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Rockstar impôs trabalho presencial e os trabalhadores não gostaram

Temem regresso às práticas abusivas.

Image credit: Rockstar

Depois de obrigar os seus trabalhadores a regressar ao trabalho presencial, a Rockstar Games encontrou resistência a essa decisão, havendo funcionários com receio de o regresso às práticas de trabalho abusivas. Apesar da oposição dos trabalhadores, a Rockstar manteve-se inflexível na sua decisão, o que levou a preocupações sobre o impacto no bem-estar dos seus funcionários e no desenvolvimento de projetos altamente esperados como Grand Theft Auto 6.

O Aftermath falou com funcionários da Rockstar Games sobre a decisão emitida no final do mês passado, que determinou que todos os funcionários da Rockstar devem regressar ao escritório cinco dias por semana a partir de 15 de abril, uma medida que provocou indignação entre os trabalhadores, segundo informações recolhidas pelo Aftermath, e atraiu a atenção de organizações laborais como a Independent Workers' Union of Great Britain (IWGB). Os funcionários, especialmente os do Reino Unido, mostraram-se apreensivos com a potencial erosão do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e com a consequente eliminação das condições de trabalho à distância.

Em resposta à pressão que se tem feito sentir, a Rockstar confirmou recentemente que a decisão de regressar ao escritório se deve a preocupações relacionadas com a produtividade e a segurança, citando uma fuga de informação em 2022 que revelou partes importantes de Grand Theft Auto 6. Embora o argumento da segurança agrade a alguns funcionários, outros permanecem céticos, apontando que, historicamente, as fugas de informação têm ocorrido independentemente da utilização de trabalho remoto ou no escritório.

O regresso ao escritório relançou a discussão sobre a necessidade do trabalho presencial, com alguns trabalhadores a frisar a eficácia da colaboração remota, especialmente em funções não diretamente ligadas a tarefas de produção física, como a captura de movimentos. Além disso, foram levantadas preocupações sobre o potencial impacto no bem-estar dos funcionários, especialmente à luz das dificuldades do sector com o esgotamento e a cultura do "crunch".

O timing da decisão, que surge no meio de despedimentos generalizados na indústria e da incerteza económica, tem suscitado suspeitas entre os trabalhadores, que receiam que o pedido possa servir de pretexto para medidas de redução de custos ou mais despedimentos.

Em resposta à situação, a Rockstar tem vindo a desenvolver iniciativas de sindicalização entre os seus funcionários, na esperança de dar uma voz coletiva para resolver os problemas do local de trabalho e defender práticas laborais justas.

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