dos factores principais do jogo. A equipa não se quis alongar muito na história que dá vida a Under Siege, mas ficamos a saber que irão existir diversas facções ou raças. Os humanos, umas criaturas parecidas com sapos que vivem em pântanos, os feiticeiros, e os gorilas. Para além destas, existe uma outra, que não foi identificada, mas que é o nosso verdadeiro inimigo.

As diferentes raças irão se juntar para combater um inimigo em comum, por isso iremos poder comandar diferentes guerreiros, com as suas diferentes características. Como já foi dito, não nos será permitido criar, construir ou obter recursos naturais para evoluir as nossas casas e armamento. A questão passa mais, isto no modo single-player, por percorrer a história, cumprindo com diversos objectivos. Existirá uma progressão das unidades, e elas serão permanentes. Isto quer dizer, que se acabarmos um nível com determinado exército, no próximo nível iremos iniciar com o mesmo, nas condições em que terminaram o anterior. Este formato obriga-nos a ter uma perspectiva mais táctica, quer nos gastos do dinheiro que obtemos, quer como iremos a todo o custo proteger um guerreiro mais avançado. Podemos usar o dinheiro ganho, ou recolhido pelos cenários, para efectuar actualizações ao exercito, para que possam subir de nível.

Casa de sapos.

Uma das coisas que estava com o pé atrás, era sobre até que ponto um RTS/RTT se iria adaptar aos comandos da PS3. A equipa de produção é ela mesma adepta de jogos de estratégia, bem como de MMOs. Por essa razão, sabiam que teriam um trabalho árduo, em conseguir colocar a mesma sensação que temos a jogar com um rato (O PC é zona mais confortável para RTS), no comando da PS3. Filipe Pina explicou que o jogo irá se adaptar aos diversos jogadores. Embora seja um jogo onde a estratégia e tácticas sejam a ordem do dia, eles quiseram levar o jogo a um público mais vasto. Se quisermos uma experiência mais simples, podemos apenas usar os analógicos e os botões. Mas conforme o jogo avança a necessidade de usarmos mais botões, combinações e hot keys aumenta. Habituado a jogar RTS em PC, a curva de aprendizagem é muito acessível, pois os níveis iniciais ajudam a entrar no esquema da jogabilidade. Após aprender a jogar, a usar as combinações e o agrupamento em hot keys de determinados guerreiros por usar o D-pad, o jogo fica com outra fluência, mais dinâmico e fácil de navegar pelo cenário.

Alongando-me um pouco mais neste aspecto da jogabilidade, é interessante perceber que a equipa levou muito em conta as dificuldades de um RTS nas consolas. Aliás, a forma que tudo foi implementado funciona muito bem, sendo intuitiva a abordagem a todos os grupos de soldados. Como referi, com o D-pad podemos criar hot keys de agrupamentos, neste caso até quatro, um para cada lado. Podemos misturar "sapos" com guerreiros, ou feiticeiros, não importando as suas características. Mas isto não quer dizer que eles no terrenos se misturam em novos agrupamentos, mas antes continuam a ter as suas características e habilidades. Estes agrupamentos são fantásticos para podermos actuar com maior rapidez, pois podemos ter já um grupo que nos permita em conjunto fazer face a uma determinada ameaça. Mas, isto não quer dizer que este agrupamento, com diferentes raças ou não incluídas, tenham que estar no mesmo local do cenário. Este formato é bastante flexível, podendo assim actuar em diversas frentes. Colocar arqueiros numa posição mais elevada, e chamar pelo inimigos com os soldados para outra zona, criando uma táctica de diversão, e poder atacar de longe com as flechas.

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Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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