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Resident Evil: Revelations

Passado revela caminho do futuro.

Depois da sua apresentação há mais de um ano, Resident Evil: Revelations para a Nintendo 3DS começou a criar furor por diversos motivos. Entre a comunidade de fãs da série em particular, Revelations mostrou-se como um promissor título com uma história que vem acrescentar mais uma fatia a tudo o que já sabemos e com um tom mais escuro e mais pausado do que os mais recentes. Resident Evil 5 ficou aquém das expectativas dos fãs quando se apresentou mais como um jogo de ação na terceira pessoa a promover o kick-ass do que propriamente o desafio de sobrevivência e a sua vontade em querer desafiar e intimidar o jogador. Numa altura em que cada título é essencial para a sobrevivência de cada série e não existe espaço para "experiências", é muito importante ouvir o que os fãs querem e precisam. Essa parece ter sido a principal preocupação da Capcom para este novo Revelations.

Para todos os outros que não são fãs de Resident Evil, este novo Revelations surgiu imponente e único na sua capacidade de mostrar o potencial gráfico da nova portátil Nintendo 3DS. Certamente que não há maior elogio para esta versão adaptada do motor da Capcom, o MTFramework, e melhor elogio para a máquina que lhe dá vida, que os fãs colocarem em causa o que estão a ver, se é tempo real, pré-renderizado ou até CGI. Certamente que encheu de alegria os membros das duas companhias Japonesas quando ouviram comentários sobre a sua qualidade e certamente animou a Nintendo quando o uso do 3D neste caso em específico foi aclamado como um exemplo do 3D a beneficiar um jogo no seu ambiente e no envolvimento com o mesmo.

Jill Valentine regressa e o caminho do futuro é feito em chão familiar.

Depois de vários trailers que impressionaram quanto ao que está a ser preparado e depois da demonstração do primeiro vídeo em 3D na apresentação em Portugal, tivemos a oportunidade na E3 de o jogar. A demonstração em si era curta e menor ainda foi o tempo que tivemos disponível para estar com ela, mas mesmo assim o tempo que tivemos para jogar serviu para dar algumas indicações de como Revelations espera surpreender os fãs e de como recupera o passado onde provavelmente mais conta e como acena a todos os fãs que pediram para não cometer mais erros.

Revelations decorre entre Resident Evil 4 e Resident Evil 5, como explicado pelos membros da Capcom e não após a mais recente entrada na história como inicialmente previsto. Os personagens principais são novamente Chris Redfield e Jill Valentine e neste regresso ao passado em jeito duplo, foi na pele de Jill que tivemos o primeiro contacto jogável com o jogo. Foi a corajosa agente das forças especiais que estava de serviço e foi com ela que conhecemos os argumentos que Revelations vai ganhando consoante deixa o estatuto de demo técnica para jogo em avançado estado de desenvolvimento, para conquistar os fãs.

A primeira coisa que imediatamente percebemos, e nos agradou, foi que jogamos de noite e jogamos num ambiente fechado dentro de uma mansão. Isto pode soar como uma tentativa de emular o primeiro e aí conquistar atenções fáceis, mas em termos de ambiente e atmosfera não há dúvida que isto é Resident Evil. Ambientes escuros e de dimensões reduzidas, que nem sempre nos permitem manobrar com facilidade, luzes que vão dando lugar a formas estranhas e que nos deixam desconfortáveis. Nesta era da alta definição as companhias têm a tendência de à força quererem mostrar um poderoso motor gráfico e dar toda a informação ao jogador, não precisa de pensar ou imaginar, senta-se e assimila. Aqui a Capcom dá a base, dá o ambiente e todo o desconforto daí resultante está intimamente ligado à imaginação do jogador e ao que ele pensa que vai surgir para o atacar.

A Capcom parece empenhada num tom cinematográfico.

Sem dúvida que em termos de ambiente estamos perante um clássico na série e até o próprio ritmo da demo era bastante diferente do tom de ação de Resident Evil 5. Os objetivos eram intuitivos mas nem sempre descarados e mesmo num curto espaço de jogo, fomos forçados a pensar e mais do que isso, não estamos perante um caso tão simples quanto seguir em frente. Outra das grandes novidades de interesse é ver como a Capcom está a utilizar as propriedades únicas desta portátil e tendo em conta que estamos perante um jogo de "peso" na série, é importante saber se existe aqui algo que pode vir a afetar o futuro da mesma.

A posição de Jill no ecrã é exatamente igual à de Chris e Sheva em Resident Evil 5, ou seja, está situada na parte esquerda do ecrã. Movimenta-se com grande graciosidade e toda a ação é fluida. Tal como os dois anteriores na série principal também este vai apresentar uma câmara por cima do ombro. Revelations é um daqueles jogos que quer mesmo apresentar um grande argumento a favor do 3D na plataforma Nintendo. Sem o efeito 3D o jogo é belo de ver mas com este efeito ativado todo o ambiente ganha uma carga de profundidade simplesmente incomparável. É uma daqueles jogos que simplesmente não consigo jogar sem o 3D ativado.

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Resident Evil: Revelations

PS4, Xbox One, PS3, Xbox 360, Nintendo Wii U, PC, Nintendo 3DS, Nintendo Switch

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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