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Resistance: Burning Skies - Antevisão com poder do fogo

Como tornar um bombeiro num herói.

A série Resistance tornou-se por si só como incontornável nos sistemas PlayStation, e não é de estranhar o salto para a PlayStation Vita, a nova portátil da Sony. A SCE tem entregue as suas séries mais conhecidas a estúdios externos para produzirem as versões portáteis dos jogos vindos da PS3. Vimos o excelente resultado com Uncharted: Golden Abyss, e agora o estúdio Nihilistic pretende fazer o mesmo com Resistance: Burning Skies.

Esta não é a primeira vez que a série criada pela Insomniac salta para uma portátil. O Resistance: Retribution chegou à PSP no início de 2009, vindo de outro estúdio o SCE Bend Studio, recebendo na altura um 8/10 na nossa análise. Algo que satisfaz de forma imediata o jogador em Resistance: Burning Skies é a capacidade de emular um bom FPS das consolas caseiras. Pessoalmente sempre fui um forte crítico sobre a jogabilidade dos FPS nas portáteis, onde rodar o jogador ou câmara com os botões da direita era tudo menos estar a controlar algo. Com a chegada do segundo analógico na PS Vita, esse problema é colocado de lado e realmente a Vita está pronta para receber FPS.

A versão de antevisão que tive acesso permite iniciar o jogo e percorrer três níveis. Em Resistance: Burning Skies somos um mero bombeiro de Nova Iorque que se vê face da maior ameaça mundial, o ataque das quimeras e de todo o seu poder de fogo. Tom Riley é o nome do bombeiro que torna-se, ou não, num herói acidental, no ataque em 1951. Quem conhece e jogou os jogos da PlayStation 3, entrará rapidamente no enredo e não precisará de muitas explicações. Depois da Ásia e Europa terem sido conquistadas pelas Quimeras, os EUA é o último reduto da humanidade, e Nova Iorque, costa este, é o primeiro alvo do ataque.

O primeiro objetivo de Riley é salvar a sua família, mulher e filha. Tom Riley é chamado para poder apagar um incêndio, mas rapidamente vê-se perante um adversário maior. A morte da primeira quimera dá a Riley acesso à sua primeira arma, a famosa Bullseye. A procura pela sua família leva Tom Riley a entrar dentro do mundo das quimeras, encontros com outros guerrilheiros e militares. No fundo é o enredo que leva Riley, nunca havendo qualquer tipo de decisões para tomar.

Uma das novidades no jogo diz respeito à possibilidade de podermos melhorar o armamento com o uso de uma tecnologia extra-terrestre. No fundo são quase como perks, onde cada arma, dentro da roda de armamento, tem uma opção de melhoria dos seus atributos. Por exemplo, na Bullseye podemos atribuir uma componente de explosão quando a "tag" que enviamos e fica colada no inimigo acaba por se desligar. Por cada arma temos três atributos físicos, como aumento da capacidade de balas ou alcance do disparo, e três atributos ligados diretamente ao efeito do armamento. Apesar de termos seis atributos para desbloquear em cada arma, apenas podemos ter uma melhoria ligada de cada vez.

Colocar a jogabilidade de um FPS numa portátil é um feito para o estúdio Nihilistic, onde conseguiu por exemplo, com a ausência do R3 ou de um segundo gatilho, introduzir o sistema de cobertura e corrida. Neste último, para podermos correr, basta carregar no D-pad para baixo e manter o analógico esquerdo pressionado. Uma solução bastante simples e prática, pois o analógico esquerdo está bem perto do D-pad, permitindo conjugar este gameplay de forma natural. A cobertura é feita no círculo, onde mistura o agachar com o aproximar das paredes e obstáculos. Esta posição é fixa, não é necessário manter pressionado o botão círculo. Desta forma ficamos livres para podermos arremessar granadas, disparar de forma coberta ou então "saltar" de local em local.

"Resistance: Burning Skies é um jogo que entrará quase como a segunda vaga de jogos para a PS Vita, demonstrando que os FPS serão bem-vindos à consola. "

Pegando na deixa das granadas e algo que foi alterado desde a primeira vez que joguei, isto na gamescom 2011, agora quando arremessamos as granadas a ação entra num efeito de slow-motion. Esta introdução na ação é muito bem-vinda, pois no calor da ação ter que retirar a mão direita/esquerda dos comandos para irmos ao ecrã poderia tornar tudo muito confuso. Assim, quando selecionamos as granadas a ação abranda e temos uma maior precisão e calma.

Também dentro da ação das armas temos o disparo ou função secundária de cada uma delas. Como não temos os segundos gatilhos, a ação destes disparos, que poderão variar entre granadas, plasmas e até o escudo de proteção, é toda feita com recurso ao ecrã sensível ao toque. Aqui algumas das opções levarão a uma certa habituação. Por exemplo temos que perceber qual a melhor forma de irmos ao ecrã para a ação. O escudo é feito com dois dedos e após várias tentativas compreendi que o uso dos polegares, deslizando ambos do centro para as respetivas extremidades do ecrã era a melhor solução. Um efeito que funciona mas que exige uma maior atenção, nomeadamente em locais com muita ação e confusão.

Resistance: Burning Skies é um jogo que entrará quase como a segunda vaga de jogos para a PS Vita, demonstrando que os FPS serão bem-vindos à consola. Por outro lado, é perfeitamente notório que em termos de motor de jogo as coisas poderiam estar melhores. É certo que ainda é uma versão antevisão, e esperamos que certos problemas possam estar resolvidos na versão final.

O jogo encontra-se inconstante em termos gráficos. Se em alguns ambientes tudo aprece demasiado pálido, sem qualidade nas texturas, animações e efeitos, já num último nível as coisas melhoraram bastante. Por outro lado, o jogo tem problemas na taxa de frames. Em momentos de grande ação, onde diversos inimigos estão no ecrã, o jogo recente-se e prejudica muito a jogabilidade. Peguem nisto e misturem ainda bosses enormes a encher todo o ecrã e terão uma ideia. São problemas que esperamos que sejam resolvidos para a versão final.

Como já referi, Resistance: Burning Skies é um FPS que transporta a jogabilidade das consolas caseiras para a portátil. Sente-se como um verdadeiro shooter e adiciona coisas interessantes, muito devido ao uso do ecrã sensível ao toque. Embora por outro lado exagere um pouco nesse uso sistemático e muitas vezes sem sentido. Também não foi ainda possível podermos testar o modo multijogador, que promete ser um dos pontos fortes do jogo. Resistance: Burning Skies chega à PlayStation Vita no dia 30 de maio, por isso esperem mais no final do mês a análise definitiva ao jogo.

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