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Run Roo Run: Análise iOS

Um salto apenas precisa de um toque.

Depois de Scribblenauts Remix, lançado em Outubro de 2011 para iOS, a 5th Cell volta a colocar uma proposta iOS no mercado e parece empenhada em continuar igual a si mesma e a surpreender, algo que é muito bom. Se jogos como Drawn to Life e Scribblenauts nos deixaram maravilhados perante a sua capacidade para se diferenciarem da multidão de títulos que se copiam, Run Roo Run parece não só querer reforçar tais valores como primários na 5th Cell como também parece querer mostrar que o estúdio sabe bem dominar a arte do toque. Este seu novo jogo iOS tem tanto de simples quanto de cativante e rapidamente fiquei rendido a este canguru.

Roo é uma mãe canguru que ao passear com o seu filho Joey pelas belas planícies da Austrália não consegue impedir que este seja raptado. Joey é levado para Sydney e Roo tem que iniciar uma travessia que começa em Perth, ou seja, atravessar todo o país. Verdade seja dita foi já uma pequena lição de geografia que tive com a 5th Cell. Run Roo Run cedo demonstra ao jogador que é um produto 5th Cell e não só pelos visuais coloridos, pelo humor e pelos personagens pouco tradicionais, o jogo demonstra desde logo a sua capacidade para nos desafiar enquanto nos ensina os básicos.

Aqui o jogador apenas tem que tocar no ecrã no momento que considerar válido para que Roo salte e ultrapasse os diversos desafios à sua frente. Run Roo Run distancia-se dos demais side-scrollers pois não é propriamente uma aventura mas sim uma sequência de ecrãs únicos que se vão sucedendo e cuja complexidade vai gradualmente crescendo. Roo começa numa ponta do ecrã, esquerda, e tem que chegar à outra ponta do ecrã tendo que evitar os diversos perigos espalhados pelo cenário.

Tanta profundidade e desafio quanto simplicidade.

Tudo começa bem simples, aprendemos a saltar, aprendemos que o ritmo desempenha uma parte fulcral na experiência, e aprendemos a utilizar alguns elementos dos cenários. Com 420 estrelas para recolher, ao completar um dado desafio em determinado tempo obtemos a estrela respetiva, quanto mais jogamos mais vontade sentimos de jogar e com "salas" que se terminam em 4-5 segundos, não evitamos deixar de querer jogar mais. O jogo ganha o seu ritmo e quando damos por nós estamos a tentar vencer mais uma série de desafios enquanto tentamos fazer tal no melhor tempo possível.

O jogo tem várias fases e cada uma nova adiciona o seu próprio elemento novo no cenário e a construção dos desafios é construída com ele em mente. Após isto temos o adicionar de elementos de fases anteriores e está criada uma fórmula espantosa, um jogo extremamente fácil de jogar (apenas tocamos no ecrã), um grande ritmo de encadeamento de ecrã após ecrã, e uma dificuldade que nos desafia e motiva.

O único problema que encontrei em Run Roo Run é ser um jogo pequeno e que termina rápido demais. Quando fiquei mesmo rendido ao jogo e não o consegui deixar de jogar já o final estava à vista. A forma que a 5th Cell encontrou de contornar isto foi desafiar o jogador a tentar obter todas as estrelas douradas, a enfrentar os desafios Extreme de cada fase, e ainda a transferir desafios semanais extra. Altamente recomendáveis e com uma dificuldade acima da média e bem-vinda.

A 5th Cell volta a triunfar e com Run Roo Run não há que enganar, perdem um café e investem 0.79 euros numa diversão que vai perdurar. Pelo menos é o que espero pois fiquei com vontade de muito mais. De momento tenho 320 das 420 estrelas e os desafios Extreme são deliciosos e vão-me manter entretido durante bastante tempo. É uma refrescante e inovadora mecânica que aqui surge aliada ao familiar e bem conhecido esquema de jogabilidade simples e imediata que recorre ao simples toque no ecrã.

8 / 10

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Run Roo Run

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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