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The Last of Us da HBO Episódio 5 - ciclos de violência

A essência do jogo exposta de forma cruel.

The Last of Us da HBO Max regressou mais cedo e voltou a apresentar-se com elevada qualidade. Poderá parecer clichê, mas acredito mesmo que este Episódio 5 é um dos melhores que já tivemos pois aposta na força desta propriedade (os humanos e a noção que violência gera violência) e ainda nos apresenta um pouco de ação para tornar o drama ainda mais cruel e duro de digerir.

Seguem-se ligeiros spoilers para The Last of Us Episódio 5:

Após alguns episódios quase desprovidos de ação, este quinto episódio de The Last of Us da HBO Max deu-nos um pouco de intensidade através da violência, mas sem sair do registo que o está a tornar tão popular e aclamado. A violência que marcou a vida destas personagens regressa para as tornar ainda mais miseráveis, mas é nas conversas e no explorar do lado humano que temos os melhores momentos.

Num misto de novas cenas (para aprofundar a dupla de personagens que viste no final do episódio anterior) com a adaptação quase direta de cenas do jogo, as equipas lideradas por Craig Mazin e Neil Druckmann apresentaram algo que volta a exibir um delicado equilíbrio entre adaptação e recriação fiel. A famosa cena do sniper foi transformada quase por completo e é um dos melhores exemplos de como a mesma matéria é trabalhada de forma diferente para servir formatos diferentes.

No jogo, este intenso momento é maior pois existe a necessidade de alimentar o lado interativo. É preciso ter gameplay para o jogador jogar e desafios para ultrapassar, sentir-se realizado ao conseguir erguer-se vitorioso num novo segmento gameplay que não prescinde do valor cinematográfico. Na série, essa parte foi ajustada, mais pequena, mas mais credível para o contexto geral daquela realidade. No entanto, o desfecho é muito similar e mesmo com as novas personagens da Resistência, quem conhece o jogo reconhecerá as cenas adaptadas.

Henry e Sam são duas personagens que marcam imenso o jogador no jogo, são um utensílio para a Naughty Dog criar impacto no jogador através da surpresa. Se muitos se apaixonaram pela metodologia empregue em The Last of Us, pelo impacto das cenas e pela forma como abordou histórias num videojogos muito além do que era expectável na altura, as cenas com Henry e Frank ajudaram muito nisso.

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A dupla de irmãos é explorada em cenas inéditas e introduzidas num contexto geral diferente, mas com valor para o conceito abrangente de um ciclo interminável de violência ao qual estas personagens não escapam. Mesmo com um mundo devastado por infetados, os humanos que sobreviveram não conseguem escapar à violência.

Este episódio 5 de The Last of Us da HBO Max acabou por se tornar no meu favorito, até agora. O ritmo, expansão de personagens, adaptação de cenas e recriação quase fiel de outras foi equilibrado, existem imensos momentos de grande impacto. A segunda metade do episódio é empolgante e capaz de nos deixar a roer as unhas.

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