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The Settlers - Um regresso ao passado

Já lá vão mais de 10 anos...

The Settlers é um dos jogos que faz parte do meu crescimento como jogador e amante de videojogos. É como entrar numa máquina do tempo e recuar até 1993, ano em que surgiu o primeiro jogo pelas mãos da saudosa Blue Byte original, que agora faz parte do universo Ubisoft. Foram lançados vários jogos ao longo das precedentes décadas, sendo a última incursão em 2010, isto se excluirmos o cancelamento em 2014 de The Settlers: Kingdoms of Anteria. Esta nova aposta é inspirada em The Settlers 3 e 4. A editora deu-nos acesso antecipado à beta fechada, que desde já agradecemos. Será lançado daqui a alguns meses, estando a versão final agendada para 17 de março de 2022.

Para os mais distraídos, The Settlers é um jogo de estratégia em tempo real muito focado na gestão, construção e expansão, com pitadas de combate. Nesta nova aposta temos o regresso desses mesmos alicerces, e nesta beta podemos experimentar de tudo um pouco. Existe um tutorial que nos leva a percorrer os princípios básicos, seja de construção, gestão e combate. Nada muito profundo, mas importante para quem não estiver familiarizado com o género. Além do tutorial, temos acesso a partidas em modo Skirmish contra a IA ou online enfrentando outros jogadores. Infelizmente nesta beta não existe acesso a nenhuma parte do Modo Campanha.

Cover image for YouTube videoThe Settlers: Official Gamescom 2019 Trailer | Ubisoft [NA]

O modo Skirmish disponível já deu para tirar algumas ilações sobre as mecânicas de jogo e sobretudo se conseguirá competir com a concorrência. Neste modo temos um único mapa, The Shire, duas fações, Maru e Elari, cada uma com particularidades que lhes conferem diferenças nos vários pontos do jogo. As diferenças entre as fações poderão ser uma condicionante durante os embates se não estiverem bem equilibradas, é algo a ter em atenção na nossa escolha. Aqui a tarefa é simples, eliminara as forças inimigas à medida que vamos evoluindo o nosso acampamento. O mapa tem também ele pontos importantes a explorar que nos recompensarão com itens se os conseguirmos conquistar.

Como seria de esperar, e pelo histórico da série, o mais importante é a gestão de toda a economia do nosso acampamento. Claro que temos de aniquilar a equipa adversária, mas a gestão tem um grande impacto em toda a nossa progressão, há que contrabalançar bem todos os recursos e manter uma fluidez e equilíbrio para manter o nosso acampamento saudável. É nestes pontos que se separa dos demais, dando prioridade à gestão e economia, e foi isso que me conquistou no passado, mais do que as opções de combate. Adoro desafios onde temos de gerir, e espero que este reboot seja um regresso aos bons velhos tempos de The Settlers.

The Settlers usa o motor Snowdrop da Ubisoft, utilizado em muitos dos seus jogos. Está visualmente apelativo e principalmente não muito exigente em termos de hardware. Continua com a sua arte mais cartoon, dando um passo em frente em termos de detalhes, mas mantendo a sua clássica imagem tradicional. É desta forma que consegue um desempenho fantástico, muito bem otimizado mesmo na sua versão beta. Com paisagens deslumbrantes, infraestruturas e personagens pormenorizadas. Uma vasta gama de hardware diferenciado terá acesso garantido a um bom desempenho.

O tempo que passei na beta foi muito produtivo, diverti-me imenso. O princípio básico de um videojogo, que é ser divertido, está lá, resta agora saber o que nos espera na versão final. Pessoalmente quero que a campanha traga aquela profunda imersão na gestão, muito elogiada no passado da série. A minha curiosidade está a níveis elevados, em saber se a produtora seguiu o caminho mais casual com uma leveza na vertente da gestão de recursos, podendo afastar a comunidade e sobretudo os fãs. Anseio para que não seja uma abordagem mais abrangente com a finalidade de facilitar acesso ao jogo a todo o tipo de jogadores.

Cover image for YouTube videoWelcome to The Settlers

Obviamente que estamos perante um projeto de uma ambição de certa forma condicionada, pelo menos é a sensação recebida. Consegue-se perceber que não é um AAA e tenta sobretudo reconquistar os amantes da estratégia que não possuem muitas opções neste mundo atual dos videojogos. É sempre de enaltecer estas apostas, por formatos menos populares que podem não ter o retorno necessário e espectável. Estou muito curioso para colocar as mãos na versão final e experimentar o Modo Campanha, que foi sempre o que me agarrou nos jogos passados. Já não falta muito tempo para o renascer deste enorme clássico. Venha ele.

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Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.

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