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Um recomeço para as batalhas épicas dos Cavaleiros do Zodíaco

Saint Seiya Soldiers Soul chega à PS4, no Outono.

No passado dia 7 de Abril decorreu em Madrid o evento Level Up, promovido pela Bandai Namco Entertainment e que serviu para a editora japonesa relembrar os próximos grandes lançamentos até ao final do ano (apresentando um "showroom" onde era possível jogar demonstrações) e anunciar novos jogos. Uma das principais revelações respeita ao anuncio de um novo jogo da série Saint Seiya. Ainda sem uma data de lançamento divulgada, sabe-se que Saint Seiya Soldiers Soul sairá para a PlayStation 4, PlayStation 3 e PC/Steam no Outono de 2015.

Infelizmente não pudemos experimentar uma demonstração do jogo, ainda em desenvolvimento, mas a Bandai Namco fez questão de levar ao palco o produtor Ryo Mito, ele que trabalhou nos dois jogos anteriores da série Saint Seiya e também em Dragon Ball Raging Blast. Tivemos uma oportunidade de conversar com o produtor japonês durante alguns minutos, pelo que poderão ler a nossa entrevista por aqui.

Seiya enfrenta Hades.

Saint Seiya Soldiers Soul chegará ao mercado com uma diferença temporal não muito grande face à nova série de animação, estreada há pouco tempo no Japão. Trata-se de Saint Seiya: Soul of Gold, algo que deixará os fãs da série agradados embora não tenham sido divulgadas eventuais ligações à nova série animada. De facto, Saint Seiya é uma das mais antigas séries de animação no activo. Criada e escrita por Masami Kurumada em forma de manga e exibida pela primeira vez na televisão como anime em 1986, no Japão, pela Toei Animation, está hoje prestes a completar 30 anos. Em Portugal a série foi transmitida em sinal aberto em meados dos anos noventa, fazendo parte das memórias de uma audiência significativa, que haveria de conhecer mais tarde outro caso de grande sucesso dentro da animação: Dragon Ball.

Soldiers Soul pretende ser um recomeço para a série Saint Seiya, mesmo tendo o novo anime por perto, transmitido pelo site Daisuki para todo o mundo, o que seguramente ajudará os fãs a redescobrirem o interesse pelo novo videojogo quando este chegar às lojas. É um caso de sucesso em termos de longevidade. Manter um séquito todos estes anos e ainda propor um novo avanço em termos visuais e mecânicos, na passagem para uma plataforma mais capaz e de outro potencial como é a PlayStation 4.

A obra está a cargo da Dimps, que vem mantendo a ligação com Saint Seiya desde The Sancturay e The Hades para PlayStation 2, um estúdio japonês com sede em Osaka e com um elevado número de "fighting games" produzidos e co-produzidos, especialmente com a Capcom, na versão cabine de Street Fighter IV. Daí que o regresso, com Soldiers Soul, sirva para trazer mais frescura, conjugada com um novo apartado visual mas também melhorias significativas em termos de mecânicas e sistemas de combate.

Sem demonstração disponível, o que pudemos ver resultou da exibição de um vídeo onde podemos observar a luta entre Leo Aioria e Pegasus Seiya, sendo que o combate termina com um pujante ataque Big Bang por parte de Leo. Vale a pena ressalvar que esta demonstração mostrada em vídeo foi retirada de um jogo em desenvolvimento, o que ajuda a perceber a ausência das vozes originais das personagens.

Todavia, destaca-se imediatamente uma maior velocidade em termos de combate, reforçada pela passagem dos 30 para os 60 fps (fotogramas por segundo), o que melhora claramente a fluidez dos combates. Trata-se de um ponto decisivo para qualquer "fighting game", no qual a janela de oportunidade para a realização de um ataque é quase contada ao fotograma. O jogo corre pela primeira vez na PS4, o que desde logo contribui para um circuito de imagens mais fluido e vivo, a 1080p.

Com a passagem para a PS4 e Steam, a Dimps pretende alcançar um novo patamar em termos de batalhas. Torná-las mais emocionantes e estreitar a ligação com os efeitos visuais que pontuam a animação. O combate aéreo ocupa agora um espaço central, abrindo uma janela de novas estratégias e possibilidades de ataque, mesmo a grande distância, entre os lutadores. Uma das particularidades reside nos novos combos, os cosmos, a implicarem uma abrupta mudança de cenário. A velocidade é uma das maiores preocupações dos criadores do jogo, apostados em manter o ritmo rápido e explosivo das batalhas. Daí que tenham sacrificado os elementos relativos aos cenários, que nos parecem algo vazios e destituídos de propriedades agradáveis ao olhar.

Gemini em destaque. Os cavaleiros de ouro regressam.

Quanto aos lutadores e personagens, os Cavaleiros serão protagonistas, muitos deles oriundos do último jogo, mas haverá mais personagens, embora tenhamos ficado sem saber quais. Os lutadores exibem um aspecto muito detalhado, com expressões muito vivas, quase sublinhadas, ficando assim mais realçadas e expostas visualmente. É intenção dos produtores cativar os fãs da série e de modo claro que este reforço em termos visuais visa esse desiderato.

Até ao conhecimento da data de lançamento de Saint Seiya Souldiers Soul é provável que a Bandai Namco liberte mais algumas informações atinentes ao modo história, personagens adicionais e novas mecânicas de combate, assim como diferentes funcionalidades quanto aos modos de jogo, embora saibamos já que haverá multiplayer online. O momento de apresentação do novo jogo acontece numa altura em que há uma nova série em exibição, uma oportunidade para apelar aos fãs, mais perto e novamente integrados na temática dos cavaleiros. Porém, Soldiers Soul parece reivindicar os seus méritos e forças intrínsecos, algo que não é de menor valor se atendermos ao currículo da Dimps, com forte desenvolvimento no quadro dos "fighting games".

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