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Tom Clancy's The Division - antevisão E3 2013

Quando as fundações da sociedade colapsam.

Pelo segundo ano consecutivo, a Ubisoft voltou a surpreender na ponta final da sua conferência para a E3. No ano passado, houve até muita gente que a considerou como a melhor de todas, com a cereja no topo do bolo a ser Watch Dogs, um jogo que ganhou imediata atenção. Este ano não foi diferente. A editora francesa preparou uma boa conferência, muito focada nos jogos, sem quebras ou interrupções desinteressantes, de olhos postos na próxima geração e com algumas "franquias que pretendem inovar e transformar certos géneros", palavras de Yves Guillemot, o CEO da companhia. No final, novamente uma grande surpresa, com Tom Clancy's The Division, um jogo que arrancou genuínos aplausos da plateia instalada no Los Angeles Theatre.

Aquilo que vimos na conferência foi uma demonstração oriunda da produtora Ubisoft Massive. The Division só vai chegar em 2014, mas é um jogo totalmente comprometido com a próxima geração de consolas. Para a Xbox One e PlayStation 4, pode ser visto como mais um shooter na terceira pessoa, mas irá desenvolver particularmente alguns elementos como um mundo online persistente onde os jogadores irão trabalhar e cooperar como agentes de modo a restabelecerem o equilíbrio de uma Nova Iorque destruída fruto de uma pandemia que se propagou e destruiu o país em cinco dias.

A narrativa resulta de uma visão da socidade algo pessimista. Cada vez mais frágil e complexa, fica vulnerável a ameaças e riscos, nomeadamente a vírus. Em apenas 5 dias, e a partir da sexta-feira negra, um vírus causa uma pandemia que se estende por todo o país. No entanto, o centro geográfico desta aventura é a cidade de Nova Iorque, espectacularmente renderizada a partir do motor gráfico preparado para este jogo. O jogador faz parte de um grupo de resistentes ao vírus. Enquanto agente da estrutura Divison, o objectivo passa por gradualmente restabelecer as funções vitais da cidade, uma vez que as fundações da sociedade, tal como as conhecemos, desapareceram da superfície.

Sobre os efeitos e alterações causadas, pouco foi visto, e será algo a merecer atenção em futuras revelações e demonstrações do jogo, no entanto, nesta primeira demonstração, que pudemos ver dois dias mais tarde numa apresentação à porta fechada, a atenção incidiu primordialmente sobre esta penetração numa cidade totalmente arrasada. Sendo Nova Iorque uma cidade em mundo aberto, um dos aspectos mais salientes da demonstração é precisamente a representação e detalhe da cidade num quadro de crise. A destruição é visível, com muito lixo nas estradas, derrocadas, carros espatifados e o inverno é a estação dominante, visível nos flocos de neve que se acumulam nas superfícies exteriores. O grau de detalhe e caracterização é enorme e deixa-nos impressionados pela variedade de contextos que se oferecem à medida que o protagonista fura pelas ruas e penetra em zonas interiores.

Enquanto jogo com estrutura online multi player, a sucessão de eventos não acontece de uma forma linear. A perspectiva dinâmica que os produtores querem conferir à progressão, levará o jogador a estabelecer uma parceria com outros elementos do grupo Division, sendo que o mapa revela a variedade de eventos a realizar. Isso fica bem patente quando ocorre, na apresentação, um zoom out do ponto onde nos encontramos, só para dar uma ideia da dimensão da zona e dos eventos passíveis de participação.

No entanto, haverá outros sobreviventes dispostos a aniquilar os planos da Division. Estes inimigos tentarão roubar o nosso equipamento e impedir a concretização dos objectivos do grupo. É nesses momentos que o jogo transita de uma perspectiva de exploração, para um combate típico dos jogos de acção na terceira pessoa. Aqui, é possível estabelecer parceria com outros elementos que queiram conjugar esforços. O combate oferece bastante dinâmica e nada foi ignorado de modo a tornar a experiência realista.

Ao deslocar-se através da cobertura do carro, vemos uma personagem fechar uma porta aberta para se deslocar, lateralmente, até à traseira. Mas há outros detalhes, como a neve levantada, quase como pó, pelas balas que batem perto. O método de combate não mostrou, de resto, tantas novidades como queríamos, para lá deste realismo, mas o melhor foi mesmo a compatibilidade com um outro jogador, ligado através de um tablet, que lhe permite activar drones e assim suportar a equipa, disparando a partir da perspectiva superior. Este jogador pode conectar-se ao jogo a partir de um qualquer ponto onde tenha rede Mas outras funções são possíveis, como regenerar elementos da equipa e providenciar escudos.

A integração do universo online, numa mecânica que contém elementos típicos de um jogo de role play, levará o jogador a escolher uma classe, ganhar pontos para subir de nível e alcançar de terminada especialização. Isto já existe em dezenas de outros jogos, mas ainda faltam mais detalhes sobre esta componente role-play.

Primeiro com Watch Dogs e agora Tom Clancy's the Division, a Ubisoft está claramente a tentar deixar uma marca na entrada para a próxima geração. Esta primeira demonstração convenceu-nos, especialmente em termos narrativos, e ficámos à espera de mais novidades para os próximos tempos. Com lançamento apontado para 2014, ainda há muito trabalho pela frente, mas daqui não resultou só uma agradável surpresa. Como vimos com ZombiU para a Wii U, a Ubisoft está determinada em conseguir novas produções na chegada das próximas consolas. Créditos por isso.

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Tom Clancy's The Division

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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