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The Persistence perfila-se como uma das melhores experiências sci-fi e terror no sistema PS VR - Antevisão

Quanto tempo conseguirás sobreviver a bordo de uma nave infestada de inimigos?

Fãs da ficção científica, eventos espaciais, ciência e filmes como Alien, provavelmente vão encontrar em The Persistence a experiência mais em sintonia com esses universos. Não sendo propriamente um jogo de "survival horror", envolve vários elementos e revela-se mais abrangente. Todavia e desde a sua apresentação, que o trabalho do estúdio britânico Firesprite tem merecido toda a nossa atenção. Esta é uma obra destinada a transcender fronteiras, sobretudo no que toca ao aproveitamento da imersão emprestada pelo sistema PlayStation VR, o que dará um alcance adicional.

Estamos apenas a meros dias do lançamento de The Persistance. É já no próximo dia 24 que o jogo será lançado, antevendo-se o que pode muito bem vir a ser um dos jogos mais bem sucedidos dentro da tecnologia. Nós pudemos experimentar um pouco deste jogo no evento Identity Corp PlayStation VR, que teve lugar em Madrid, na última sexta-feira, e as sensações proporcionadas pelo primeiro contacto revelaram-se muito boas.

Por momentos, tendo em conta a perspectiva na primeira pessoa, lembramo-nos de RE7, mas são jogos que podendo partilhar a mesma câmara assumem uma diferente realização. Em The Persistence os eventos ocorrem em 2521. É narrada a história de um grupo de cientistas que se dedica ao estudo de um buraco negro. Contudo, a experiência não corre da melhor forma e alguns cientistas, afectados, tornam-se como que em mutantes, atacando os seus companheiros que não foram afectados.

Alguns inimigos são autênticos golias, mas se melhorarmos devidamente a nossa personagem, teremos uma palavra a dizer no confronto.

Isto decorre a bordo de uma grande nave, chamada The Persistance, dotada de um sistema de inteligência artificial, que detectando as circunstâncias proporcionadas por aquele evento extraordinário, acorda os membros da tripulação colocados numa espécie de sono criogénico. É aqui que entra o jogador, colocado na pele de um desses membros da tripulação, perante o objectivo de salvar a nave ao mesmo tempo que supera os obstáculos com todas as forças.

Trava-se uma luta contra o tempo e pela vida, uma tarefa muito difícil já que envolve a remoção da ameaça que se instalou a bordo. Falámos com o director do jogo, Stuart Tilley, que afirmou ter sido influenciado pelos filmes de ficção científica como Alien, mas esse é apenas um ponto de partida porque há outros pontos em destaque nesta produção.

Um deles é a melhoria das habilidades e subida de nível da personagem. Ao princípio o seu corpo é limitado e frágil. Os inimigos com que lida são quase do seu tamanho, mas à medida que colecciona "stem cells", não só a nossa personagem ganha mais habilidades, especialmente a arma multi-usos, como adquire mais resistência e capacidade de sobrevivência naquele imenso labirinto que é The Persistence. Um dos truques é que estes melhoramentos só serão aplicáveis na personagem que sucede à actual, o que significa que enquanto permanecermos vivos, não há uma actualização. A transferência e upgrade de poderes só se dá através da morte.

É uma opção deliberadamente tomada pelos produtores, em consonância com a criação de um mundo que recorre à "procedural technology". Isso significa que sempre que voltamos ao jogo com uma nova personagem, o esquema da nave é diferente, assim como os inimigos que vamos encontrar. Em suma, novos mapas e adversários mais fortalecidos, o que nos obriga a recalibrar o "gameplay" e a redescobrir o mapa.

A introdução de um segundo jogador pode ser vista como uma oportunidade para a cooperação, mas é importante gerir a situação da melhor forma.

Este sistema introduz nuances. Ao extinguir todo um percurso que fora assimilado pela memória, abre-se a porta para suplementares ameaças a cada esquina e novas salas repletas de inimigos. Contudo, a nossa personagem não estará menos fortalecida e deverá responder em conformidade, tendo em seu poder novas armas e uma melhor capacidade de resistência.

Uma curiosidade em The Persistence é a integração de um segundo jogador na experiência. Não se trata de dois jogadores na mesma nave, mas sim de um formato que assenta na ligação a partir de um outro ponto. Neste caso, o segundo jogador liga-se ao nosso jogo através do seu tablet ou do smartphone, usando uma app para o efeito. Através dela ele liga-se ao computador da nave e passa a seguir o jogador através de uma perspectiva de pássaro. Pode assim alertar o jogador para a presença de inimigos, abrir portas, desactivar fechaduras, em cooperação com o jogador. O que acontece é que nada disto pode ser dado como garantia, já que o segundo jogador pode induzir o primeiro em erro, como forma de obter mais pontos de experiência. Será necessário gerir cada situação com toda a cautela.

The Persistence é provavelmente uma das experiências mais avançadas para o sistema PlayStation VR. Há uma atmosfera muito forte, de permanente tensão, e todas as sequências ganham conexão com muitos elementos da ficção científica. Não é um jogo de acção puro, teremos que avançar cautelosamente, como se estivéssemos num jogo de espionagem, assumindo uma abordagem táctica e furtiva, mas nunca evitando o confronto quando necessário.

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