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Silent Hunter 5

Caçador ou presa?

Ultimamente tem-me calhado a tarefa de analisar jogos que requerem uma ligação à internet permanente, e ao parece que as coisas vão continuar assim por algum tempo. Desta vez o jogo escolhido é Silent Hunter 5, um simulador de submarinos a cargo da Ubisoft. É um pouco chato ser obrigado a ter a ligação sempre activa, ainda por cima no dia em que recebi o jogo fiquei sem internet, e estive dois dias sem o conseguir jogar. Este é apenas um exemplo de como este DRM implementado pela Ubisoft pode ser frustrante.

Este jogo leva a simulação a patamares bem elevados, podemos configurar diversas opções que definem o quão realista queremos que o jogo seja. O tempo das reparações, limite de oxigénio, e até limitar o combustível disponível, que são determinantes para uma melhor experiência de jogo.

O modo carreira coloca-nos no meio da Segunda Guerra Mundial, em que assumimos o papel de Capitão de um U-boat nazi. Existe inicialmente uma espécie de tutorial, muito fraquinho, onde temos que destruir uns alvos nada ameaçadores e deslocarmo-nos até um porto. Muito pouco, principalmente para quem nunca tenha jogado Silent Hunter. Mas com muita dedicação lá se consegue compreender o jogo, e nada melhor que combates reais para aprender os seus segredos.

Como Capitão, temos que cumprir determinada tarefas, missões, que são atribuídas por um superior hierárquico. As missões bem sucedidas irão atribuir pontos que vão sendo acumulados, quando obtemos uma pontuação suficiente, alcançámos a vitória na campanha. A nossa tripulação, e mesmo o U-boat, são susceptíveis de aperfeiçoamentos e influências. No caso da tripulação, esta possui níveis de moral e até são capazes de fazer upgrades ao nosso U-boat, vitais para um melhor desempenho no teatro de guerra.

A Ubisoft tentou criar uma vida própria dentro do submergível, de certa forma até conseguiu.

Os níveis de moral podem ser influenciados pelas conversas que vamos tendo com a tripulação, perguntar pelos seus filhos, esposas, sobre a guerra e até sobre a sua história de vida. Mas esta interacção é algo primária e até um pouco enfadonha, não existindo muita "humanidade" nos diálogos, é tudo muito artificial. Um ponto estranho está relacionado com o facto dos tripulantes não morrerem, independentemente das nossas acções. É claro que se o nosso submergível for destruído o jogo termina, mas não existe a possibilidade de perdermos membros da equipa, o que não deixa de ser estranho para um simulador.

Dá para compreender a intenção da Ubisoft, que tentou introduzir outra imersão ao jogador, fazer com que este se sinta parte integrante de uma tripulação. A tentativa foi de criar uma vida própria dentro do U-boat, com as diversas interacções e possibilidades, o que de certa forma até foi conseguido, mas muito superficialmente.