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Toy Stunt Bike - Análise

Rodas no ar! Isto é uma acrobacia!

Quando Joe Danger, da Hello Games, atingiu em 2010 o pináculo das acrobacias a partir de uma motorizada, rapidamente outras produtoras enfiaram a agulha no mesmo género, com mais ou menos evoluções mas sempre numa intenção muito específica: oferecer mais conteúdos. De facto, as acrobacias motorizadas resultam bem, especialmente pela física de jogo e por aquele equilíbrio sempre necessário entre aceleração, travagem e salto. A perspectiva de duas dimensões e meio também oferece aquele registo típico dos jogos de plataformas. Tudo combinado acaba por ser uma oferta apelativa.

Curiosamente, ainda há pouco tempo, quando o Game Boy comemorou os seus 25 anos, tive a oportunidade de comprar um jogo a um preço muito acessível numa loja de usados, chamado Motocross Maniacs, lançado em 1989, pela Konami. Mas apesar de ser um dos jogos de primeira água para o Game Boy, ainda hoje deixa um bom feedback, e até pode ser descrito como uma base muito consistente desta nata onde se inclui Joe Danger e este Toy Stunt Bike, que nos chega por intermédio da Wobbly Tooth Ltd.

Antes de mais cumpre dizer que o jogo que agora foi lançado na eShop, para a Nintendo 3DS, é o mesmo jogo que saiu em 2010 na secção dos jogos independentes da Xbox 360. Trata-se por isso de uma produção potencialmente conhecida, sobretudo se levarmos em conta que a sequela, Toy Stunt Bike 2, saiu em 2012. De todo o modo mais vale tarde do que nunca e bem se pode dizer que a eShop, com Toy Stunt Bike, fica reforçada num género que até conhece algumas alternativas.

Cair na sanita; pontuação máxima.

O que imediatamente chama a atenção assim que começamos a jogar este peculiar jogo, onde a motorizada do tipo motocross mais parece uma miniatura, é a sua simplicidade, quer em termos de apresentação, quer em termos de objectivos. A conduzir a motorizada está um duplo que equipa capacete e um fato vermelho, mas que não é muito dado a movimentos como levantar as pernas, tirar os braços do manípulo e efectuar um mortal com sucesso. Esta última situação até é possível mas funciona como uma espécie de "eject" de modo a que o jogador possa repetir a secção caso esteja encravado nalgum ponto.

Toy Stunt Bike é um jogo a três dimensões mas que se serve de uma perspectiva a duas dimensões e meia, como um jogo de plataformas, embora a câmara não esteja muito afastada das costas do acrobata, de modo a manter alguma proximidade à motorizada e assim permitir uma melhor visualização dos obstáculos que estão colocados entre a partida e a meta. E aqui é que entra a particularidade do jogo. O jogador compete individualmente numa série de níveis divididos por áreas de jogo. Estas áreas consistem no comum de uma habitação: uma cozinha, um quarto, uma sala, uma casa de banho, uma arrecadação, etc. Por cada área existem cerca de cinco níveis, que ficam mercados pela especificidade dos objectos que servem de obstáculo mas também de lançamento da mota. Na cozinha, por exemplo, terão que passar por cima de facas, rolos para amassar o pão, um forno ligado tigelas, frascos, garrafas, entre muitos outros objectos. O contacto com estes objectos causa reacções distintas. Se caírem sobre o forno ligado a moto espatifa-se. Mas também encontram rampas de lançamento, imprescindíveis no processo de aquisição de velocidade.

Quantos toques de bola?

Todavia e apesar do bom controlo da moto, especialmente quando a mesma se encontra a descrever uma trajectória pelo ar, a aceleração podia ser mais repentina, assim como a travagem, algo que os verdadeiros acrobatas podem sempre contar. A aceleração da mota é muito lenta e alcançar a velocidade certa para passar a distância necessária só com uma rampa de lançamento muito grande ou então com uma queda cuidada. De todo o modo, não existe uma grande variedade de manobras à excepção de cinco acrobacias como saltos compridos e loops regressivos ou progressivos (usando para o efeito o d-pad). Os objectivos são sempre os mesmos. Chegar à meta superando os obstáculos com o melhor tempo possível, alcançar uma pontuação elevada e recuperar as três bandeiras douradas equivalentes a pontos intermédios de checkpoint.

Todos os níveis oferecem três taças, mas basta vencer uma para que o nível seguinte fique disponível e, posteriormente, seja concedido acesso a uma nova área de jogo. A partir da segunda área a dificuldade sobe significativamente. É necessário um bom controlo da aceleração e uma colocação perfeita da moto na queda. Caso fiquem bloqueados nalgum ponto podem sempre recomeçar a partir de um ponto intermédio, desde que tenham ultrapassado uma das três bandeiras disponíveis antes da meta. Findo o nível é-vos mostrada uma tabela mundial com a vossa pontuação e posição no ranking.

Toy Stunt Bike não é um jogo particularmente famoso pelos seus gráficos. Com um certo minimalismo a imperar, digamos que os níveis não oferecem mais do que um conjunto de obstáculos e pouco mais. Os fundos, não sendo agradáveis, também não comprometem. Mas fica a impressão de que podia existir mais velocidade nas acelerações e saltos. Sobre a banda sonora, nada de particular a considerar. Não existem outros modos de jogo, pelo que o principal conteúdo do jogo circunscreve-se às diferentes áreas que proporcionam sessenta níveis. Ainda assim é um desafio bastante significativo e nada fácil de concluir em pouco tempo. Só com perícia e algum esforço poderão imiscuir-se entre os melhores do mundo. Toy Stunt Bike é um jogo que diverte e proporciona um desafio seguro, mas há outras produções do género bem melhores.

6 / 10

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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