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The Division 2 - o Endgame é o início

A Massive tem uma especialidade.

Esta actual geração ficará decididamente marcada por jogos vivos, ou por outras palavras, jogos híbridos que misturaram diferentes géneros, mecânicas e filosofias de design na esperança de revitalizar a indústria - quebrando algumas barreiras pelo caminho.

The Division foi um desses híbridos, um jogo no qual a Ubisoft e a Massive Entertainment te transportaram para uma realidade ao estilo Tom Clany (um futuro não muito próximo cuja trama mistura eventos militares, sociais e catastróficos) num estilo de jogo de acção na terceira pessoa que se transforma numa espécie de Action RPG.

O fraco endgame, a extrema repetição de algumas tarefas, os inimigos esponja e a falta de equilíbrio num gameplay que tentou recorrer a mecanismos artificiais para contra-balançar as suas debilidades foram as falhas que a Massive mais quis corrigir na sequela. Isto resulta num jogo cujo equilíbrio entre a vertente de acção na terceira pessoa e Action RPG foi exaustivamente afinado, prometendo tornar-se muito mais divertido. No entanto, falta ainda o aspecto do endgame, a corrida a longo prazo num estilo em que os sprints de pouco adiantam.

The Division 2 apresenta inúmeras melhorias no seu gameplay quando comparado com o original, mas a Massive tem algo especial para o endgame, uma postura fresca e interessante que nos deixou intrigados. Após uma sessão a jogar as primeiras 3 horas deste The Division 2, tivemos a oportunidade de jogar 2 horas do endgame e a sensação foi que é aqui que o jogo realmente começa - precisamente o que a Massive pretende.

Quando terminas a campanha em The Division 2 (uma luta pela lei em Washington), o jogo não terminará, pelo contrário. Quando derrotares as três facções inimigas, chegará uma quarta facção e ocupará a cidade para contrariar a The Division. Isto significa que surgem novas missões, acontecimentos aleatórios, tarefas opcionais e as Invaded Missions - actividades endgame que foram moldadas para transmitirem a sensação de um novo início em The Division 2.

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"O final da campanha marca a chegada da Black Tusk - uma quarta facção que transforma o endgame num novo início.

Quando chegas ao fim da campanha, não vais passar o resto do tempo à repetir as mesmas missões para obter mais XP e esperar que, por milagre, apareça melhor loot - em The Division 2, o endgame significa um recomeço no jogo e todo o mapa fica repleto de novas actividades.

Para combater esta quarta facção, terás acesso a uma de três especializações e cada uma dá-te uma arma altamente poderosa que exige munição especial. O teu agente terá assim acesso a quatro armas ao mesmo tempo e só estarão disponíveis de acordo com a especialização.

É refrescante esta ideia de chegar ao final do jogo e vê-lo a optar por uma rota diferente da habitual - repetir as mesmas actividades. A Massive espera que isto te dê renovada energia para continuar a investir no jogo e sentir que o endgame é um novo início, talvez o verdadeiro início deste The Division 2.

A Ubisoft anunciou que The Division 2 não terá Season Pass e todos os conteúdos serão apresentados gratuitamente a todos os jogadores, para não dividir a comunidade. A Massive confirmou ainda que terás actualizações regulares com novas actividades, Raids para 8 jogadores e terás também a Dark Zone (que não tivemos a oportunidade de conhecer, mas a beta está quase a chegar e permitirá isso).

Para descobrir como The Division 2 te apresenta um novo início com o endgame, tivemos acesso a duas Invaded Missions e podemos assegurar-te que é aqui que este híbrido entre jogo de acção na terceira pessoa e Action RPG ganha fulgor. As especializações são altamente importantes e, como já referimos, a sensação de inimigos esponja desapareceu. Os inimigos que precisam de imensos tiros para tombar estão contextualizados (partes de armaduras que precisam ser destruídas - após isso, perdem vitalidade como um relâmpago). Perante isto, as especializações ganham mais impacto, mais sentido.

Se quiseres disparar para tudo o que mexe, existe uma forma de reforçar esse teu comportamento explosivo - uma caçadeira e um lança granadas como arma especial. Também poderás optar por uma sniper, ficando mais longe e eliminando a maioria dos adversários endgame com um tiro certeiro na cabeça (os inimigos roxos e amarelos precisam de mais tiros devido às protecções). Tivemos a oportunidade de experimentar duas das 3 especializações iniciais de The Division 2 e a sensação foi que promovem comportamentos diferentes e terás de escolher uma que se adequa ao teu estilo - mais importante será ter uma equipa de 4 jogadores onde existam as três especializações.

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"O jogo táctico fica ainda mais perceptível com as diferentes especializações - será necessário ter uma equipa variada, unida e disposta a flanquear.

O endgame em The Division 2 é energético, altamente desafiante e acima de tudo, sem as esponjas, sem as artificialidades que te faziam ficar irritado com o primeiro. É no endgame que o gameplay de The Division 2 realmente mostra como afinou sobre o primeiro e onde sentes que, apesar das inevitáveis semelhanças, há coisas novas ou e outras que foram altamente melhoradas.

As ideias apresentadas pela Massive Entertainment são bastante intrigantes e entusiasmantes. Por um lado, a Massive mostra saber que existem imensos jogos com filosofias similares e procura um método alternativo de cumprir o mesmo objectivo. Por outro, mostra que escutaram as principais críticas apontadas à primeira tentativa. Resta agora esperar pelo lançamento para descobrir se esta abordagem ao endgame será tudo o que a Massive deseja e o verdadeiro arranque de The Division 2 a longo prazo.

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