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Swords and Soldiers - Análise

O segredo está no molho.

Produzido pela Romino Games e editado para imensas plataformas, Swords & Soldiers, da Two Tribes, está de regresso às consolas da Nintendo, depois de uma passagem pelo WiiWare. Juntamente com outros jogos editados pela Two Tribes, Swords & Soldiers adquire nesta "subida de nível" uma melhoria em termos gráficos, passando a contar com grafismo em alta definição, muito embora seja o mesmo jogo que foi lançado em 2009. Enquanto não é lançada a sequela, se ainda não tiveram oportunidade de jogar este jogo de estratégia e acção podem começar por pegar na stylus, ou no Wii remote, e enviar para o combate vários soldados, consoante a facção que tenham escolhido.

Swords & Soldiers é essencialmente um jogo de estratégia e acção, tendo o jogador que cumprir vários objectivos em cada uma das missões que estão destinadas às diferentes facções. Apresentando-se sob a forma de um side-scroller horizontal a duas dimensões, o design muito cartoon é talvez uma das imagens mais fortes do jogo em termos de apresentação gráfica. Visualmente bem trabalhado, com personagens salientes e dispersas por acampamentos e zonas de combate, a primeira tarefa a realizar por parte do jogador é obter os recursos indispensáveis, como ouro, com o qual passa a ter acesso a mais soldados que se servem equipamento inerente às suas características para entrarem automaticamente no campo de batalha e enfrentarem os inimigos.

As tribos apresentam diferentes ataques especiais.

Ao começar o jogo podem escolher qualquer uma das facções pois todas se encontram desbloqueadas. Existem três ao todo, e cada facção tem a sua campanha, com as suas missões e respectivos objectivos e avanço assinalados num mapa. Seja com os Vikings, Aztecas ou Chineses, vão encontrar uma campanha bem particular, embora não haja grandes diferenças estruturais em termos de obtenção de recursos e objectivos. A história apresentada por cada uma das facções embora não sendo memorável oferece diferentes contextos. No caso dos Vikings é a criação do molho para um barbeque, nos Aztecas a defesa do Holy Pepper e nos chineses é uma série de brinquedos explosivos.

Mas o que torna o jogo realmente interessante é toda a componente estratégica, que nos leva a produzir um grande conjunto de tropas através dos recursos disponíveis, ressalvando sempre um desvio prudente dos soldados e recursos, uma vez que estes não são ilimitados. A dificuldade das missões encontra-se bem escalonada e não raras vezes terão de as repetir até ganhar mais consistência a fórmula para vencer o adversário. É relevante escolher os soldados consoante as suas habilidades mas também gerir a posição dos inimigos. Soldados archeiros são óptimos para atacar inimigos instalados em torres de vigilância enquanto que outros soldados são mais fortes no combate corporal.

Por vezes a acção é algo caótica e as reacções têm de ser rápidas.

Nalguns momentos é dada ao jogador a possibilidade de concretizar certos ataques directamente nos adversários. Trata-se de habilidades especiais e magias que vamos desbloqueando ao longo da campanha, mas quando as usamos incorremos num custo, o que pode acarretar a impossibilidade de criarmos mais soldados. No fundo trata-se de gerir muito bem os recursos obtidos dentro de cada uma das missões e encontrar a via mais segura e eficaz para chegar ao fim da missão. Uma das particularidades deste jogo é que podem sempre deslocar a perspectiva para a direita ou esquerda (consoante sejam atacados ou tenham que atacar os inimigos). Mas se os soldados ainda se encontram distantes do objectivo, certas zonas permanecem envoltas em nevoeiro, impossibilitando que vejamos eventuais adversários mas também tesouros e outros recursos valiosos, com os quais conseguimos progredir durante mais algum tempo.

A gestão das opções através do ecrã táctil é muito fácil, especialmente quando usamos a stylus, o que nos leva a jogar Swords & Soldiers essencialmente através do ecrã do GamePad, relegando quase sempre para segundo plano o ecrã da televisão, a não ser que estejamos a partilhar o jogo com mais alguém, estando o outro jogador a comandar as suas tropas através do Wii remote. Swords & Soldiers não oferece modo online nem conteúdos alternativos. Apesar de não oferecer mais do que um visual mais nítido e bonito, a fórmula de Swords & Soldires é bastante atractiva, sobretudo para quem não é particular adepto dos jogos de estratégia com perspectivas isométricas. Nesta altura é normal que a nossa atenção esteja depositada na sequela mas mesmo assim vão descobrir aqui um desafio bastante competente e apelativo.

7 / 10

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