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Razer Wolverine V2 review - Um comando Xbox com potencial para mais

Parece que a Razer deixou funcionalidades de fora de propósito.

Para quem joga competitivamente nas consolas, os chamados comandos profissionais tornaram-se num acessório praticamente obrigatório para conseguires estar no mesmo patamar competitivo dos outros jogadores. Neste pequeno segmento de mercado, existem imensas marcas a competir pela preferência dos jogadores. No que toca a comandos para as consolas de nova geração, a Razer arrancou primeiro com o Wolverine V2. Este comando é, supostamente, uma versão melhorada da primeira edição do Razer Wolverine lançada em 2018.

O design nesta V2 mudou radicalmente. No geral, tem menos vértices e mais curvas, encaixando melhor do que nunca nas tuas mãos. A ergonomia melhorada é a primeira impressão que se destaca mal pegas no comando. As voluptuosas curvas das pegas acomodam deliciosamente os nossos dedos, com as palmas das mãos a ficarem bem firmadas nas laterais. Uma grande ajuda para manter o comando bem agarrado é a nova textura rugosa de borracha. A aderença e sensação de toque estão equilibradas. Não é excessivamente áspera e mantém uma certa suavidade agradável.

A parte de borracha está integrada inteligentemente no design do comando. O comando foi desenhado pela Razer, mas passava bem por um produto oficial da Xbox. As linhas de design são sóbrias. As únicas pistas de que se trata de um comando da Razer são as linhas verdes que fazem divisão entre a parte central do comando e as pegas nas laterais, e o nome da Razer escrito a laser no centro. Na disposição de botões, é mantida a configuração tradicional da Xbox. O analógico esquerdo está no canto superior esquerdo do comando, enquanto o outro está centrado à direita.

Um comando é excelente em quase tudo, mas faltam-lhe os paddles

Uma das características que mais distingue um comando profissional de um comando normal são os paddles (botões extra) na parte traseira. Esta adição permite uma maior personalização dos botões e executar várias acções ao mesmo tempo em diversos jogos para ter vantagem competitiva. O Razer Wolvernine V2 não tem esta característica, o que é estranho sabendo que a primeira versão do comando a tinha. Esta remoção não é uma melhoria, pelo contrário. Os botões M1 e M2 continuam presentes, situados entre os botões RB / LT e RB / RT.

É estranho que a Razer tenha optado por manter os botões M1 e M2 e ter retirado os paddles. Os botões M1 e M2 dão jeito, mas não tanto quanto os paddles que habitualmente ficam perto das pegas, permitindo respostas super-rápidas dos jogadores. Mas nem tudo é mau. O D-Pad e os botões principais - A, X, Y e B - são hiper-responsivos, com uma sensação semelhante ao clique de um rato. O feedback de carregar nestes botões é muito melhor do que no comando padrão da Xbox Series porque dizem-te sensorialmente e auditivamente que acabaste de carregar neles.

"É estranho que a Razer tenha optado por manter os botões M1 e M2 e ter retirado os paddles"

Nos gatilhos existe a opção de limitar a distância de viagem. Tanto no gatilho direito como no esquerdo existe um slider que podes activar para encurtar a distância de viagem do botão. Novamente, é uma adição em nome da rapidez. Como a distância de viagem é menor, consegues ter respostas mais rápidas, principalmente se tiveres que carregar muitas vezes seguidas no gatilho. Resta sublinhar que através da aplicação da Razer para PC ou na App para a Xbox consegues personalizar todos os botões do comando.

A personalização mais útil chama-se sensibilidade de aperto. O que isto faz é aumentar ou diminuir a sensibilidade do analógico quando estás a carregar num botão escolhido por ti. Por exemplo, podes configurar os botões M1 ou M2 para esta função. Deste modo, quando carregas neles, a sensibilidade do analógico vai aumentar ou diminuir, o que é especialmente útil quando estás a manejar uma sniper.

Só funciona com cabo e não é removível

Os comandos profissionais geralmente permitem que o cabo de ligação seja removido do comando, o que facilita o transporte do mesmo e também a substituição do cabo caso se estrague. O Razer Wolverine V2 não tem esta opção. Para além disto, apesar da Razer ter tecnologia wireless bastante avançada e que já tivemos a oportunidade de testar nos seus ratos, não foi incluída neste modelo "melhorado" do Wolverine.

Portanto, para um comando profissional, o Razer Wolverine V2 é um comando com alguns compromissos que não fazem sentido. Os compromissos fazem ainda menor sentido quando olhamos para o preço do comando: custa €119.99 na Europa. É praticamente o dobro do comando padrão para a Xbox. Embora tenha coisas que são melhores, como a ergonomia, borracha aderente e botões hiper-responsivos, não tem opção wireless nem paddles. É quase como se a Razer tivesse deixado de fora algumas características para lançar mais tarde uma versão Ultimate deste comando.

"É quase como se a Razer tivesse deixado de fora algumas características para lançar mais tarde uma versão Ultimate deste comando"

Apesar do Wolverine V2 ter características apelativas e de ter ficado encantando com a ergonomia do comando (é ligeiramente mais largo que o comando padrão da Xbox e pesa um pouco menos), é uma recomendação difícil pelo preço elevado e pela falta de características obrigatórias num comando deste segmento.

Prós: Contras:
  • Muito confortável, ergonomia excelente
  • Acabamento em borracha aderente nas pegas
  • Design sóbrio, elegante
  • Botões hiper-responsivos
  • Compatível com consolas Xbox e Windows 10
  • Não tem opção wireless
  • Não dá para remover o cabo
  • Não tem paddles
  • Preço elevado

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Sobre o Autor
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Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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